Conte a todos

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Violett respirava ofegante. Suas mãos ardiam e o sangue de Bellatrix se misturava ao que saia dos cortes nas mãos dela. Ela olhava para Sirius e ele para ela. Foi naquele exato momento em que viu Violett matar Bellatrix com tamanha violência, que ele entendeu que ela o amava tanto quanto ele a amava.

E havia sido impressionante aquilo. Todos ainda estavam em choque com a cena. Então Harry, Draco e Casteel, viram Lucius tentar fugir. Os dois correram atrás do homem e as demais pessoas, começaram a capturar alguns Comensais. Porém Sirius e Violett ainda se encaravam. Ela, tentando se acalmar do surto de raiva e das vozes que até então, diziam para que ela matasse mais.

Harry e Draco duelavam com Lucius, quando Voldemort apareceu. Harry olhou para Draco, que acenou positivamente para o rapaz, fazendo então com que Harry fosse lutar contra Voldemort. Porém Dumbledore apareceu não muito depois e lutou contra o bruxo.

Draco estava com Lucius em suas mãos, faltava tão pouco para o ter capturado. Mas quando olhou para seu pai, pensou em como seria para ele em Azkaban e então o deixou fugir. Lucius sorriu debochado, dizendo em seguida que Draco era fraco demais. Casteel, vendo a cena, passou por Draco e capturou Lucius. Porém não antes dele dizer:

- Eu te deserdo.

Lucius abdicou de seu filho de fato, naquele momento. E por mais que pareçam simples palavras, Draco desabou. Ele deixou a dor e o cansaço o consumir e começou a chorar.

O Ministro da Magia estava ali, admitiu que Voldemort estava de volta. Comensais foram presos e finalmente Violett se mexeu. Ela começou a ir em direção a Draco e quando Sirius viu o rapaz cair sobre seus joelhos, um filme passou em sua mente. Ele imediatamente se lembrou de como foi fugir de casa, enfrentar seus pais.

Porém para ele havia sido muito mais fácil. Draco além do enfrentamento, ainda lutou contra bruxos mais velhos, foi capturado por sua tia, que o mataria sem pensar duas vezes e, ainda a viu ser violentamente assassinada. Era compreensível o garoto desabar. Luna também ia em direção a Draco, querendo o abraçar e então de longe, Sirius disse:

- Fique comigo! - Draco, de joelhos, ainda aos prantos, olhou para trás. - Eu ouvi o que aquele homem disse e não se preocupe, eu aceito você como filho, caso queira ser meu filho!

Draco se levantou depressa e correu até Sirius, o abraçando tão forte, que o homem quase caiu no chão. Contra seu peito, o loiro chorava em completo descontrole. Estava aliviado, apesar de tudo. Agora ele teria um lar e um pai, que iria o aceitar como ele era.

- Vai mesmo me querer como seu filho? - Ele perguntou chorando, enquanto Sirius afagava seus cabelos e beijava o topo de sua cabeça.

- Quero Draco! Lucius pode ter te deserdado e te retirado da família Malfoy, mas eu vou te adotar. Não só no modo de falar, mas legalmente! Quero que seja meu filho!

- E eu quero que seja meu pai!

Ele começou a chorar ainda mais. Sirius o apertou mais contra si e então começou a cantar:

- Os monstros se foram, fugiram para longe e seu pai está aqui...

Levou tempo. Sirius passou longos minutos com Draco em seus braços, o deixando chorar e o acalmando. E quando se sentiu pronto para soltar-se do mais velho, ele sorriu e o agradeceu. Em resposta, Sirius beijou a testa do rapaz. Estando ele calmo, se despediu de Luna e a agradeceu.

- Eu sei como é se sentir só, como se ninguém se importasse com você. Mas espero que saiba que eu me importo. - Disse ela em resposta.

Draco a abraçou apertado. Depois se desculpou com Ron, Neville, Harry e por último, com Hermione. A jovem o ouviu atentamente, o perdoou e o abraçou. Draco não voltou com eles para Hogwarts. Acharam melhor que ele passasse as últimas semanas de aula, na sua nova casa. Sirius lhe estendeu a mão e de mãos dadas, foi com ele.

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