Capítulo 2 - Colisão

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SOLETRANDO DE AVESSO


- Asavarid (pra reforçar): "Ásauaríd".

- MahaNakhon: "Maránákon" (nome do edifício).

- Min: se lê como se escreve mesmo.

- Somsri: "Somsseê"

- Chulalongkorn: "ThulálumGONe"

- Essex: "Ésex"

- England: "ÍNgland"





XXX



POV: FREEN

Eu ainda não conseguia acreditar que uma benção dessas havia caído sobre mim. E, de quebra, nessa madrugada consegui livrar meu cliente pessoal da prisão. Compensá-lo por me fazer ficar acordada e poder ter atendido a ligação premiada de Heng com certeza me deixou ainda mais realizada. Eu estava nas nuvens.

MahaNakhon era algo de outro mundo. Passei poucas vezes próxima a ele, mas era sempre algo bizarro de visualizar. Um prédio que cortava os céus, com uma arquitetura ousada. E eu trabalharia aqui a partir de hoje. Eu realmente estou nas nuvens.

Tentei me conter em ficar admirando a paisagem como se fosse uma turista e tornei a caminhar até a entrada. Era tudo tão chique, organizado, novo, até cheiroso. Eu vou colapsar de ansiedade.

Peguei uma credencial na recepção para poder ter acesso aos elevadores. Havia vários e parecia tudo tão grande. Afinal, o prédio era enorme em todos os sentidos.

Não demorou muito para um deles chegar ao térreo. Entrei e já fiquei admirada. O piso era de mármore dourado. Reluzia com os espelhos que tomavam conta de toda a cabine. Pude me ver de vários ângulos.

Mesmo usando a minha melhor roupa — um sobretudo cinza com detalhes brancos, por baixo uma camisa social branca, calça de cetim preta, saltos altos pretos, além de alguns adereços: relógio com o círculo dourado, brincos, anéis etc., ainda não me sentia totalmente pertencente a aquele lugar. Era outro nível.

A porta ia se fechando, até que, pela pequena fresta, vi uma mão pálida passar e segurar um dos lados. Logo a porta começou a abrir de novo e vi um tecido rosa se fazer presente. Então uma silhueta. Uma mulher.

Acabei a encarando sem querer. É porque foi totalmente desconcertante ver alguém totalmente vestida de... rosa?

Ela entrou e desviou o olhar por um segundo, mas depois voltou a olhar, se posicionando ao meu lado. Eu me cobrei para retomar o olhar para frente.

Eu devo estar muito nervosa com toda essa situação, sinceramente. Mas estou extremamente curiosa para qual andar essa moça vai descer.

Não me entenda mal, é que ela só pode ser uma modelo. O cabelo loiro bem definido, hidratado, sem um fio fora do lugar. Os traços perfeitos; olhos castanhos escuros, nariz arrebitado, boca rosada e delicada. Tudo assimétrico como se tivesse saído da capa de uma revista. Talvez fosse estrangeira. Era realmente de cair o queixo.

Sem falar da roupa. Ela usava um terno da cor rosa, não choque, mas um rosa bem acentuado. Eu não era nenhuma especialista em moda, mas ela segurava uma bolsa branca de alguma marca de grife, certamente.

Meu Deus, vou conhecer gente que trabalha com tantas coisas diferentes por aqui. Se bobear, até alguns famosos!

Os andares foram passando. Eu desceria no 45º andar. Os Asavarid Armstrong possuíam 4 andares só para eles (eu sei por que pesquisei, mas não sei onde trabalharei de fato).

Avesso (FreenBecky)Onde histórias criam vida. Descubra agora