06.

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Gabriela 📌

Subo na moto do Foguinho, pensando no quanto minha vida é uma merda. Por que desde nova eu sofro tanto? Não dava pra ter a vida perfeita?

Foguinho: Tu tá bem? — fala assim que para a moto em frente a uma casa.

Gabi: Tô indo. — desço da moto.

Foguinho: Vem. — pega na minha mão me levando para dentro da casa dele — O banheiro é ali. — aponta para uma porta no final do corredor — Toma um banho que eu vou preparar algum bagulho pra tu comer, tá? — assenti.

Ele pegou uma toalha e me deu. Pego uma camisa e uma calça folgada, foi uma das poucas coisas que consegui pegar. Fui no banheiro e tomei um banho de cabeça. Meu banho foi praticamente chorar, era a única coisa que eu mais fazia naquele banho, passei cerca de uma hora no banho.

Quando sai do banheiro, Foguinho tava sentando no pequeno sofá que tinha na sala, olhando para o celular.

Foguinho: Fiz um pão com queijo e guaravita. — apontou para a mesa, sorri pra ele e fui comer, a última coisa que comi foi um biscoito na hora do almoço. Ele levantou do sofá e pegou uma sacola, sentando do meu lado.

Foguinho: Comprei uns bagulhos para passar nos teus machucados. — pegou uns remédios, colocando em cima da mesa.

Gabi: Obrigada por tudo que tu tá fazendo por mim. — chego mais perto dele, colocando minha cabeça no seu ombro.

Foguinho: Parece que te conheço faz mó tempão. — solto uma risada — Papo sério, desde que eu te vi ontem.

Gabi: Ontem... Em tão pouco tempo aconteceu coisas que nunca aconteceram na minha vida. — respiro fundo.

Foguinho: Vê o lado bom, pelo menos tu se livrou dos velhos lá. — fecho os olhos, pelo menos isso.

Gabi: É... — respiro fundo novamente — Eu nem sei o que vai ser da minha vida agora, nem casa eu tenho mais.

Foguinho: Ih, qual foi? Tu vai ficar aqui, pô. — olho pra cima, vendo que ele me olhava também.

Gabi: Até quando? Você não vai me querer aqui toda hora. — ele faz uma cara feia e revira os olhos — Você tem sua privacidade, aí vem uma menina pra atrapalhar tudo... — sou interrompida.

Foguinho: Para pô, tu pode ficar aqui até quando tu morrer, deixa disso. — tiro minha cabeça do seu ombro e olho pra ele.

Gabi: Até agora eu só tenho você. — ele da um sorriso de lado para mim — Posso te dar um abraço? — ele assente com a cabeça. Chego perto dele e dou um abraço forte, como se ele estivesse me abrigando, naquele momento.

Ele segura no meu cabelo e faz carinho um carinho no local. Sinto um ferro na sua cintura, mas logo tiro a mão, não sei se ele percebeu, mas espero que não. Sabia que aquilo era a sua arma.

Foguinho: Vamo passar os bagulho. — falou assim que eu sai do abraço dele.

Ele passou a pomada nos arranhões, no machucado da minha boca, e fez curativo em alguns machucados.

Ele perguntou se tinha mais algum e eu mostrei o da minha barriga, onde tinha um roxo enorme, mas ele passou apenas uma spray, que ardeu demais. Depois eu escovei os dentes com uma escova que ele me deu.

Foguinho: Tu dorme aqui e eu durmo no chão, pode ser? — olho para a caramba de casal que tinha no seu quarto e nego rapidamente.

Gabi: Essa cama é grande, cabe nós dois, você não precisa dormir no chão por minha causa. — ele sorrir fraco.

Foguinho: Tu é ingênua pra caralho. — fala e eu sorriu pra ele. Vou em direção a cama e deito ali no cantinho, ficando bem encolhida.

Foi rápido para eu fechar os olhos e dormir.

Eu estava muito cansada.

Sobre Nós [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora