Capítulo 12- Nana

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Alguém falou em capítulo longo? Sei não eim. ; 9


Engulo em seco, eu odeio eles. Odeio esses homens que me sequestram e que me humilham, querendo me obrigar a agir como bebê.

Não sou bebê e não podem ficar me batendo desse jeito!

- Princesa.- Olho para cima assustada, ouvindo a voz do loiro.

Ele suspirou e se levantou, me pegando do sofá e se sentando comigo no colo.

- Não precisa chorar, mas quero que entenda que se desobedecer as regras, vai haver um castigo.

Limpo as lágrimas que nem tinha percebido que escaparam e concordo lentamente.

- Se eu obedecer as regras, posso voltar pra casa?

Ele e o marido se entreolharam.

- Pequena, você gostava daquele lugar?- Pergunta o Nate.

Nego lembrando do chão úmido e frio da lavanderia.

- E das pessoas de lá?

Penso na mulher do meu pai gritando e me dando tapas e dele mesmo chegando em casa do bar e me espancando até eu desmaiar. Nego novamente e abaixo a cabeça, apesar de tudo, foi meu pai que me tirou do orfanato quando eu tinha 9 anos.

- Então por quê você quer voltar para lá?

- P-poquê lá é minha casa...

- Não é mais, agora aqui é sua casa.- Diz o loiro.

Mentiroso, como se eu tivesse saído de mudança de casa, e não sequestrada.

- Aqui nós vamos cuidar bem de você, como nossa linda bebezinha.

Os dois me abraçam e eu me sinto sufocar até não aguentar mais, me contorço e saio do meio dele, gritando nervosa:

- Mentirosos! Eu nunca disse que queria ficar aqui!

- Mariana, abaixe o tom.

Eu é que não fico mais aqui.

Me viro e saio correndo, fugindo entre as cadeiras quando eles começam a correr atrás de mim. Vejo a porta se aproximando mas tenho que esquivar do Henri que pula na minha frente e acabo batendo em um vaso e o derrubando. Estou quase na porta quando os ouço gritando:

- Mariana volta já aqui!

- Não se atreva a sair por essa porta, se não...

Se não nada, eu não vou mais estar aqui mesmo.

- Vocês não mandam em mim!!- Grito por cima do ombro.

Pra quê...

Antes de chegar na porta tropeço nos meus pés e caio de cara.

- Agora eu te peguei.- Um Henri nervoso me puxa pelo braço, me levantando.

Tô lascada.

Daddy's PrincessOnde histórias criam vida. Descubra agora