Pós-amor

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Hey babies! Nós estamos chegando na reta final então TALVEZ o próximo capítulo seja o ÚLTIMO
Boa leitura ;)

— Aqui está. — A mulher disse com alguma candura na voz e um pequeno sorriso nervoso enquanto a entregava a xícara de porcelana com um pouco de café.

— Obrigada. — Ela a respondeu baixando sua cabeça brevemente e levou o café aos lábios, a anfitriã sentou-se à sua frente e discretamente checou a hora novamente. — Eu entendo que não estava esperando visitas, deve estar indo trabalhar daqui a pouco, Jennie me disse que é muito pontual, eu não a atrasarei, o motorista do meu pai também me espera lá fora então quero ser breve.

— Estou ouvindo-a.

— Senhora Kim, eu entendo suas hesitações sobre estar na companhia de pessoas com as quais não está acostumada, sejam elas mesmas ou seus modos de vida, digo, nosso modo de vida, mas eu vim aqui porque quero que entenda o meu amor pela sua filha, talvez você possa medi-lo por eu ter salvado a vida dela naquele massacre, eu não a culparia se o fizesse, mães devem gostar de ter seus filhos protegidos, mas é muito além do que esse episódio, eu nunca me apaixonei antes, nunca amei ninguém antes dela, cada primeira sensação dessa coisa que brincamos ao dizermos que estou doente... — Ela riu. — Eu sinto por ela, com ela, isso é muito especial para mim e eu faria tudo que estivesse ao meu alcance para que esse sentimento continue intacto e crescendo, esse jantar com meus pais será um passo no nosso relacionamento, eu não sei se sabia disso, mas será e eu desejo muito sua presença, você é a pessoa mais importante da vida dela, ela está sempre pensando em você quando dá o seu melhor na escola, ela é brilhante e dedicada, você já deve saber disso, mas muito disso é influência da sua educação, meus pais só querem conhecê-las porque ela é uma das pessoas mais importantes da minha vida.

— Isso tudo é... muito bonito e puro, na verdade. — A senhora Kim admitiu. — Mas se me permite uma pergunta, não enxerga nenhuma lacuna entre vocês ou se não acha que elas irão surgir quando estiverem em ocasiões que não sejam na escola.

A senhora Kim não planejou criar a filha sozinha, educá-la sozinha, não estava em seus planos ser largada pelo marido, ter de trabalhar e educá-la sozinha não fora uma tarefa fácil, talvez tenha se tornado superprotetora em decorrência de todos esses aspectos.

— Eu não enxergo nada entre nós, nada do gênero, a senhora enxerga? — Ela surpreendeu-a ao indagar.

— Bom... eu não quero ser grossa ou parecer estúpida, mas você é rica, muito rica e minha filha ainda não tem garantias, ela...

— Com todo respeito senhora Kim, pensar que somos diferentes por conta da minha herança é pensar como aqueles que tentaram matá-la.

— Eu jamais faria isso! Acho que Jennie tem todo o direito de estudar onde estuda, que conquistou essa oportunidade, não estou dizendo que minha filha não pode chegar a seu patamar, eu...

— Eu não tenho patamar algum, senhora Kim, não estou dizendo que sou pobre, que dinheiro não é importante, eu estou dizendo que não há nada que impeça Jennie e eu de nos amarmos e continuarmos nos relacionando, obstáculos sempre vão existir, bom, eu não quero tomar mais do seu tempo, por favor, considere com carinho. — Ela disse e pôs a xícara sobre a mesa decorativa da sala e levantou-se curvando-se subitamente. — Obrigada por me receber e parabéns por ter criado uma pessoa tão gentil como a Jennie, ela não sabe que vim aqui então você não terá pressão quanto à sua decisão.

Quando Lisa entrou no carro após fechar a porta, respirou profundamente e recebeu um olhar de Jon Lee através do espelho retrovisor.

— Conseguiu?

Uma dose de amor para duas apostadoras • Jenlisa • ChaesooOnde histórias criam vida. Descubra agora