Capítulo 38

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– Sei que tem alguma coisa te incomodando. - Disse Bakugou compreensivo
Eijirou mirou o rosto dele, ele havia fechado os olhos, seus dedos se moveram ansiosos na pele macia.

– Não é nada. - Seus dedos contornaram a dorsal alheia.
Bakugou abriu os olhos e disse.

– Eu acabei de experimentar você extrapolando os limites da velocidade da luz, diz logo o que você tem cacete. Eu quero ajudar..

Kirishima olhou para Katsuki pensando se realmente deveria dizer aquilo, suspirando fundo antes de finalmente falar.

– Uma pessoa, me disse uma coisa que eu não gostei.

– Foi por isso que veio aqui? -
Questionou o loiro.

– Não! - Kirishima disse rapidamente. – Digo. Eu não.. eu queria ficar com você.

O ruivo olhou nos olhos alheios um tanto agoniado.

– Olha. Eu sei que parece que eu estou te usando e-

– Tudo bem. - Katsuki o interrompeu antes que continuasse. – Não precisa se explicar. O que essa tal pessoa disse?

Eijirou suspirou aliviado pela compreensão de Bakugou, mesmo que ele ainda se sentisse culpado, além disso o loiro não parecia chateado em sua expressão pacata.

– Ela.. me alertou. E também tentou fazer a minha cabeça. - Ele tinha receio de falar, possuía cautela em cada sílaba que saia de sua boca.

Como caralhos Eijirou poderia dizer que foi ameaçado e quase manipulado?

– Te magoou? - Bakugou respondeu.

– Me deixou com raiva.

Kirishima acariciou a lombar do loiro, acabando por escorregar a mão sobre as nádegas dele.

– Vai ter que esperar se quiser foder, eu tô cansado. - Bakugou disse falsamente irritado, com direto até à um biquinho.

O ruivo abriu um sorriso com aquela cena, achando a coisa mais adorável que se tinha visto naquelas horas.

– Vem aqui. - Kirishima sussurrou puxando Bakugou pela cintura até que ele estivesse bem pertinho.

A cabeça do loiro descansava no braço do ruivo, ele sorriu pois ter aquele tipo de tratamento era muito bom. Kirishima beijou sua testa depois de lhe desejar um bom sono.

– Que boiolagem do caralho. - O loiro riu ficando com as bochechas vermelhas.

– Mais do que a de que eu acabei de ter comer como um bolo? - Kirishima disse tirando sarro.

– Já entendi, vai dormir também. - Havia um pouco de vergonha em seu tom.

– Sim senhor. - O ruivo já tinha os olhos fechados.

– Hey, Kirishima.

– Hum?

– Não deixe ninguém dizer o que você deve fazer ou não. Só você pode escolher o que quer pra você.

– Certo...

Kirishima fez um cafuné no cabelo macio quando o loiro se aninhou no seu peitoral desnudo, abraçando sua cintura. O ruivo também suspirou pensando sobre o que o loiro lhe disse.

– Posso te contar uma coisa? - Bakugou questionou, sua voz estava um pouco arrastada indicando que ele estava com sono.

– O que quiser.

Ele se remexeu um pouco, seu nariz roçou no ombro suado mas ele não se importava com o cheiro.

– Eu nem sei o porque de eu estar aqui, eu não sei o motivo desse baile, nem sei se tem um real motivo e se tiver ele é vazio ou podre como a minha família. Você sabe do acidente que houve aqui?

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