13.03.2007
Elisa Rossi PavinnelFazem exatos dois dias na qual
não vou para o studio, e eu tenho meus motivos. Motivos na qual esclareci para Lipe.Esses motivos é a minha casa, na qual eu me encontro nesse exato momento.
Eu desde pequena nunca tive um lugar fixo que eu poderia chamar de lar, e principalmente em casa, na qual eu moro com minha vó.
Eu amo minha vó Angela, ela é um ser humano tão puro e doce, porém infelizmente nem tudo é um mar de rosar.
Fato número, eu não tenho bons laços com o meu pai, Oliver Pavinnel. E essa relação ruim, infelizmente vem afetando minha vó.
Ela não aguentava mais ter que entrar em minha frente para ele não me bater.
Meu pai não me aceitava do meu jeito, e eu não ligava, eu tinha meu piercing argolinha no meu nariz, na qual um dia depois de ter feito, ele fez questão de arrancar do meu nariz.
Aquilo doeu tanto.
Meu pai não morava comigo, ele quando se divorciou da minha mãe, arranjou outro casamento em seguida.
Sou italiana e Alemã, parte italiana por mãe, alemã por pai, nascida e crescida até os sete anos no país das pizzas.
Minha mãe na adolescência se mudou com minha vó pra Alemanha, onde era o sonho da mais velha morar. Logo na faculdade ela conheceu meu pai.
Assim que eles se divorciaram minha mãe voltou pra Itália, e meu pai apenas saiu de casa, me deixando com Angela.
Isso não interessa mais, o que acontece é, depois de uma discussão com meu pai, após dizer que isso afetava minha vó, decidi compor alguma música, e meus pensamentos foram para ele.
O garoto de dreads com lábios extremamentes atraentes.
E então, uma letra desastrosa saiu.
Oh rebellious style boy with dreadlocked hair
kiss me until dawn
Yes yes kiss me
Kiss me until dawn
we can see the sun rise
Kiss me until dawn
Maybe I'm a loser for falling physically in love with you
but damn you're so sweet
oh rebel style boy
i beg you please kiss me till dawn yeah, yeah kiss me.Eu não consigo entender o por que de eu querer tanto ver aquele garoto novamente.
Talvez seja aqueles lábios extremamentes atraentes com aquele piercing, ou o olhar penetrante que ele tem.
Deus, por que ele é tão gostoso?
minha mente me amaldiçoa inteiramente.
Me levanto da minha cama rapidamente, e vou indo trocar de roupa.
Vou pro estúdio tentar fazer um som bom com essa letra.
Me visto, colocando uma calça cargo marrom, uma regatinha preta e um corta vento gola alta preto, nos pés apenas um tênis.
Assim que coloco meus pés dentro da gravadora, fui ver jesus e voltei com a imagem de um grupo de garotos parados me encarando igual fantasma.
O que esse povo ta fazendo aqui?
Hey Elisa, como vai? - Escuto bill que é o primeiro a se levantar e vir em minha direção.
Bill, bom te ver, estou bem, e você? - respondo acenando a cabeça para os outros três.
Tá tudo certo, estamos indo encontrar os meninos lá em cima. - quando o mesmo diz isso, apenas aceno positivamente e vou indo em direção ao elevador.
E eles me seguem, todos eles, quando a porta se abre, sinto minhas costas queimando por algum olhar, que não fiz questão em descobrir de quem seria.
Cinco pessoas em um elevador minúsculo.
Me sinto pressionada contra o espelho do elevador, com um Tom ao meu lado.
O garoto dos lábios atraentes estava ao meu lado, com o seu corpo tão grudado ao meu que sentia quando ele respirava.
Eu estava tensa, em dois anos de fama eu ainda não consegui me acostumar quando pessoas bonitas ficavam tão perto.
E isso acontece várias e várias vezes.
Olho para frente e vejo que estavamos no segundo andar ainda, temos que ir para o quinto.
Que Deus seja bom comigo o suficiente pro tempo passar rápido.
E ele foi, sai do elevador tão rápido que me deu tontura, mais tontura do que o perfume que o Tom usava, na qual ficou em minha roupa por causa da nossa aproximadade dentro do pequeno espaço.
Tu tá bem? - saio dos meus pensamentos quando escuto sua voz, e continuo caminhando.
E que voz boa.
Oi, tô claro que tô, por que eu nao estaria né? - certo, eu me odeio.
Tá nervosa por que, Lisa? - Tom pergunta passando seus braços fortes pelo meu ombro.
Por que será né, gostosinho ridículo.
Não estou. - minto.
Sim você está, o que foi? Meu cheiro é gostoso demais? - Tom morde seus lábios que até me desconcentro.
Sim Tom, seu cheiro é gostoso demais.
Fala sério Tom, eu não te acho atraente. - minto novamente, o que eu mais faço é mentir, né?
Mentira é coisa de gente feia, assume logo que desde que me olhou no palco, você se excitou. - eu te odeio, Tom.
O encaro com a maior cara de deboche possível, onde já se viu, não vou cair no papinho dele, nem hoje, nem nunca.
Acorda, se eu fosse me excitar, seria pelo seu irmão gêmeo. - digo e abro a maçaneta.
Dou de cara com, Calolla e Lipe no sofá, esses dois estão muito amiguinhos pro meu gosto.
Lírio, Dami e Cali conversavam em uns pufs que tinham lá, Cali, é o primeiro a me notar com os outros quatro garotos atrás de mim.
Finalmente apareceu Lisa, já era hora. - o mesmo vem e me abraça.
É talvez, oi galera, senti saudades. - forço uma cara triste, não senti coisa nenhuma.
Mentirosa. - escuto Tom, atrás de mim murmurar, me fazendo dar uma cotovelada em sua barriga. - EI?
Ei nada, Lipe, a sala de produção tá vazia? - ignoro o ser humano atrás que estava soltando mil e um palavrões, e as risadas altas dos garotos, contando com Lírio, Cali e Damiano.
Imaginei que quando voltasse iria pra lá, só tá sem a espuma que faz o som não sair, mas pode ir lá. - o homem sorri pra mim e volta a dizer. - Sua guitarra tá na sua sala.
Aceno para Lipe, e mando um tchauzinho para todos, inclusive Calolla que sorria para mim, e então escuto Tom falando com Georg.
Já vai tarde. - Georg riu de sua fala e me olhou, apenas ignorei e sai da sala.
Vou em direção a minha sala, pego minha digníssima guitarra vermelha com uma estrela preta ao meio, e vou em direção a produção, era no mesmo andar, me facilitando totalmente.
Fico na produção exatos quarenta e sete minutos, tentando e tentando fazer um som com a letra, mas nada vinha.
E tudo começa a dar mais errado ainda, quando a porta se abre.
🩸.
bjocas da lira mores!