Capítulo 52

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∆ : Descrição de violência gráfica e gore serão narrados a seguir.
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Depois de passar por por algumas experiências na vida, tinham se duas coisas que podiam mudar a química do seu cérebro, uma delas era a morte, mas especificamente ver uma pessoa morrer, algumas glândulas liberam alguns hormônios de acordo com a situação em que você estiver, por exemplo adrenalina se por acaso estiver em perigo, e por outro lado temos os neurônios liberando correntes elétrica fortes o suficiente pra causar um desastre quando esse número é aplicado em um lugar fora da sua cabeça.

Os neurônios trabalham em conjunto para imortalizar a memória, e você não vai esquecer dela, assim como não vai esquecer do dia em que perdeu a virgindade.

Bakugou se lembrava perfeitamente do dia em que perdeu a virgindade, adolescentes, uma festa, copos de bebida e o banheiro do quarto dos pais.

Agora a memória que ele se lembraria perfeitamente era a de que Mina e Shinso morriam.

O ar entrou com dificuldade para salvar os pulmões, o rosto do loiro molhado de lágrimas e também de sangue, estava imóvel quando viu Kirishima e Momo avançarem sobre os corpos já sem vida de seus melhores amigos, Eijirou cravou sua presas na jugular de Mina e Yaoyorozu fazia o mesmo com o pulso Shinso, a medida que iam tomando sangue seus olhos se ascendiam numa cor alva, Bakugou entendeu o que estava acontecendo ali, eles estavam devorando a alma e toda a vitalidade que restava de Hitoshi e Ashido.

O universitário viu os olhos nublados dos amigos e constatou que seus espírito tinha morrido ou algo assim, ficou agoniado mas subitamente os dois vampiros pararam de fazer o que faziam pra rasgar os próprios pulsos e pingarem a vida de volta para os cadáveres de Ashido e Shinso.

Antes de continuar, precisamos voltar um pouco.

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Enquanto o grupo de invasores corriam dos seguranças da mansão, Bakugou sentia uma pressão estranha atrás da cabeça, familiar, e que estava se tornando uma dor indescritível, até que chegaram num caminho sem saída, e se viram sem outra opção a não ser lutar.

Quer dizer, os que sabia lutar se propuseram a tentar viver um pouco mais, já os humanos corriam e atiravam naqueles que entravam em seu caminhos, Bakugou atirou em um dos skinwalkers que vinha em sua direção e confirmou o que Kirishima tinha falado, pelo o impacto o homem caiu mas não surgiu nenhum ferimento em sua face.
Enquanto ele se levantava lentamente pelo baque da bala, o universitário olhou envolta procurando uma saída e o que encontrou foi uma porta enorme e com uma tranca enferrujada, o loiro correu entre os outros e Denki lhe deu cobertura pra atravessar aquele mar de sangue, Bakugou tirou o metal que era a trava de segurança e começou a empurrar a porta, o metal velho chiava mais e mais ao ser empurrado.

O loiro notou o barulho que estavam fazendo, as lutas os gritos e aquele portão velho sendo arrastado estava chamando muita atenção. Assim que conseguiu uma boa quantidade de espaço ele chamou os outros.

— Gente vamos embora!

Shinsou e Mina passaram e os vampiros demoraram um pouco para se livrar de quem estavam lutando a pouco tempo, eles correram pra longe da casa velha e cada vez que iam se afastando mais da casa ela se tornava um borrão na mente de Katsuki, durante aquela corrida desesperada dos seis na grama alta o loiro acabou por se desequilibrar e cair na mata.

Kirishima o ajudou a se levantar e continuaram correndo.

— Não dá pra parar agora.

Depois de bons minutos correndo todos entraram na limousine as pressas, Bakugou viu os seguranças chegando perto e um deles atirou um mecanismo de cor acinzentada na janela, essa que se multiplicou em pequenos pedaços que rasgaram superficialmente o rosto de Bakugou, o objeto tinha a aparência de uma aranha mecanizada e ele movimentava suas perninhas de um jeito elétrico, a luz vermelha que piscava incessantemente o fez perceber que é um explosivo.

