Estressadinha

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Era chegado o dia de ir para Hogwarts. A casa estava um caos, para Molly, que de alguma forma tentava controlar os gêmeos. Quanto a Sirius, ele conseguiu cuidar de Harry e Hermione facilmente, já que os dois eram muito mais tranquilos do que os filhos de Molly. No fim, todos na casa saíram para deixar os mais jovens na estação.

O local estava cheio, Violett se despedia dos gêmeos, abraçando ambos e lhes dando beijos no rosto. Ela claramente sentiria falta dos dois, mas por um lado, ela passaria mais tempo com Sirius agora.

Falando no Black, como em todas as despedidas que ele fazia com Harry, desde que o menino nasceu, ele chorou. Seus braços em torno do garoto, como um pai que o amava muito, beijos na testa e vários "eu te amo" e "prometo escrever" vindo dos dois. Tendo todos se despedido, os meninos entraram no trem. Fred e George chegando da janela e gritando que enviariam uma tampa de privada para Violett, que riu deles.

Horas mais tarde, foi a vez de despedir de Charlie e Bill, que estavam voltando aos países que cada um morava. Foi estranho para Violett, mas ela viu aos poucos, a casa se esvaziando. No dia seguinte, Molly e Arthur voltaram para sua casa, assim como Alastor Moody e Ninphadora Tonks, ficando apenas Violett, Hanna, Sirius, Remus, Casteel e Cassian.

Violett realmente passava mais horas na companhia de Sirius, mas não era como ela imaginou que fosse. Ela sempre pensou que no momento em que os gêmeos fossem embora, Sirius tomaria alguma atitude, mas parecia que a diferença de idade ainda era um problema.

E os dias foram passando e o frio foi chegando de pouco a pouco. As reuniões da Ordem eram tranquilas e rápidas, as tarefas tranquilas e o clima de paz era tão grande que incomodava.

- Está tudo como antes. - Disse Sirius a Violett, enquanto ambos tomavam vinho na varanda da casa. - Tudo muito quieto, muito em paz. Mas em algum momento o caos vai se instaurar e vai ser de repente, quando ninguém espera.

- Eu temo a isso. É triste essa guerra acontecendo, as mortes, o medo...

- Eu sei como é que está se sentindo. Você é jovem, sente que poderia estar aproveitando muito mais da vida do que está, tudo por causa de uma guerra, que você acabou optando por fazer parte dela. Tenho muito orgulho de você, my Fire.

- E eu tenho ainda mais orgulho de você, Black Star. Tudo o que você passou e nada disso te fez um homem amargo e recluso.

-  Um de nós tem que ser tranquilo.

- O que quer dizer com isso?

- Que você é uma ruivinha muito brava!

- Eu? Como ousa, seu atrevido! - Ela deu um tapa nele, o que o fez rir.

- Eu falo que queria te foder em um provador de uma loja e não dá em nada, mas eu digo que você é incrivelmente brava e isso te faz me chamar de atrevido! Eu adoro você, Fire...

Ela deu um sorriso, mas seu corpo se esquentou com a lembrança de Sirius dizendo que a desejava e como o rosto dele ficou enquanto falava com ela, como os olhos dele brilhavam em desejo. E agora, quando ele disse a adorar, a forma com a qual ele falou, foi de certo modo, sexual.

- Eu também te adoro, Black Star. Mas você me irrita as vezes!

- E quem não te irrita, princesa? Me diz! Até Dumbledore te irrita.

- Mas tinha grandes motivos.

- Seu amor infinito pelo homem mais gostoso dessa casa, que sou eu!

- Exatamente! Pare de rir! - Ela deu um tapa nele, mas Sirius nada sentiu. - Eu queria um vira-tempo comigo agora, só pra te ver quando tinha a minha idade.

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