11.

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Gabriella 📌

Olho para Pedro, que olha para a gente sem entender.

Foguinho: O que tava acontecendo entre vocês dois? — eu respiro fundo, tentando apagar o fogo que eu estava sentindo.

Falcão: Tava tirando um bagulho que entrou no olho dela. — olho pra ele, que olha para mim — Saiu? — me pergunta.

Acho até bom ele não falar para Pedro o que aconteceu, não sei o que ele iria achar disso...

Gabi: Saiu. — respondo.

Foguinho: Hm... — senta no nosso meio, fazendo Falcão se afastar de perto de mim — Thiago vai lá pra casa amanhã, Gabi. — olho para ele e bebo a bebida que Falcão me deu.

Eu gostei.

Gabi: Vou amar ter ele lá amanhã.

Foguinho: Vou deixar ele lá com tu, amanhã tô a tarde na boca e de plantão. — assenti — Tu fica de boa?

Gabi: Fico. — olho para um lugar qualquer, pensando no que eu tinha feito a minutos atrás. Eu beijei uma pessoa. Uma pessoa que eu mal conheço, que vive na vida do crime. O Pedro também vive nessa vida, mas é diferente...

Caralho...

Se eu disser que foi ruim eu estaria mentindo, eu adorei a sensação. Mas não sabia se era o melhor, só provei o dele.

Manu: Garota. — olho
para ela que estava na minha frente — Vou sentar aqui do teu lado. — senta — Tá gostando? — fala um pouco alto por conta da música.

Gabi: Tá muito legal. — sorri.

Manu: Tá bebendo agora? — olha para o meu copo em minha mão.

Gabi: Eu provei e gostei. — ela assentiu— Queria te contar uma coisa que acabou de acontecer. — chego mais perto dela.

Manu: Pode falar. — deu um gole na bebida que ela estava segurando.

Gabi: Eu acabei de beijar uma pessoa. — ela engasga, fazendo eu bater em suas costas — Calma! — ela parou de tossir, me olhando.

Manu: Quem? — pergunta curiosa.

Gabi: Falcão. — falo perto do seu ouvido e bem baixo.

Manu: Falcão!? — fala um pouco alto.

Gabi: Fala baixo! — coloco a mão na boca dela e tiro, logo em seguida

Manu: Tu é muito rápida! Enquanto eu tô indo com o trigo, tu já tá voltando com o bolo pronto. — da mais um gole em sua bebida. — Foi bom?

Gabi: Foi muito bom... tipo, eu não sei se é porque é meu primeiro beijo, mas eu senti algumas coisas que eu não senti antes... — falo um pouco envergonhada.

Manu: Tesão? — olho pra ela sem entender — É quando as pessoas sentem prazer em fazer algo, tipo, gostam de fazer alguma coisa e começam a sentir sentimentos quentes. É alguma coisa assim.

Gabi: Acho que deve ter sido isso. — ela rir.

Manu: Agora você não é mais bvl. — solto uma risada.

[...]

O resto da noite foi bem legal, me diverti demais com a Manu.

Pedro não saiu de perto de mim.

Eu cheguei até a dançar com a Manu, coisa que eu nunca me imaginava fazendo, talvez, porque eu bebi quatro copos de bebida e me senti a pessoa mais alegre e solta do mundo. Porque me encorajou a fazer coisas que eu nunca faria sóbria.

Depois do beijo, eu não falei com Falcão e nem ele comigo, mas, percebia seu olhar em mim.

Por fim, eu saí de lá com o Pedro, de quatro horas da manhã.

Cheguei em casa morta de cansada, tomei um banho e capotei na cama.

[...]

Acordo com um chorinho de bebê do meu lado.

Olhei pro lado e Thiago tava chorando, ao redor de vários travesseiros.

Ele olha pra mim e para de chorar, sentando em cima de mim.

Gabi: Que foi, meu amor? — fiz uma carinha de dor, após sentir uma dor de cabeça forte. Provavelmente foi a bebida que me deu essa dor de cabeça.

Thiago deu os bracinhos pra mim e eu peguei ele no colo, levantando da cama. A mãe dele trabalhava em um salão, e as vezes tinha que trabalhar em alguns domingos, então não dava pra ficar com Thiago. Ela deixa ele em uma creche quando vai trabalhar, mas tem dias que a creche não tá aberta e deixa ele com Pedro ou comigo.

Nem faço questão, Thiago é bem quietinho até, desde o primeiro momento gostou de mim.

Pego meu celular, vendo ser três horas da tarde. Boto Thiago no chão e começo a forrar minha cama. Ele começa a engatiar, chegando até o ventilador e começando a mecher.

Gabi: Aí não pode, Thiago! — ele olha pra mim, parando de mecher e sentando no chão, começando a chorar.

Cíntia falou para mim que quando ele chorasse não era pra eu dar colo pra ele. Ele tinha que entender que nem tudo é no tempo dele e que não pode mecher em tudo que quer. Uma hora ele ia parar de chorar.

Não vou dizer pra vocês que era fácil, porque não era, dava muita pena de ver ele chorando e não poder fazer nada, mas se a mãe que pariu está falando, eu só obedeço.

Ele percebe que eu não tava dando atenção e para de chorar, indo até meu guarda roupa, tentando ficar em pé.

Ri daquilo e termino de forrar minha cama, pegando meu celular. Pego ele no colo e vou até a sala, onde vejo sua bolsa no sofá.

Começo a fazer o mingau dele e dou para o mesmo, que toma sozinho, assistindo bob esponja no meu celular. Pego uva na geladeira e como, vendo o que ele assistia.

Quando ele e eu acabamos, lavo o que sujei e vou dar o banho nele.

Preparo a água quente e pego os produtos de banho dele. Ele ama tomar banho, pelo menos não vai ser um porquinho.

Coloco Thiago no sofá e vou na cozinha, começando a triturar as frutinhas pra ele comer. Dou banana e melancia para ele, que come assistindo. Depois de um bom tempo, ele dorme e eu vou tomar meu banho.

Logo em seguida, vou preparar alguma coisa para eu comer. Faço um arroz com carne e depois deito do lado de Thiago, ele estava na cama de Pedro, que era de casal.

Fico assistindo Tik Tok e acabo pegando no sono com ele do lado.

Sobre Nós [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora