Capítulo 35

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Depois daquela dança os nervos de Katsuki vibravam tímidos mesmo que ele ainda tentasse manter a postura confiante, seu rosto avermelhado o entregava. Ele e Kirishima estavam sentados num balanço de dois. Aquilo tudo parecia tão romântico que o estômago do loiro revirava em ansiedade, mesmo assim ele tentou prestar a atenção no que o ruivo lhe dizia.

- Aanh acho que sim... - disse Bakugou atordoado, como se tivesse acabado de levar um golpe de uma briga.

- "Sim"? Eu te fiz uma pergunta Bakugou...

O loiro de repente despertou depois daquilo, a queimação nas bochechas o deixava zonzo.

- Ah.. é que eu não estou me sentindo muito bem.. - o loiro pressionou o ponto entre os olhos na intenção de inibir aquela tonteira.

- Ei. - O loiro pôs a mão em cima da de Katsuki ao chamar a sua atenção, ele parecia genuinamente preocupado. - Você gostaria de um copo de água?

- Não. Vai passar. - O loiro sorriu docemente, gesto este que o ruivo observou hipnotizado.

- Como você... faz isso? - ele sorriu.
Kirishima estava intrigado e encantado ao mesmo tempo.

- Isso" o quê?

Por um momento Bakugou viu Kirishima pensar no que iria falar.

- Você é tipo arte.

- Que isso... - o loiro estava completamente desconcertado.

- É sério! Eu.. quer dizer. Você tem alguma coisa Katsuki Bakugou. - Ele disse e em sua voz podia se ver parte de sua admiração.

- Você é tão intenso que me quebra inteiro. - O loiro riu de nervoso.

- Perdão.. - A expressão sorridente do ruivo desmoronou.

Para o Kirishima aquilo não passava de um defeito seu, um que ele não podia controlar, nem impedir.

- Não, não! Está longe de ser algo pra se perdoar. É que eu tenho medo de me entregar totalmente. - A última frase Bakugou segredou bem baixinho.

- Éeeh...- O ruivo coçou a nuca. - Não precisamos ir tão rápido, sabe? Podemos nos conhecer e no fim nós vemos no que dá.

- Ok.. é, olha Kirishima não precisa me chamar de Bakugou, não tem o porquê de tanta formalidade se você já me viu sem roupa. - Bakugou sorriu travesso.

Kirishima sorriu surpreso, realmente não esperava aquilo. Mas apreciava o jeito como as coisas iam andando.

- Hahah okay! justo. Me chame de Eijirou então.

Bakugou assistiu o sorriso do ruivo, aquele sorriso.. Ah, nada no mundo poderia ser tão contagiante e brilhante quanto aquele.

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A conversa com o ruivo foi ótima e aconchegante, mas infelizmente teve que ser interrompida pela vontade extrema de ir ao banheiro, como um homem gentil Kirishima pediu que ele o encontrasse no salão perto as escadas do hall de entrada após terminar de usar o banheiro. Então assim que o loiro terminou o xixi ele seguiu para o salão, ele avistou a torre de bebidas e se aproximou para pegar uma das taças empilhadas uma em cima da outra.

Havia uma pessoa lá na qual ele acabou se esbarrando pois ela virou de costas repentinamente, a mulher de cabelos curtos castanhos e bochechas gordas o olhou espantada, como se viesse um fantasma, seus lábios estavam entre abertos e seus olhos esbugalhados. Ela se vestia de um modo elegante e charmoso, pérolas pelo pescoço e tudo, mas o que ela disse não fez sentido para Katsuki.

- Nef-Nefer.. Nefert..?

Bakugou ergueu as sombrancelhas. Ela parecia atordoada.

- Acho que você me confundiu, moça..

A mulher estava com um olhar vazio, vendo através dele e isso o seu calafrios. Ela concordou com a cabeça devagar e engoliu em seco.

- Certo... Desculpe-me. - Ela somente sorriu com os olhos e pediu licença, simplesmente saindo dali.

Bakugou repassou o que tinha acabado de lhe acontecer por alguns segundos até dar outro passo, dando de ombros ele pois uma das taças de champanhe na mão e seguiu para as escadas.

Mais um dia normal na casa dos horrores.

O loiro bebeu o líquido gaseificado o mais rápido possível para levantar seus ânimos, o gosto era bom, com certeza aquele champanhe era daqueles caros que só se abria uma vez em comemorações, ali na casa dos Bakugo's estavam comemorando sessenta anos da produção de vinho, pessoalmente Katsuki nunca se importou com os negócios da família, então muitas das coisas desse negócio da família ela não sabia, o que ele sabia era que a produção de vinho era relacionada à igreja, só isso.
De repente sentiu um dedo tocar seu ombro e quando se virou lá estava o ruivo, ele tinha uma taça na mão também, um sorriso no rosto e um olhar caloroso.

- Vamos, deixa eu te mostrar os meus amigos, antes que a noite esfrie. - Ele pegou sua mão e lhe guiu pelo lugar mas não antes de dar uma piscada para o loiro.

A mão do ruivo encostou morna na dele, era estranho como ela nunca parecia nem quente e nem fria as vezes mas óbvio que ele não demonstrou isso, ele apenas seguiu o ruivo, até que chegassem em uma roda de pessoas que cumprimentaram ele e assim Katsuki foi apresentado por Kirishima.

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