Capítulo 44

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Bakugou tropeçou nos próprios pés até cair no chão, estava assustado, de modo súbito as luzes do lugar se ascenderam e o loiro pode realmente ver como Kirishima estava, estava sem camisa, a pele naturalmente bronzeado brilhava sobre a luz fraca, a calça cinza de um tecido que ele não soube identificar mas sabia que era de época era branca e estava com um sapato marrom nos pés.

Ele se aproximou e praticamente ergueu o loiro pela cintura, olhando nos olhos dele com um mínimo sorriso galante, segurando firme a cintura curva do outro, Katsuki engoliu em seco com o toque.

— Pensei que já soubesse o que eu era.  -

— Eu não tinha certeza.. - Bakugou estava com o sangue fervendo, o coração batendo rápido, uma vontade de beijar o ruivo vinha crescendo.

— E esperou que eu confirmasse, inteligente. - O ruivo encarou os lábios de Katsuki.

Kirishima lhe olhava de um jeito intenso, o suficiente para fazer as pernas de Bakugou bambearem, as mãos do ruivo saíram de sua cintura e ele nem percebeu que estava prendendo o ar até o momento, o ruivo sorriu ao notar as bochechas coradas do loiro e Katsuki percebeu aquilo e desviou o olhar envergonhado.

— O que você...O que você está fazendo aqui, posso saber? Numa cena do crime. - Bakugou questionou olhando em seus olhos dessa vez.

— Eu vim querer descobrir o que está acontecendo, eu vi você vindo e vim cá pra cima, eu e os outros botamos todos os oficiais para dormir naquele iate. - 

— Vocês o que? Meu Deus, Espera quer dizer que tem outros? - Questionou ao recapitular a fala alheia em sua mente.

— Sim? Eu voltaria aqui sozinho só com alguém ameaçando quebrar as minhas pernas. -

Bakugou tentou respirar fundo e calmo pra não entrar em pânico, o fato de estar frente à frente de um vampiro era surreal demais, ele olhou em volta e imaginou que alguém teria mexido na fiação para que a iluminação do andar abandonado voltasse. Kirishima observou o loiro intrigado, Katsuki era um observador nato, olhando para os lados daquele jeito se assemelhava à um animal arisco, ele era elegante sem fazer esforço, Eijirou perguntou a si mesmo se ele tinha ciência disso.

Bakugou viu que Kirishima ia falar algum coisa quando o homem abriu a boca pra tal, mas foi interrompido por uma mulher de cabelos pretos amarrado em um rabo de cavalo, e roupas chiques, saia e blusa quadriculada num tom bege combinava com suas sapatilhas pretas.

— Kirishima! Achamos uma coisa que você gostaria de ver. - A morena na qual nunca tinha visto olhou para Katsuki de um jeito estranho, como se não gostasse dele ou não o queria lá.

— O que ele faz aqui? - Ela perguntou ao ruivo.

— Essa casa é minha. - Bakugou respondeu.

Antes que Kirishima pudesse responder o universitário fez isso por si próprio, ele o olhou com admiração por seu jeito tão marrento e másculo.

— Essa também é uma dúvida minha. Por que está aqui? É ilegal e perigoso. - O ruivo sorriu olhando para ele.

— Eu poderia te dizer a mesma coisa. - Bakugou cruzou os braços na frente do peitoral. — O que você está fazendo na minha casa?

— Eu fui atacado aqui se lembra? Não foi você que me tirou daqui? - Kirishima deu um passo pra frente se aproximando dele novamente.

— Eu não esperava que você fosse voltar aqui. - Ele engoliu seco olhando nos olhos do ruivo, vendo ele se aproximar. — Ela também é vampira? - disse se referindo à mulher na qual surgiu de uma porta atrás deles.

O ruivo olhou para a morena antes de confirmar que sim. Ela era um deles. Katsuki molhou os lábios secos se sentindo confuso e estranho. Estava amedrontado por mais que respirasse fundo tentando manter a calma.

— Vamos logo Kirishima, estão esperando por nós lá embaixo. - A mulher o alertou de braços cruzados.

Kirishima acenou e foi em direção da morena, mas algo o parou e o fez virar para trás e encarar Bakugou.

— Você não vem? A casa é sua afinal. - Ele lhe lançou um olhar sugestivo, inclinando um pouco a cabeça pra a esquerda.

Bakugou pensou por alguns segundos se deveria mas acabou indo junto deles.

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Katsuki se perguntava onde caralhos estava se metendo, e o mais bizarro era que ele estava na própria casa. Ele descia uma escada daquelas de borda de piscina enferrujada tão nojenta quanto a cara da diretora Sra.Mariko, a lanterna residia presa em seus dentes fortes e ele descia com cautela para não desequilibrar e acabar se machucando.

— Toma cuidado Rapunzel a escada 'tá quebrada no final. - Ele ouviu a voz de Kirishima.

Ao ver o penúltimo degrau o loiro pulou no chão, um movimento calculado e Bakugou terminou sem nenhum arranhão, ele andou mais um pouco vendo Eijirou e a mulher da qual não sabia o nome mas o que o interessou mais foi o lugar onde estava.

— Que merda é essa? - Ele disse tirando a lanterna da boca enquanto observava o local rochoso e úmido, sons de água pingando eram constantes e também estava escuro.

— Uma câmara debaixo da sua casa. - A morena respondeu e ele olhou para ela não sentindo muita confiança.

Repentinamente uma voz elétrica emergiu ao lado deles e Bakugou se assustou com quem era.

— Gente! Encontrei vocês, estamos esperando lá naquela sala.. Bakugo? - Kaminari o encarou com surpresa e apreensão, olhando para os demais preocupado.

— Até você é Vampiro Denki?! - Questionou Katsuki.

— Ah não, eu sou skinwalker. - Ele sorriu mas Katsuki não entendeu o que significava.

E também não entenderia pois os dois dali o encarou com repressão, talvez Denki revelou algo que não deveria.

— Ah sim, entendo. - Bakugou disse.

— Então... O que você está fazendo aqui? - O loiro elétrico perguntou.

— A casa é minha.

— Oh.. Aanh, gente?

Denki olhou para os outros dois que só assistiam o diálogo.

— 'Tá tudo bem Kaminari. - Kirishima disse.

— Ele não é uma ameaça. - A morena disse, Bakugou olhou pra ela de cima a baixo e ela fez que não entendeu.

Denki os convidou para seguir ele até um elevador antigo que Bakugou considerou não entrar e ao descerem foram enviados à uma sala estranha e macabra, lá tinha várias coisas estranhas, desenhos sem sentido, objetos estranho, a sala era grande e tinha uma espécie e mesa de pedra escura com símbolos talhados nela, na parede tinha um quadro de pistas com fios vermelho ligando coisas, Bakugou quis entender qual a ligação do novo presidente do estado, ele, Mitsuki, e uma tal de ESECA escrito num papel.

Bakugou olhou para traz encarando os três e Kirishima o olhou de volta, mas antes que pudesse dizer o que queria o elevador desceu novamente e revelou Mitsuki e Masaru.

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