- Eu te amo. - Disse ele, olhando nos olhos dela, tentando deixar claro.
- Você não pode me amar.
- Não posso? Violett, eu te amo! Não me diga que eu não posso...
- Você não pode! Não, não... Alguém tão bom como você, um anjo, não deveria se apaix...
A casa Black tinha um ar diferente naquele dia ensolarado. As crianças haviam voltado e estavam espalhadas pelo local. Hanna estava chateada com Violett, mas ainda sim, falava com ela. Já Sirius, mal a olhava. Ele gastava as suas horas com o seu, agora oficialmente, filho. Draco aderiu com facilidade o sobrenome Black e gostava de ser chamado daquela forma.
Seu aniversário se aproximava e Sirius estava preparando um bolo para ele, uma festa. Havia comprado presentes e até escreveu a Narcisa, contando como Draco estava. A mulher havia concordado em seu filho estar com Sirius, afinal de contas, ele não poderia mais pisar na casa dos Malfoy, graças a Lucius o ter deserdado. Mas ela escrevia para ele e para sua felicidade, Draco ainda a chamava de mãe.
Ela sabia que havia falhado com seu filho e agora, não iria fazer isso outra vez, o impedindo de viver em um lar feliz. Mas também não poderia deixar seu marido. Ela o amava e ele também a amava. Apesar de suas falhas enormes como pai, Lucius jamais falhou como marido. Então sabendo que seu filho estava em segurança e sendo amado e bem cuidado, ela se sentia em paz, em ficar na mansão. E depois que Voldemort se abrigou em sua casa, seria impossível fugir. E foi assim que as cartas dela para o filho, precisaram ser interrompidas. E Draco, mesmo sem saber o porquê, aceitou.
Porém, agora Sirius não falava mais com Violett. Estava com seu coração em pedaços. Ele a amou por todo esse tempo, foi o mais sincero possível, para no fim descobrir que ele havia sido o amante dela por todos os momentos. Se sentiu traído e enganado por ela. A possuiau em sua cama, mas a mesma havia feito a promessa de se casar com outro. E quando ela pretendia contar? Ou ela esperava manter um relacionamento com ele, enquanto estava casada com outro?
Por mais que a jovem mulher tenha dito que o amava, ele não conseguia mais acreditar naquilo. Quem ama não traí, e foi exatamente isso que ela fez: o traiu da forma mais perversa possível. E agora ele teria de aceitar o homem em sua casa? Apesar de tudo, preferia isso do que ter Violett longe dele.
E foi naquele dia, que Raj Khali chegou. Violett combinou de o encontrar no portão de entrada da casa, e lá estava ela, andando em círculos, o esperando chegar. Bill e Charlie, olhavam da janela e davam risada. Eles eram os únicos (assim como Draco, os gêmeos e Cassian), que não mudaram em nada com ela depois da revelação. Então estavam lá, dando risada. E quando os portões se abriram e a carruagem entrou, Violett parou de andar. O veículo parou e o primeiro homem a sair de dentro dela, era um completo estranho.
Violett não o conhecia, mas sentia que havia visto seu rosto em algum lugar. As roupas dele eram diferentes e ela se perguntava como ele conseguia usar terno e cartola naquele calor. O homem se posicionou diante dela, sorriu abertamente, com os caninos pontudos aparentes e disse:
- Finalmente posso falar a olhando diretamente nos olhos! - Violett ficou boquiaberta. - Olá querida netinha!
- Vlad?
- Eu mesmo. - Ele fez uma reverência que não combinou em nada com suas palavras.
O vampiro possuía uma elegância inigualável, mas Violett viria a descobrir que suas palavras não eram nem um pouco parecidas com seu porte e trejeitos.
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