Abro os olhos devagar, sentindo os cobertores quentinhos. Sei que preciso sair desse lugar, quanto mais eu demoro mais irritado fica o Roberth. Só que... cobertas quentes, abraços, isso não é coisa que tenho todo dia. Suspiro, e com as regras do Henri é provável que eu fique horas sem andar por qualquer tentativa.
Ouço passos no corredor e finjo que estou dormindo.
-Será que nossa princesinha já acordou?
-Eu espero que não, nem eu sei o que estou fazendo acordado.
-Henrique!
Henrique?
- Tudo bem, é brincadeira. Pode ir amor, eu cuido disso.
Cuida de quê? Alguém entra no quarto e caminha até onde estou. Alguém tira as cobertas de cima de mim- nãaao- e passa a mão pelo meu rosto.
- Vamos princesa, hora de acordar. Antes que o Papa Nate tenha um infarto.
Levantar? Nem pensar! Continuo fingindo que estou dormindo mas infelizmente ele resolve não me deixar em paz e me pega no colo.
-Nossa, que neném levinha! Precisa comer mais.
Espio por cima do ombro dele, por que o chão ficou tão longe de repente?
- Eu já sei que você não queria sair da cama.- Murmura no meu ouvido e se senta na poltrona.- Mas o Papa Nate resolveu, que nós temos que levantar cedo hoje e não queremos magoa-lo, não é?
Suspiro, não, não quero magoa-lo... mais.
- Que dia é hoje?- Desisto de fingir estar dormindo.
- Domingo.
Me afasto um pouco para olhar em seu rosto, é estranho ficar sentada no colo de alguém.
- Desde quando eu estou aqui?
- Desde quinta a tarde.- Ele põe uma mexa do meu cabelo atrás da minha orelha.
- E...a-alguém, me... procurou?
Pude ver a verdade nos olhos dele. Se eu sair daqui, pra onde vou?
- Escuta princesa, aqui nós te amamos, muito. Não quero que pense mais nisso.
Ele me deita contra seu peito e apenas fecho os olhos. Pelo menos, por enquanto, eu acho que posso fingir ter uma família...
A voz abafada do Nate entra, gritando pra descermos e fazendo a risada grossa e divertida de Henri preencher o quarto.
- É melhor acelerarmos. Agora, banho.
Sabe quando viajamos pra bem longe? Pois é, não façam isso. Foi assim que eu me vi tentando lutar pra fugir do banheiro. Mas é lógico que o Henri é bem mais forte que eu, e mais inteligente, já que trancou a porta do banheiro.
- Mariana, chega!
De algum jeito durante minha "resistência" ele tinha conseguido arrancar a minha roupa e eu só estava de camiseta e fralda.
- Você não gosta de ficar limpa?
- G-gosto...
Agora eu sou porquinha?
- Tem certeza?
Como assim?!
- Tenho.- Diminuo a voz ao entender seu olhar.- Tenho, daddy.
- Pois não parece. Por que você faz isso?
- É que...eu...b-banheira não.
- Por quê?
Abaixo a cabeça, "Porque meu pai tentou me matar afogada em uma", mordo o canto da boca tentando dizer algo.
- Bebê, não precisa ter medo. Esta tudo bem...
- Po favor daddy, banhera não.
Ele suspira, sua expressão amolecendo.
- Tudo bem, mas você tem de ficar boazinha.
Concordo com a cabeça rapidamente.
- Vem cá babygirl.- Ele me pega e me coloca no trocador, tirando minha camisa e descartando a fralda.
Olho em volta percebendo que não ha nenhum chuveiro, só a ducha da banheira. Ele me pega novamente e anda até a banheira, me agarro em seus braços, sentindo os olhos encherem de lágrimas.
- V-você disse...
- Mariana.- Engulo em seco.- Confia em mim.
Ele me coloca na banheira vazia e solto, segurando nas bordas da banheira enquanto ele liga o chuveirinho...
- Daddy, promete que não me deixa afogar?
- Sempre vou cuidar de você baby.
Oioi leitores lindoos!! :3 Como vocês estão bebês? Demorei mas finalmente trouxe capítulo novo, espero que gostem <3 <3
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Daddy's Princess
Romance"Eu nunca soube o que era ser amada, nunca ninguém lutou por mim. Mas agora eu tenho uma família, meus daddys me amam e cuidam de mim. Era o que eu precisava, mas... Tinha que ser assim?!" -•- Mariana é uma adolescente pequena com sério...