Capítulo 3

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Natália

Fui até a sala para atender à campainha. Os amigos do meu irmão estavam jogados na sala, como de ali fosse a casa dele.

Ohhh povinho folgado.

Leonardo: A porta, Natália.

Ele disse assim que entrou na sala com um sorriso sarcástico no rosto.

Eu juro por tudo que é mais sagrada que eu vou fazer ele engolir essa merda de sorriso.

Nat: Eu não sou surda e muito mesmo burra, querido. — Retruquei.

Ele bufou e os outros riram do amigo.

Peguei a chave, que estava na mesa da sala, e abri a porta.

Gu: Olá. — Disse assim que eu abri a porta.

Pulei nele. Eu estava morrendo de saudades do Gu. Ele é o meu melhor amigo e eu não consigo ficar nem 2 dias sem vê-lo que eu já estou morrendo de saudades.

Nat: Amiguinho.

Disse toda sorridente, fazendo com que ele tirasse meu corpo do chão e girasse.

Nat: Para, Gustavo. Vou ficar tonta. — Resmunguei rindo, encostando a cabeça no seu ombro.

Gu: Impossível. Tonta você já é. — Ele zombou e colocou meu corpo de volta no chão.

Nat: Já chegou irritando. — Bufei. — Agora vamos, preciso que você participe de uma maratona de séries comigo.

Gu: Ahhhh não, Natália. — Resmungou, fazendo uma expressão horrível no rosto.

Eu sempre obriguei o Gustavo à assistir minhas séries, ele sempre odiou mas eu sempre consigo dobrar ele.

Nat: Ahhhh sim, Gu. — Puxei ele pela mão.

Ele acenou com a cabeça para o Rodrigo e Alan, eles já se conheciam. O Rafa bufou de raiva mas acenou.

Rafa: Vão falar a verdade quando?

Arqueei a sobrancelha e encarei meu irmão que estava com uma cara brava.

Gu: Que verdade?

Rafa: Que vocês estão se pegando faz muito tempo.

Gustavo segurou o riso do meu lado mas eu não. Tive que cair na gargalhada. Onde ele consegue tirar essas ideias absurdas.

Nat: Bebeu, Rafael? Olha que ainda é de manhã.

Leonardo: Corrigindo, é quase a hora do almoço.

Nat: Fique quieto no seu canto, por favor. — Apontei para o indivíduo irritante, que piscou para mim.

Rafa: Não, eu não bebi. Apenas quero saber a verdade.

Nat: Você não está entendendo. Não tem nenhuma verdade. Nenhuma, nenhuma e nenhuma. — Repeti.

Rafa: Conta outra. Vocês não se largam.

Gu: Qual é, cara? Somos apenas bons amigos.

Alan: É meio complicado acreditar. — Coçou a nuca.

Nat: Mas não tem o que duvidar, meu Deus. — Bufei. — Somos amigos, friends. Entendido?

Rafa: Não.

Nat: Para de ser criança, Rafael. — Murmurei. — Não vou ficar discutindo contigo por essa situação ridícula.

Gu: Não somos namorados e ponto final, Rafa.

Nat: Agora, peço licença. Tenho coisas mais interessante para fazer, do que ficar discutindo baboseira.

Rafa: Natália...

Ele gritou mas eu já estava na porta do meu quarto, com o Gustavo rindo atrás de mim.

Gu: Desnecessário esse interrogatório.

Nat: Desnecessário ele achar isso. Qual é o problema de entender que não rola nada mais que uma amizade.

Gu: Mas sabe que eu sou apaixonado na Gabi.

Faz meses que eu escuto ele declarar amores pela Gabi. Eu não aguento mais isso.

Nat: Eu vou vomitar. — Brinquei, fazendo uma cara de nojo.

Gu: Para de ser chata.

Nat: E você para de ser nojentinho.

Ele bufou e se atacou na minha cama.

Gu: Você é minha melhor amiga e deveria escutar sobre os meus sentimentos.

Nat: Eu escuto, príncipe, mas é que faz meses que é a mesma coisa e você não faz droga nenhuma.

Gu: Ela não gosta de mim.

Pelo contrário, meu grande amigo. Ela até gosta mas não quer admitir.

Gabi é minha melhor amiga desde que sempre, e durante os esses anos formamos um grupinho.

Mas, de forma alguma, queria ver seus melhores amigos morrendo de amor pelo outro. É tanto amor num lugar só que até irrita.

Nat: É aí que você se engana.

Gu: Ela gosta?

Ele perguntou todo esperançoso. Gente apaixonada é tão bobinho.

Nat: Não vou falar, e nem posso. Descubra por você mesmo. — Disse pegando o controle da TV. — Agora quem está pronto para um dia inteiro de séries?

Gu: Eu que não. — Disse quase chorando.

{...}

Uma Garota Diferente - Livro 1 [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora