Capítulo 16- Nana

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Abro os olhos devagar, sentindo os cobertores quentinhos. Sei que preciso sair desse lugar, quanto mais eu demoro mais irritado fica o Roberth. Só que... cobertas quentes, abraços, isso não é coisa que tenho todo dia. Suspiro, e com as regras do Henri é provável que eu fique horas sem andar por qualquer tentativa.

Ouço passos no corredor e finjo que estou dormindo.

-Será que nossa princesinha já acordou?

-Eu espero que não, nem eu sei o que estou fazendo acordado.

-Henrique!

Henrique?

- Tudo bem, é brincadeira. Pode ir amor, eu cuido disso.

Cuida de quê? Alguém entra no quarto e caminha até onde estou. Alguém tira as cobertas de cima de mim- nãaao- e passa a mão pelo meu rosto.

- Vamos princesa, hora de acordar. Antes que o Papa Nate tenha um infarto.

Levantar? Nem pensar! Continuo fingindo que estou dormindo mas infelizmente ele resolve não me deixar em paz e me pega no colo.

-Nossa, que neném levinha! Precisa comer mais.

Espio por cima do ombro dele, por que o chão ficou tão longe de repente?

- Eu já sei que você não queria sair da cama.- Murmura no meu ouvido e se senta na poltrona.- Mas o Papa Nate resolveu, que nós temos que levantar cedo hoje e não queremos magoa-lo, não é?

Suspiro, não, não quero magoa-lo... mais.

- Que dia é hoje?- Desisto de fingir estar dormindo.

- Domingo.

Me afasto um pouco para olhar em seu rosto, é estranho ficar sentada no colo de alguém.

- Desde quando eu estou aqui?

- Desde quinta a tarde.- Ele põe uma mexa do meu cabelo atrás da minha orelha.

- E...a-alguém, me... procurou?

Pude ver a verdade nos olhos dele. Se eu sair daqui, pra onde vou?

- Escuta princesa, aqui nós te amamos, muito. Não quero que pense mais nisso.

Ele me deita contra seu peito e apenas fecho os olhos. Pelo menos, por enquanto, eu acho que posso fingir ter uma família...

A voz abafada do Nate entra, gritando pra descermos e fazendo a risada grossa e divertida de Henri preencher o quarto.

- É melhor acelerarmos. Agora, banho.

Sabe quando viajamos pra bem longe? Pois é, não façam isso. Foi assim que eu me vi tentando lutar pra fugir do banheiro. Mas é lógico que o Henri é bem mais forte que eu, e mais inteligente, já que trancou a porta do banheiro.

- Mariana, chega!

De algum jeito durante minha "resistência" ele tinha conseguido arrancar a minha roupa e eu só estava de camiseta e fralda.

- Você não gosta de ficar limpa?

- G-gosto...

Agora eu sou porquinha?

- Tem certeza?

Como assim?!

- Tenho.- Diminuo a voz ao entender seu olhar.- Tenho, daddy.

- Pois não parece. Por que você faz isso?

- É que...eu...b-banheira não.

- Por quê?

Abaixo a cabeça, "Porque meu pai tentou me matar afogada em uma", mordo o canto da boca tentando dizer algo.

- Bebê, não precisa ter medo. Esta tudo bem...

- Po favor daddy, banhera não.

Ele suspira, sua expressão amolecendo.

- Tudo bem, mas você tem de ficar boazinha.

Concordo com a cabeça rapidamente.

- Vem cá babygirl.- Ele me pega e me coloca no trocador, tirando minha camisa e descartando a fralda.

Olho em volta percebendo que não ha nenhum chuveiro, só a ducha da banheira. Ele me pega novamente e anda até a banheira, me agarro em seus braços, sentindo os olhos encherem de lágrimas.

- V-você disse...

- Mariana.- Engulo em seco.- Confia em mim.

Ele me coloca na banheira vazia e solto, segurando nas bordas da banheira enquanto ele liga o chuveirinho...

- Daddy, promete que não me deixa afogar?

- Sempre vou cuidar de você baby.



Oioi leitores lindoos!! :3 Como vocês estão bebês? Demorei mas finalmente trouxe capítulo novo, espero que gostem <3 <3

Daddy's PrincessOnde histórias criam vida. Descubra agora