Parasitário

Capítulo 3

Capítulo longo.

∆ : NSFW!
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Ali. Invisível e imperceptível estava Eijirou, no meio de uma multidão em plena rua às dez e quinze da noite, em seu Ford Galaxie negro, os óculos de sol faziam o papel de disfarçar seu rosto, no reflexo da lente sombria, passou por ela a figura de um loiro com uma blusa preta de costas abertas, cada fio brilhante de aço se conectando em entre si formando uma teia.

As mangas da blusa sustentavam um tecido transparente que caia como uma cascata, um desenho de uma teia de aranha estava nela e se tal homem erguesse os braços pareceria um morcego.

Em contraste uma calça jeans branca colada destacava os quadris elevados dele, uma sapatilha prateada estava em seus pés e o ruivo pensou que não havia algo mais boiola do que aquilo. E que o loiro ficava extremamente bonito com o mesmo, sem contar em seu colar que parecia de diamantes, e seu olhar esfumado da mesma cor que sua blusa, junto com seus lábios marcados com um brilhante rosado.

Se o ruivo tinha alguma certeza naquele mundo era de que Katsuki Bakugou era o próprio pecado na terra, seus olhos se retraíram em raiva, uma raiva que não sabia de onde vinha, mas só sabia que ela continuava crescendo e crescendo cada vez mais que via o loiro andar por aquela rua lotada, pessoa iam e vinham de algum lugar desconhecido e pra uma boatezinha de bairro estava bem movimentada.

Mas para Bakugou não seria por bastante tempo.

Kirishima olhou para o retrovisor, apreciando seu belo rosto, uma presença que nunca passava por despercebido à não ser que ele quisesse, ao tirar o óculos foi como encarar um abismo e o ruivo pode ver Katsuki o encarando de volta, imaginou a risada orgulhosa dele soando pelo carro, seus pensamentos nunca estiveram tão bagunçados ultimamente, e sinceramente também nunca tão cansados, o peso em seus ombros afundava a pele de baixo de seu olhar carmim mas perfeitamente disfarçado pela regeneração constante de seu ser.

Sua mão direita apertando o volante fazia as veias do seu braço saltarem, Eijirou respirou fundo e fechou os olhos, o vampiro sempre foi especial, mais do achava, ele tinha uma coisa que muitos cobiçavam que era a "visão", um dom que o permitia ver coisas além de sua posição física, era como um farol no topo de seu crânio, ele viu pessoas bebendo, um pequeno cachorro passando entre elas, uma moto vermelha passando no meio da rua e assim viu o que procurava, dentro da boate, debaixo de luzes roxas e rosas Bakugou se encontrava dançando de um jeito sensual e atraente.

- Peguei você.

Uma voz respingou no ar como um delírio para Katsuki, ele olhou para trás em busca de alguma coisa ou alguém, no meio do aglomerado de pessoas suando e bebendo não foi possível vizualizar nada, um conhecido de um dos seus amigos que tinha chegado junto dele o tirou de seus devaneios o chamando para ir se sentar na mesa com os outros.

Chegando lá notou a presença de seus amigos Denki e Sero, eles estavam sentados se olhando de um jeito nada fraternal, o olhar perdido de Hanta nos lábios de Kaminari já dizia tudo. Quando os dois perceberam sua presença e olharam diretamente para ele Katsuki reparou nos pontos de brilho no rosto do loiro elétrico que pulsavam, como se desaparecessem e depois reaparecessem em um ciclo.

- Está louco de vir com beijos de fada no rosto pra uma boate? - Bakugou se sentou à frente deles.

Denki o fitou com um olhar de falso deboche.

- Não tenho culpa, elas que resolveram me abençoar antes de eu ir para a missão. - Disse ele capturando seu copo de bebida entre os dedos.

A balada estava animada, músicas por todo lugar, os gritos de pessoas agitadas e pouca iluminação.