Sem pensar direito se era ou não uma boa ideia Katsuki pegou o explosivo na mão e o atirou para fora do carro, o carro seguiu andando mas antes que ele pudesse pedir para que o piloto automático fosse mais rápido em sair dali já era tarde demais pois a explosão se iniciou e atingiu o carro com tamanha força que o fez dar seis cambalhotas na estrada.

Quando o carro parou todos estavam uns encima dos outros como uma pilha humana, o universitário que parou por cima do corpo de Momo torceu a boca em desagrado por tê-la debaixo de si, mas não teve tempo de se levantar antes de ser bruscamente arrancado de dentro do carro, pegaram ele pelos calcanhares e o tiraram de lá de dentro assim como fizeram com os outros.

A dor do impacto o fez gemer, suas costas queimavam e os seus músculos não o perdoaram em fazer questão de doerem por um tempo prolongado.

— Porquê que toda vez que eu entro num carro isso acontece? - O loiro travou o maxilar ao sentir uma dor nas costelas ao respirar.

O monstro de um dos skinwalkers veio para cima de Katsuki e tudo o que ele conseguiu fazer foi correr o mais rápido possível, mas debilitado daquele jeito o máximo dele era o mesmo que nada. A criatura o pegou, dessa vez era mais feia que a última e babava como se estivesse doente, o monstro afundou o corpo de Bakugou no chão com a pata e rosnou na cara dele pronto para tirar lhe a cabeça.

Mas aí aconteceu de novo.

A jugular do animal foi cortada, o sangue espirrou quente no rosto de Bakugou o manchando totalmente de vermelho, foi tanto sangue que caiu em seu rosto que tingiu os seus olhos e o fez se engasgar ao aspirar um pouco para dentro de sim, o animal grasnou de dor e deu o seu último uivo antes de cair ao lado de Katsuki e tomar a forma humana. Katsuki jurou ter visto um relâmpago azulado passar na garganta do animal.

Um grito de negação veio longe e o loiro foi atingido por um chute na costela, a dor fez o ar faltar e ele se levantou e devolveu em um soco o belo carinho que a mulher de cabelos pretos e olhos azuis fez questão de lhe dar.

Ele olhou para os outros ao oeste, estavam lidando com a mesma coisa com os seguranças e os skinwalkers transformados, Bakugou se aproximou e sacou a arma que guardava no cóccix da calça e atirou na criatura que estava sobre Kirishima, aquilo a distraiu e deu tempo para o ruivo lhe acertar com um soco poderoso, ele se aproximou quando a criatura já tinha tomado a forma humana e residia no chão.

— Vocês estão bem? - Perguntou.

Deku se levantava com a ajuda do noivo e um filete de sangue caindo sobre a pele branca do rosto, Yaoyorozu estava descabelada e com o rosto arranhado mas assentiu, Denki acenou positivamente mas a expressão apreensiva dele fez Bakugou se virar confuso, Mina e Shinso estavam bem a frente de Katsuki quando a mulher morena de olhos azuis se aproximou transformada, Mina foi empurrada pela pata monstruosa e e o poste de luz que atravessou a parte do motorista do carro simplesmente perfurou o peitoral da mulher a mantendo pendurada, o loiro gritou e enquanto fazia outro pesadelo acontecia e a cabeça de Shinso foi decapitada pela garra afiada da skinwalker.

Aquilo o manteve em estado de alerta, uma raiva assustadora assolou os sentidos de Bakugou, mas acima de tudo quem mantinha a coroa era a sensação do medo congelando as veias do seu corpo, o suor frio que descia pelas incomodava o loiro, pode ouvir Eijirou o chamando mas não foi capaz de se mover, somente quando a criatura avançou que em um instinto sua mão se ergueu na frente do corpo e uma explosão destruiu o lado direito da criatura, o disparo saiu dos dedos de  Katsuki coloridos antes de se tornaram vermelho e laranja.

A skinwalker caiu no gramado segundos depois do acontecimento, manchando o verde de vermelho, Katsuki se viu num mar de sangue e os corpos dos amigos flutuavam expostos  à todo aquele horror.

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Daí é só juntar os pontinhos 🥺💝

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