Capítulo 12

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Ele se arrependeu de não ter se banhado inicialmente e foi direto ao banheiro rumo ao box afim de tirar todas as suas impurezas, enquanto a água escorria pelo corpo ele pensava na prova que teria segunda-feira, teria de estudar.

Saindo do box, deixando aquele vapor quente para trás ele foi em direção à pia, ele apoiu o corpo nela e observou o seu rosto, o maxilar marcado era atraente, o seu olhar afiado era chamativo, logo ele lembrou do ruivo que havia conhecido, seus olhos carmim brilharam no escuro da mente de Katsuki, o olho do ruivo era melancólico. Tão pesados que lhe davam arrepios, mas se observando no espelho ele viu que seus olhares não era tão desiguais, o olhar do ruivo tinha um brilho de tristeza, já o do loiro brilhavam de raiva, o que será que o ruivo teria passado para ter o olhar daquele jeito?

O loiro avistou a escova encima da pia e ele ergueu a mão para pegá-la ,ele a levou aos fios molhados loiros de cor marfim, ele escovou levando os fios para trás o deixando de um jeito atraente, conforme ele penteava o cabelo uma música vinha emergindo na sua mente, em um piscar de olhos o loiro já estava rebolando os quadris e cantando em plenos pulmões usando a escova como um microfone.

–I feel you crumbling in my arms until your heart of stone ...-o loiro deu uma pausa para respirar, antes que pudesse continuar a cantar o refrão que considerava a melhor parte, mas o seu smartphone começou a chamar e vibrar em seu quarto.

ele largou o seu microfone imaginário na pia e foi em direção do aparelho eletrônico no quarto, no caminho ele levou a mão para concertar o som do aparelho auditivo que usava pois o som parecia mais longe e distorcido, ele pegou o smartphone e identificou na foto de perfil quem o ligava pelo olhar púrpura que o encarava.

Shinsou.

–Oi Shinsou, tudo bem?-questionou o loiro.

–Katsuki!me ajuda! eu tava com o Kaminari e chegou uns policiais, disseram que a gente não devia se beijar na rua e...-ele parou para respirar, sua voz saia chorosa e ele soluçava.–Levaram ele..q-quer dizer tentaram só que aí do nada um dos policiais foram degolados, eu acho que foi um animal selvagem, eu não sei, Katsuki me ajuda por favor.-ele chorou e tossiu.

O loiro arregalou os olhos com os fatos que era despejados em si de modo tão rápido.

–Quem é Kaminari..?tá eu vou até aí.

O loiro foi em direção ao guarda roupa, pegando qualquer peça que via a sua frente ele acabou pegando uma blusa xadrez laranja, uma camisa preta de manga longa, uma calça preta e um coturno.

–Aonde é que você 'tá?-ele colocava a calça de modo desajeitado, era difícil se vestir com apenas uma mão.

–Eu estou no ponto de ônibus do Bills.-ele ainda soluçava.

–Tá, eu 'tô indo até aí.

E assim aquela ligação terminou.

Ele desceu as escadas o mais rápido possível, procurou o contato de Minna em seu smartphone, pegando o seu molho de chaves ele abriu a porta e foi em direção a sua moto.

{___}

O ruivo adentrou o quarto e encontrou um loiro de fios dourados com a cabeça apoiada na cama de lenços brancos, nu e respirando rápido, ele andou pelo piso de carpete cinza se aproximando.

–... Você está bem?-apreensivo o ruivo perguntou.

O loiro lhe lançou um olhar mortal.

–Parece que eu estou bem?-a voz demoníaca vibrou na garganta do loiro, sua testa tinha fios molhados por toda parte, em um ato rápido o loiro avançou no ruivo,o chacoalhando com as mãos em sua gola da roupa.

–Eu não consegui me controlar, você disse que ia trazer comida!-ele balançou o ruivo que lhe mirava de um modo estoico, o loiro à sua frente teve o corpo rudimente balançado por um espasmo involuntário e um grito de dor saiu de seus lábios.–Por que dói tanto...?

O loiro escorregou pelos corpo do ruivo como se desabasse, ele foi socorrido pelo ruivo que o pôs em seus braços, doía no ruivo ver o loiro daquele jeito.

–Vai ficar tudo bem.-ele abraçou o loiro.–Não vai doer mais, eu estou aqui agora.

O ruivo ajudou o loiro a se levantar, e o colocou na cama ao lado, ao ser colocado na cama ele rosnou para o mais velho.

–Tu não ouse rosnar para mim.-ele avisou.

O loiro abaixou as íris douradas, chorando como um cachorrinho sendo abandonado, o peito sem vida do mais velho apertou ainda mais quando viu que o loiro não tinha rosnado para si e sim para a dor que sentia,se arrependendo amargamente.

O ruivo se afastou, indo em direção ao pequeno frigorífico no canto do quarto onde havia sacos de sangue, ele pegou um saco de A positivo, o tipo de sangue favorito do loiro, ele pegou um copo limpo em cima da mesinha ao lado no nootbook do loiro e despejou o líquido viscoso, ele logo voltou para perto do loiro, que ainda choramingava e lhe estendeu o copo cheio.

O loiro parou de chorar e pegou o copo que lhe era oferecido, ele cheirou o líquido e as suas vias nasais se abriram duas vezes quando o fez, por fim ele bebeu o líquido desesperadamente, sorvendo do líquido que saciava sua fome e aliviava a sua dor.

–Melhor?

O loiro acenou positivamente, limpando as bordas do copo com o dedo indicador para por na boca como uma criança.

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