Capítulo 33

15 1 0
                                    

Katsuki andou até a porta, observando Kirishima se afastar, um sorriso suave enfeitou o seu rosto, seus olhos se perderam na visão do ruivo indo embora, e o loiro caminhou até a sacada onde estava segundos atrás, seu coração batia rápido e ele não sabia o porquê, seus dedos ansiosos alcançaram seu celular e se moveram para enviar uma mensagem à amiga; "Puta merda Mina o ruivo está aqui!". Assim que enviou a mensagem ele suspirou, talvez o álcool o deixou eufórico.

Seus dentes puxaram a pele dos lábios inferiores impiedosamente, seus pés caminharam pra fora da sacada e ele foi em busca da sua família, avistando ela não muito longe de si, Bakugou viu sua mãe de costas, suas roupas eram sempre naquele estilo tão único, cores pastéis, tecidos finos e elegantes, a mulher tinha um vestido colado estilo social, cor salmão. Assim que o estudante se aproximou Mitsuki notou sua presença e fez questão de o puxar pelo braço, à frente dos dois estava a mulher de coroa e vestes antigas.

-Aqui este é o meu filho, Katsuki. -Ela sorriu de um jeito forçado.

-Oi.. -O loiro disse vago e um pouco desconfortável. O olhar da mulher era estranho, suas íris eram de um vermelho muito escuro, como se ali não houvesse pupila, de uma coisa ele tinha certeza, ela era perigosa.

-Olá jovem. Me chamo Mizu Kirishima, muito prazer. - Sorriu com um sorriso carnívoro.

Kirishima?

-Prazer.. -Bakugou olhou para Mitsuki como se dissesse que queria sair dali.

Mitsuki suspirou.

-Filho, por que você não vai se sentar com os outros na mesa ao lado daquele vaso azul? -Disse Mitsuki praticamente o expulsando dali.

Bakugou saiu de perto das duas educadamente, indo se sentar com sua família, sorte que apenas dois membros dela se encontravam ali. E eram justamente os gêmeos mas pelo visto eles não se incomodaram o suficiente para proferir qualquer comentário de suas bocas imundas.

Bakugou suspirou e pois o seu peso no apoio da cadeira, uma força intensa se agitava dentro dele, fazendo seus pelos vibrarem. Seus ossos rangiam por debaixo da pele diante de todas aquelas pessoas naquele lugar, acima de tudo ele odiava estar naquele lugar.

Os olhos ansiosos de Katsuki varreram o salão, seus dedos inquietos batucando a mesa fazendo um som repetitivo, tudo isso era um anseio que, por mais que ele quisesse esconder, de ver o ruivo novamente. Mas suas esperanças sumiam a cada segundo que ele não avistava uma cabeleireira carmim por aí, Bakugou ainda podia se lembrar do jeito que Kirishima o tocava, só de pensar aquilo lhe dava arrepios.

Ele visualizou o sorriso do ruivo quando ele ficava por cima, foram três...? quatro...? As vezes que tocou a ponta do paraíso em somente alguns segundos.

Ele apoiou o cotovelo na mesa e suspirou outra vez. Chamando a atenção de um dos gêmeos dos infernos.

-Está apaixonado? - Aneli a gêmea pergunta. - Só vive suspirando, sonhando acordado.

Bakugou revirou os olhos, só de ter a prima respirando ao seu lado ele sentia extrema revolta.

-Tsk, quando eu te perguntar você fala.

-Eu que perguntei.

-E eu que estou dizendo pra você não falar comigo. - Apenas o olhar de Bakugou já dizia o bastante, mas isso não era o suficiente para Aneli ficar quieta.

-Sabe, você poderia até conseguir se enturmar. Não se sentir desconfortável em lugares com gente importante como esse se ao menos fosse humano. - A forma em que ela disse as últimas palavras foi amarga, como se ela estivesse mastigando o gosto amargo da própria frase.

-Quem disse que eu estou desconfortável Aneli? - Katsuki pendeu a cabeça para o lado, sorrindo debochado.

Sim, ele estava puramente desconfortável, o fato de não conseguir se encaixar doía no loiro.

-A qual é. - Ela deixou o celular na mesa. -Você se parece como um animal selvagem, encarando tudo, é tipo um gato do tipo anti-social tão ridículo que chega a dar dó.

-É eu admito que o meu tipo de galera não é do antisemita, racista com papai e mamãe ex escravocratas.

-Nossa você julga tanto mas esquece que a nossa família também é do mesmo tipo. - Era como se Aneli estivesse olhando com um animal idiota que estivesse correndo atrás do próprio rabo, e isso irritava Katsuki.

-Não. A sua família é desse tipo. - Bakugou já respirava de jeito acelerado, que se dane não foi ele que começou. Se algo saísse dos limites seria culpa de Aneli.

-É claro que ele tem que puxar sardinha pro lado da mamãe, será que ele sabe que o meu tio tirou a mãe dele da miséria? - Jofrey entrou na conversa.

-Cala a boca Jofrey não fala da minha mãe, pelo menos a minha não teve que colocar uma pilulazinha na comida da filha gravida com 14 anos de idade. - Bakugou olhou nos olhos da Aneli, que teve logo uma perda de postura repentina e olhou para Jofrey.

-E a sua mãe que está sendo infiel e o seu pai corno consciente. - Jofrey retrucou.

-Eu já te mandei calar a boca Jofrey. E todo mundo sabe que a Aneli só implica comigo por causa do namoradinho que era um gay no armário.

-Ele não era viado! Você que fez alguma coisa com ele! - Disse Aneli alterando o tom de voz, aquele era um assunto sensível.

-Aceita logo Aneli, seu ex-namorado chupava o seu grelinho pensando numa pitomba bem grossa.

Tinha que ser loira pra não ver o gay que estava comendo ela. Ela olhou para Bakugou raivosa, suas bochechas já estavam vermelhas.

-Quer saber você é um bicho, a sua mãe te criou que nem um bicho. Você ficava enfurnado naquele quartinho, a sua mãe dizia que você estava brincando com a imaginação mas você era um esquizofrenico que nem a sua vó e a sua mãe também é outra puta louca!

Na metade do discurso Aneli já estava derramando lágrimas, assim que terminou ela saiu da mesa indignada, Jofrey foi atrás mas não antes de lançar um olhar acusador para Katsuki.

-Caralho... - Ele soprou e pôs os dedos sobre os olhos.

A infancia de Bakugou não era tão amena quanto ele pensava, ele só não percebia o que acontecia a sua volta, pois estava ocupado com pensamentos... Sentimentos.. ou melhor dizendo sensações. Sim. Indiretamente ou não, Katsuki era sim o culpado por fazer a vida dos gêmeos e dos outros membros da família tão dolorosa.

O loiro olhou a sua volta, suspirando aliviado, ninguém prestou muita atenção ou esteve observando aquela palhaçada, mas algumas pessoas notaram, dentre elas a sua mãe e uma mulher de cabelos pretos desconhecida.

                          -----𓆈-----

°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°°

não, eu nao esqueci de Parasitário

não, eu nao esqueci de Parasitário

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Parasitário Onde histórias criam vida. Descubra agora