A visita de Dumbledore

396 50 12
                                    

A casa dos Baldwin era regida de forma quase idêntica a de uma família trouxa no período regencial. Eles possuíam uma governanta, que sempre mimava e dava as meninas alguns doces as escondidas. Alguns elfos domésticos, cocheiros para as carruagens da família e um caseiro.

Violett adorava a forma como a casa funcionava, ainda mais do que Hanna poderia dizer ou demonstrar gostar. Ambas cresceram assim mas o que fazia Violett gostar tanto de que a casa tivesse bruxos trabalhando nela, era que com bruxos ela podia fazer pegadinhas, já que com os elfos era impossível. Claro que com o tempo, Violett conquistou a amizade dos elfos, além da amizade de Slynther, que de sua mãe, se passou para ela.

A garota ruiva era um tanto quanto travessa, mas também se irritava com facilidade, não sendo tão recomendado assim, a mexer com ela. Ela estudou na Beauxbatons e já havia se formado há um ano. No entanto, agora em casa, ela tinha de aprender bordado, algo que ela claramente odiava. Mesmo com a saída deles, da Transilvania, para a Inglaterra, as professoras de bordado sempre apareciam.

Certo dia, Sirius estava caminhando pela região, passando pela frente de uma mansão que não havia moradores. Ele até tentou compra-la, quando foi inocentado, mas a casa não estava a venda. O que soube foi que a família havia se mudado de lá, no fim da primeira guerra bruxa, para a casa de um parente que havia morrido, para criar a filha deles, mas que um dia, voltariam para lá.

Ao passar na frente da casa mais uma vez, ele viu que era real, já que agora havia movimento, moradores. Era comum que Sirius passasse por ali, já que a casa muito o interessava, mas naquele momento, ele finalmente desistiu da compra.

Ele seguiu adiante, precisaria aparatar para perto de sua casa, já que ela ficava longe dali, mas ali havia um pequeno rio, que cortava a região. A água dele era pura, potável, cristalina, perfeita para se beber e, estando com sede, Sirius caminhou cinco minutos adentro das árvores que escondiam o rio, parando ali para beber água e lavar o rosto. Porém, quando o alcançou, viu uma garota ruiva, usando um vestido bonito, bebendo água ali. Sirius se aproximou, se abaixou e bebeu um pouco d'água.

No início, a garota ficou arisca como um gato, parecendo selvagem, mas depois ficou calma, já que não o reconheceu e o observou. O homem era bonito, atraente, e ela não podia não o admirar. No entanto, assim que ele lavou o rosto e passou a mão pelo cabelo, ela desviou o olhar. Sirius a olhou, ela era muito bonita, não podia negar.

- Está tudo bem com você, moça? - Ela assentiu - Precisa de ajuda?

Então uma voz ao longe, gritou:

- Senhorita Vi!

Os olhos da garota saltaram, ela olhou para trás, ainda agachada, feito novamente a um gato selvagem.

- Senhorita Violett!

Ela olhou para Sirius, seus movimentos agora se tornaram leves e bonitos como os de um gato doméstico. Ela então levou o dedo indicador a boca, indicando que pedia o silêncio de Sirius.

- Violett!

A voz ficava mais próxima. Sirius então disse a ela:

- Pode correr, vou dizer a ele que você foi para outra direção!

A garota sorriu e então correu. Não muito depois, um homem, de cabelos grisalhos, chegou.

- Senhor, o senhor viu uma garota ruiva por aqui?

- Deixe a Violett. Se ela não quer aprender a bordar, ela não tem que aprender. - Disse um homem de por volta dos trinta e nove anos. - Já mandei a professora embora e disse a ela para não voltar. Vamos voltar para casa, porque a Vi vai voltar por conta própria. E senhor, obrigada.

Eclipse Onde histórias criam vida. Descubra agora