Capítulo 23

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Natália

Meu nervosismo só aumentava. Tomei coragem e desci os poucos degraus que faltava.

Leo: Uou. — Foi a única coisa que ele disse.

Pai: Minha filha, como cresceu. Nem é mais a minha menininha. — Ele estava quase chorando. Típico.

Nat: Papai. — Disse rindo.

Pai: Só estou falando a verdade.

Nat: Vamos Leo? — perguntei para sair logo dali.

Leo: O quê?

Nat: Vamos?

Leo: Ah, vamos. Desculpa, amor.

Ele pegou em minha mão. Apertando.

Pai: Cuida bem da minha menina.

Com a outro mão ele apertou a do meu pai, como um sinal de acordo.

Leo: Pode deixar. Ela vai ser a pessoa mais feliz desse mundo.

Sorri. Dei um abraço em meu pai.

*****

Fomos em direção a porta. Lá fora tinha um táxi.

Nat: Onde vamos?

Leo: Segredo. — Riu.

Ele abriu a porta e eu entrei. Logo ele já estava do meu lado. Passou o braço por volta do meu ombro e ficou brincando com uma mecha do meu cabelo. Posso dizer que isso tudo foi maravilhoso. Um dia que eu vou levar para sempre. Sim, ele é um príncipe encantado. O meu príncipe encantado.

*****

Seguimos para o restaurante sem trocar uma única palavra. Em poucos minutos já estávamos em frente de um restaurante. Bem chique.

Sai do carro e fiquei esperando o Leo. O restaurante era visivelmente incrível. O Leo pegou na minha mão e me conduziu até a recepção. Uma moça bem novinha, e bem apresentável estava na recepção indicando as mesas aos seus receptivos clientes. Fomos na direção da moça.

XX: Boa Noite. Bem vindos ao Restaurante Requinte. O casal tem reserva?

Leo: Boa Noite. Temos sim, está no nome de Leonardo Silva.

XX: Ah sim. Vamos por aqui.

Ela nos conduziu até uma mesa no final do restaurante.

XX: Desejo uma boa noite e um ótimo jantar ao casal.

Agradecemos. O Leo puxou a cadeira e eu me sentei. Logo ele sentou da minha frente. Com aquele sorriso convencido em seu rosto. Enquanto folheava o cardápio pude perceber que ele estava me encarando. A sensação de ser observava me deixava envergonhada. Eu não gosto que as pessoas ficam me encarando.

Ninguém gosta, na verdade.

Nat: Vai ficar me encarando ou vai escolher? — Perguntei rindo.

Leo: Não posso olhar minha namorada?

Nat: Pode. Sem exageros senão vou virar um pimentão.

Leo: Você fica linda envergonhada.

Nat: Para, Leonardo. — disse rindo.

O garçom chegou e ficamos conversando. Sobre tudo. Manias, defeitos e qualidades. Terminamos e ele deixou-me em casa.

Leo: A princesa está entregue.

Nat: Muito obrigada, príncipe. — zombei, entrando na brincadeira.

E ele atacou minha boca. Sua língua pediu passagem e eu cedi. Nunca vou cansar disso. Nunca vou cansar dele.

Encerramos o beijo com vários selinhos. Existe coisa melhor do que isso?

Leo: Eu te amo, Nat. — Disse sincero.

Nat: Já eu não te amo. — disse rindo e indo para a porta da minha casa.

Ele parou na minha frente.

Leo: Você não me ama?

Nat: Não te amo.

Leo: Certeza? — ele foi chegando mais perto.

Nat: Absoluta. — Cruzei os braços.

Leo: Certeza mesmo?

Ele estava a 2 centímetros da minha boca.

Nat: Eu te amo.

Falei baixinho, perto da sua boca.

Leo: Eu também te amo, meu amor.

E o beijei. Me entreguei naquele beijo que a partir de agora não quero mais viver sem. Explorei cada centímetro da sua boca. Tudo seu é maravilhoso. Seus atos. Seu corpo. Seus pensamentos. Absolutamente tudo.

Leo: Entra que já está tarde. Não quero você aqui na rua essa hora da noite.

Nat: Vem comigo? — pedi.

Leo: Não posso, linda. Tenho que ir pra casa. Juro que amanhã bem cedinho eu to aqui pra te encher de beijos.

Nat: Estou esperando então.

Dei um selinho nele e entrei em casa. Fechei a porta e encostei na mesma. Nunca pensei que pudéssemos chegar até aqui. Encarei a aliança no meu dedo e sabia que não podia ter feito diferente. Eu o amava, o que tem de errado nisso? Nada. Absolutamente nada.

*****

Ainda era 22 horas. Decide tomar um banho. Não demorei muito. Precisava dormir. Hoje foi um dia de grandes emoções. Preciso da minha cama. Fui em direção e me joguei nela, pegando logo no sono.

*****

Acordo com alguém me enchendo de beijos. Era o Leo.

Nat: Bom dia.

Leo: Bom dia, amor.

Abri um sorriso. Então aquilo não foi apenas um sonho. Tudo tinha acontecido. O pedido. O jantar. Éramos oficialmente namorados.

Nat: Está aqui a quanto tempo?

Leo: A exatamente uma hora.

Nat: Uma hora? Fazendo o quê?

Leo: Admirando a sua incrível beleza. — ele disse rindo e brincando com a minha cara, como ele ama fazer.

Nat: Para, Leonardo.

Pelo jeito já estava vermelha. Coloquei um travesseiro na minha cara. Quando a pessoa é branca e fica envergonhada ela parece um pimentão. E eu fico parecendo um pimentão.

Leo: Ah não, amor. Tira isso da cara.

Nat: Vem tirar, idiota.

Leo: Ah é? Estou indo então.

E ele veio. Subiu na cama.

Leo: Vai ter ataque do senhor cócegas.

Nat: Não, amor. Por fa...

Tarde de mais. Ele estava sobre mim e eu rindo que nem uma louca.

Nat: Paraaa... Amooor...

Leo: Só se eu ganhar um beijo.

Nat: Não, Leonardo, eu estou com bafo. — resmunguei. — Não sou porca igual você.

Leo: Não está. Vai. Só um. — Resmungou. — Eu não sou porco, nojentinha.

Estavamos quase nos beijando, quando eu sai de baixo dele e corri para o banheiro.

Leo: Natália e o meu beijo?

Nat: Deixa eu escovar os dentes, saco.

Fiz minhas higienes e sai do banheiro e ele estava mexendo nas nossas fotos.

{...}

Uma Garota Diferente - Livro 1 [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora