Capítulo 32

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Katsuki pôs sua roupa as pressas, tropeçando no tecido ao pular de uma perna só para colocar a calça cargo, ele pôs o cropped que havia reservado para aquela ocasião, sua família receberia os demais então ele teria que está a altura não é? O loiro saiu para fora com seu brinquinho de diamante brilhando como estrelas, ele foi até o resto da família, logo recebeu olhares de repreensão por seu modo de vestir, mas nada com que ele já não estivesse acostumado. ao chegar no pier ele saiu com a ajuda da mãe que lhe estendeu a mão.

Ela em excessão não julgava o gosto pessoal do filho.

Assim que ele pode andar até a porta da casa, outros da família já estavam recebendo os outros, mas eram terceiros e Bakugou mal falava com eles, ele olhou ao redor e viu as pessoas que passavam pelo portão e conversavam com sua mãe, todas portavam roupas finas e gestos elegantes e Katsuki sentia que estavam trazendo um ninho todo de cobras para dentro de casa.

-Katsuki não faça essa cara. - Mitsuki falou entre dentes.

-Essa é a única que eu possuo.

-Então vá mostrar essa cara lá dentro. - Disse ela antes de se afastar para abraçar um conhecido com um sorriso no rosto.

E assim ele fez. Entrou para dentro do casarão, a porta daquela casa parecia mais um arco que levaria o loiro direto para os confins do inferno, e essa voz arranhou a mente dele raivosa e agressiva, fazendo o loiro olhar para todos no salão com um olhar de desprezo, embora estar lá era nostálgico, ele sentia os pensamentos ruins que aquele lugar o recordava, algo que ele desejava manter no passado. Pois não é possível viver nele para sempre.

Katsuki continuou andando pelo salão, empregados iam e vinham por lá, mordomos e mais sei lá o que, um deles passavam com uma taça de champanhe lentamente e o loiro pegou uma taça, o champanhe era bom pelo menos, quantas taças seriam o suficiente para o loiro ficar de fato bêbado?

Agora ele sabia. 5 taças.

Como ele ficou tão decadente assim? era o que ele perguntava para a amiga Mina por mensagem, "queria que vocês estivessem aqui.", era óbvio que a mensagem não foi enviada assim, mas pelo menos na cabeça dele foi, mas mesmo assim ele identificava algum erro nas letras que ele clicava mas ele não se importava, outra vez ele virou a taça contra os lábios e enviou a mensagem, seu coração parou inesperadamente ao ver a mensagem que apareceu no chat.

"O mal reside aqui."

Uma confusão veio a mente de Bakugou pois mandar a amiga ir se lascar para não dizer outra não se parecia nada com isso, então ele supôs que era hora de largar o telefone, o champanhe veio ao seu paladar novamente, mas ele quase desceu pelo buraco errado quando ele viu quem passava pelo arco dos infernos, foi como se o mundo tivesse ido embora e Bakugou viu todos os sons alheios fora dali, por um momento ele se deixou apreciar a cena de um ruivo formalmente vestido de terno e tudo, com um topete e cabelos nos ombros lindos por tempo, até ele notar que encarar o homem que nem um tipo bebê idiota com deficiência mental não era nada normal.

Aquele maldita sensação de "borboletas na barriga" passou e ele não deixou de observar Kirishima, mas de um jeito mais crítico, ele se perguntou quem era aquele ele seguia e que se parecia estranhamente com ele. O homem possuía a cabelo meio a meio, metade branco e metade vermelho, ao seu lado havia uma mulher e a que mais chamava a atenção da dupla.

Ela era alta, cabelos vermelhos altos no estilo das perucas vitorianas, assim como o seu vestido vintage, ela parecia uma Maria Antonieta com a paleta de cores diferentes, até mesmo possuía uma coroa, outras pessoas vinham com eles também, todas no mesmo estilo, Katsuki observou a multidão até que seus olhos caíssem no mar vermelho do ruivo, os olhares se cruzaram e foi como um choque potente atravessando o corpo dos dois, Kirishima esboçava surpresa em sua face e um misto de outras emoções, Bakugou pode ver o olhar mortífero desaparecer e ser substituído por um brilho flamejante,o coração de Bakugou palpitou ao fitar o rosto do loiro, ele estava tão lindo...

O som alto de um toque de celular distraiu o loiro, e ele pegou o aparelho nas mãos, cortando o contato com o ruivo, era uma mensagem de Mina mas o loiro não se preocupou muito, logo ele levantou a cabeça procurando o dono dos pares rubros que não retornou a aparecer. O ruivo havia sumido mas seus acompanhantes permaneciam no mesmo lugar, Bakugou contraiu as sombrancelhas e um biquinho ao suspirar fundo. Talvez ele devesse subir para o quarto, ir para fora ou procurar o ruivo. Incerto ele apenas seguiu para fora do hall de entrada, entrando em uma sala onde tinha uma varanda e lá ele ficou.

As estrelas aos poucos iam iluminando o céu, uma estrela branca e grande brilhava terrivelmente no céu, se destacando das outras, também se sobressaindo sobre elas, Katsuki apoiou o rosto na própria mão, ele observava a lua tocar o mar, o sol poderia até fazer as águas do oceano vibrar, mas nada poderia mover as marés como a lua, a noite o mar era só dela.

Um fenômeno correu pelo céu diante dos olhos rubros, uma estrela cadente passou dentre as estrelas, desaparecendo logo após. O loiro se lembrou do antigo mito, um desejo.

Um amor.
Porque só esse sentimento traria a vida do loiro o toque que ela precisava. Só o amor pode destruir como também pode construir.

O loiro suspirou, abrindo os olhos e fitando o lugar onde a estrela passou; "Por favor me atende."

um barulho surgiu atrás de Katsuki, que se virou no mesmo momento em que ouviu, ele mentiria se dissesse que não se assustou, Katsuki deixou um suspiro escapar quando viu Kirishima com o corpo escorado na porta sorrindo para o loiro na varanda.

-Olha ele aí. - O ruivo disse com um olhar que fazia o corpo do loiro vibrar em anseio.

-Ladrãozinho, sorte sua que eu ainda tenho meu celular antigo. - Protestou.

-É? E eu não tenho duas camisas favoritas.

Bakugou uniu as sombrancelhas confuso.

-Como? - ele se movimentou ansioso.

-Não se lembra mesmo da camisa que te emprestei?

Katsuki abriu a boca ao encarar o semblante do ruivo, um clarão veio fitar o suave sorriso de Kirishima.

-Ah então você acha que me roubando vai nos fazer ficar kits? - Katsuki pergunta indignado, colocando as mãos na cintura.

-Sim. A não ser que a gente encontre outro jeito de quitar as contas. - Ele olhou para o loiro de cima a baixo, seu sorriso era presunçoso e cheio de malícias, seu tom então continha duplo sentido.

As bochechas do loiro foram pintadas de vermelho, o homem que possuía as íris acerejadas observou a distância entre ele e o ruivo um pouco incomodado, o loiro também notou o olhar do ruivo correndo para dentro do local.

-Eu tenho que ir.

Mas já?

Katsuki observou o rosto do ruivo ao ouvir sua fala tão súbita.

-Quer sair de perto tanto assim ? - Katsuki questionou sorrindo.

-Meu pessoal está me esperando, me chama quando quiser resolver a questão. - Kirishima piscou para o loiro, mostrando seus dentes pontudos ao sorrir de volta.

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atualizado.

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