Capítulo 35

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Leonardo

Ela sorriu envergonhada e me abraçou. Nos separamos do abraço e ficamos nos encarando. Seus olhos vidrados nos meus, conseguia ver meu reflexo em seus olhos. Cada detalhe de seu rosto e de seu corpo são perfeitos. Cada parte feita com maior cuidado e perfeição. Encarei seus lábios, estavam implorando pelos meus. Estavam me chamando para tocá-los com os meus. Comecei a me aproximar, aos poucos senti sua respiração sincronizada com a minha. Sua mão foi para o meu pescoço, já a minha para sua cintura. A puxei mais para perto, e selei nossos lábios. A beijo com todo o amor do muito, um beijo como se fosse o primeiro e com um sabor de quero mais. Minha língua explorava cada canto de sua boca, meu corpo implorava por aquilo, seu beijo se tornou uma necessidade. Ela é minha necessidade.

Meus pulmões necessitavam de ar, mas eu queria mais, eu quero mais. Meu fôlego havia se acabado e com isso tivemos que nos separar.

Meus olhos se abriram e a vi. A pessoa mais perfeita ao meu ponto de vista. E ainda a saber que ela me pertence me deixa ainda mais encantado. Sai dos meus pensamentos com ela quase gritando no meu ouvido.

Nat: Leonardo?

Leo: Ahh? Oi? — perguntei confuso.

Nat: Está no mundo da Lua? Ou viajando na maionese?

Leo: Viajando na maionese é mais gostoso, se você quiser viajar comigo fica melhor.

Nat: Bobo, vamos entrar? — perguntou com aquele sorriso no rosto.

Leo: Se você prometer ficar coladinha comigo, eu entro.

Nat: Aí, eu prometo Leo. Eu prometo.— disse levantando as mãos em sinal de rendimento.

Ri da situação e peguei em sua mão a emcaminhando para dentro. Ainda faltava horas para acabar a festa. A noite promete.

Entramos no salão e ela já me puxou para o bar. Confesso que odeio ver ela assim, bêbada. Não é a Natália que eu conheço. Não é a minha namorada. Mas quem sou eu para prender ela? Ninguém. Por isso tive acompanhar ela. Pelo menos dessa vez eu não perderia ela. Tentaria na verdade.

Leo: Bar, de novo?

Nat: Eu só vou pegar uma, e é pra você experimentar também. Você vai se sentir muito bem. Vai parecer que tudo coloriu. É muito estranho. Um estranho bom.

Leo: Um estranho bom? — a encarei.

Nat: Sim, vamos logo. Você vai ir para o paraíso.

Leo: O meu paraíso é a cama, você deitada nela e um cobertor.

Nat: Como não temos isso nesse momento, vamos optar pela bebida azul.

Leo: Você é louca, sabia?

Nat: E você ficou sabendo disso só agora? — sorriu.

Neguei é claro. Ela tinha cada ideia de maluco. Quer dizer, ela é maluquinha. Minha maluquinha.

Ela puxou a minha mão tentando me encaminhar para o bar, ela me direcionou até o mesmo. Paramos numa bancada cheia de cadeiras, algumas vazias mas a maioria cheia de gente. Optamos ficar em pé entre algumas cadeiras. Eu atrás e ela na minha frente.

Nat: Garçom? — disse se referindo a um cara com uma aparência jovem do outro lado da bancada.

Garçom: Gatinha? Voltou? — disse soltando um sorriso cafajeste para a Natália

Gatinha? Oi? Ele não me viu aqui não? Quem deu a liberdade dele chamar a minha namorada de gatinha? Ele tá pedindo para morrer.

Nat: Voltei.

Uma Garota Diferente - Livro 1 [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora