O loiro acordou com o som de seu smartphone vibrando ao seu lado, ele havia dormido na casa de Mina junto com Shinsou, ele estava dividindo a cama com os dois e Katsuki sempre se arrependia de ser preguiçoso e não levantar para dormir no sofá, Shinsou tinha o seu braço no rosto do loiro, o dono das íris acerejadas levou as mãos para retirar o braço alheio de seu rosto, grunhindo de raiva, Katsuki observou o rosto do arroxeado, seus olhos estavam inchados pois ele havia chorado enquanto dormia, ele se forçou a iginorar o cenário e recolheu o seu celular vendo o contato de sua mãe, Merda, ele havia esquecido da missa.
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Katsuki estava sentado em um dos bancos de madeira da igreja, diante do Deus que sangrou ao ver seus filhos sendo queimados por apenas serem quem eram ou apenas gozou de seu sofrimento, aquele Deus era difícil de compreender, diante das falas do padre o loiro que possuía o olhar vermelho tinha o mesmo olhar mole pelo sono, os espíritos assolados cantavam cantigas de ninar ao pé do ouvido do loiro, o levando para outro lugar que não fosse a igreja recheada de calamidade, os malditos fantasmas embalaram a consciência de Katsuki com um beijo e ele caiu.
Caiu em túnel de nuvens, indo em direção ao centro iluminado, ele caiu na luz, sentindo todos os lugares do corpo queimarem até se transformar em apenas poeira, até se transformar em um pontinho de consciência, como um simples brilho de uma estrela em um céu numa noite estrelada, ele continuou caindo, caindo até ele perceber que não estava caindo, estava subindo, voando para o horizonte naquela luz que o cegaria se ele ainda tivesse olhos, ele tentou encher os pulmões de ar mas não pode, pois ele não já tinha mais órgãos, tudo pareceu tão real quando ele continuou subindo para a luz.
E no final se tornando parte dela, ele se dividiu em trilhões de partículas, mais a sensação era arrebatadora demais, de repente ele não tinha mais mãos nem pés, ele acordou tendo um espasmo na perna, como se os fantasmas exigissem que ele acordasse, ele se ajeitou na cadeira, suas costas doíam por ter ficado pois o loiro tinha ficado por horas na mesma posição, ele olhou para os arredores vendo a igreja vazia, por quanto tempo ele tinha dormido? Ele procurou pela mãe e a viu conversando com o pastor, ela tinha um terço em suas mãos e ela olhava para ele de um jeito aflito.
Que porra? Ele pensou.
Ele apressou em levantar, Katsuki observou a situação ainda mais desconfiado quando a sua mãe se despediu do pastor, indo em direção ao loiro, ela se aproximou, direcionado aquele par de olhos escarlates que Katsuki havia herdado para o loiro.
Mitsuki se pôs a falar.
-A missa já acabou, vamos nos apresar.-ela disse, avançando em direção a saída, o modo em que ela andava rapidamente transparecia a sua ansiedade.
Ele olhou para trás uma última vez, tendo os seus olhos encontrando com o do pastor, ele o mirava de um jeito sacana, como se sentisse pena, Katsuki apenas estalou a língua no céu da boca, indo de encontro com a mãe dentro do carro, quando ele entrou sentiu um calafrio, seus músculos tensionaram e seu coração disparou, ele agarrou a porta do carro, respirando fundo, não seria uma viagem longa, ele teria que aguentar.
Como previsto não foi uma viagem longa, mas pareceu anos para Katsuki, quando ele saiu às pressas do carro foi como se ele pudesse respirar de novo, ele se abaixou na porta do carro, ficando de frente para a janela, dois toques no vidro e ele abaixou.
-Vocês deixaram a minha mochila na minha casa?-a confirmação veio de sua mãe no banco do passageiro.-Ok, Obrigada.
Ele foi em direção a sua casa, o sol raiava naquela rua, esquentando o asfalto, entrando em sua casa ele pode avistar a sua mochila em cima do sofá cor de grafite, ele pegou a mochila após trancar a porta, ele foi em direção ao seu quarto pois era lá onde ficava a sua mesa de estudos, Katsuki se sentou na cadeira macia e confortável.
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Parasitário
FanfictionEra uma vez um jovem peculiar que vivia em uma estranha cidade. Certa noite,em uma boate famosa ele encontra um par de olhos escarlates lhe dissecando,uma criatura demoníaca, fadada a se alimentar de vitalidade alheia e se envolver com a tal o tomar...