28.

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Falcão 📌

Tava numa vontade de Gabriela da porra, papo reto.

Fazia mó cota que não beijava ela, já tava na hora.

Eu fiquei sabendo que o aniversário dela era domingo e comprei um bagulho pra ela. Foi simples, pô. Uma tornozeleira de ouro, sei nem se ela vai gostar, mas eu comprei, por causa de que eu achei que combinava com ela e quis dar de coração, pô.

O dia foi bom, nós curtiu na piscina e na praia. Tava cansadão, queria só ficar na paz sossegado.

Eu tava na sala, junto de uns manos, e as meninas, inclusive Gabriela, tavam no sofá.

Aranha: Partiu vitrine? Rolando maior festão lá, quem anima? — o mano daqui falou. Papo que eu nem queria ir, papo reto, tava querendo ficar na paz.

Todo mundo começou a animar e foram se arrumar.

Pequeno: E tu, Gabizinha, não vai? — olho pra ele com cara feia. Olha as intimidade do cara com a mina "Gabizinha".

Gabi: Vou não, tô meio cansada, prefiro ficar aqui. — continuo olhando pra ele.

Pequeno: Porra, sem tu lá vai ficar chatão. — cruzo os braços, mano tá lombrado, só pode.

Gabi: Amanhã todo mundo se diverte. — sorriu fraco.

Fico bolado com o mano, mas resolvi não dar bola pra isso. Fui pra área da piscina bolar um e olhar a vista do mar, melhor do que me estressar com bagulho merda.

Fico lá tranquilo na minha, até Gabriela chegar e sentar do meu lado.

Gabi: Não vai com eles? — nego com a cabeça, ainda olhando o mar — Então só vamos ser eu e tu aqui. — olho pra ela.

Papo que eu não sei se eu entendi errado, ou eu senti uma segunda intenção no que ela falou, mas nós finge que entendeu errado. Ela quer dar uma de pilantrinha, essa santinha do caralho, de Santa tem nada, eu pegar essa mina, rum.

Coloco o baseado na boca, soltando a fumaça para o outro lado.

Falcão: Pede que tu tem. — ela me olha com uma cara de sem vergonha.

Gabi: O que eu vou ter? — sorrir de lado — Não entendi. — tá vendo? Não sustenta o que fala, quer dar uma de santa agora. Sei muito bem o que ela quer.

Falcão: Fica sem entender, é melhor. — dou de ombros, levando o baseado até a boca.

Gabi: Todo mundo já tá indo. — olho pro mar, soltando a fumaça.

Ela tá pedindo, só que do jeito dela, esse jeito tímida, vergonhosa e ingênua.

Me viro para trás, olhando para o portão, vendo o povo indo embora mermo.

Espero todo mundo sair, pra olhar para ela e puxar ela pro meu colo, quem vem na hora. Seguro no cabelo dela, começando um beijo na boquinha dela. Coloco as duas pernas dela na minha cintura e paro o beijo, dando uma tragada no baseado e soltando a fumaça para o outro lado. Olho para a cara dela, que olhava pra mim.

Gabi: Posso provar? — aponta pro baseado.

Falcão: Não. — falo sério e ela cerra o olho para mim — Quer provar? Fica querendo, vou te dar não.

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