Capítulo 1 - Oportunidade

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SOLETRANDO

Por ordem de menção no capítulo (e não repetirei nos demais, caso citados outra vez):

- P'/Phi e N'/Nong: "Pí" e "En"/"Non" (pronomes informais de proximidade)

- Khun Armstrong: "KUN ÁRmstrong"

- Rebecca: "RÍbêcá" (tailandês) e "Ruêbécá" (inglês)

- Heng: "Rêin" (nome)

- Mazda: "Másdá" (marca automotiva)

- Thongbai: "Tombái" (sobrenome)

- Seng: "Sên" (nome)

- Freen Sarocha Chankimha: "Fin Saroutchá JamKINrá"

- Thanaai: "Tanaí" (advogado(a))

- Asavarid: "Ásauaríd"





XXX





— Não seguiu as diretrizes do escritório e ainda pôs nossa reputação em risco, Khun Armstrong. Como pode não entender a gravidade disso?

— Eu fiz o que era preciso fazer. Vocês queriam realmente que eu lidasse com esse caso de comoção pública imensa sem gastos excedentes? Só porque fazia parte da cota de casos gratuitos? — vociferei, perdendo a paciência. — Eu não trabalho sem investigar. Não é pra isso que estou aqui. E tenho certeza que vocês não me colocaram no caso à toa.

— Sinceramente, a questão maior nem é essa. — Heng tomou a palavra e tinha um tom debochado. Se soubessem o quanto odeio esse homem. O quanto ele é irritante. É tão difícil não revirar os olhos enquanto ele tenta trazer utilidade à própria existência. — Nossa querida Khun Armstrong não conseguiu criar um vínculo com a cliente. Isso era essencial pra que o testemunho desse certo. Ela não absorveu todas as informações que precisava pra essa etapa.

— A incompetência da parte não necessariamente tem a ver com a competência do advogado. Senão, não teríamos relevado casos como o da Mazda e Thongbai, por exemplo.

Eu citei esse caso em específico porque o advogado responsável foi Heng. Pude ver seu semblante fechar logo que terminei a fala. Não contive uma sobrancelha arqueada com deboche. Quer cutucar onça com vara curta?

— Ainda sim precisaremos revisar nosso orçamento por conta desses gastos. Você sabia dos limites, Rebecca. Não era nosso combinado. — Khun Wo, um dos sócios fundadores, retomou a atenção a ele.

Eu desviei o olhar. Mas me mantive firme.

— Então precisamos rever o combinado — falei e olhei ao meu relógio de punho. — Preciso ir. Tenho uma audiência em breve. Com licença, senhores.

E assim segui para fora da sala de reuniões. Não sem antes ouvir:

— Vou ter que falar com o pai dela de novo.





XXX



POV: FREEN

— De novo, Seng? É sério isso? — bufei automaticamente ao telefone. Mas em parte fiquei em paz porque ao menos teria um rendimento nesse mês.

Ele deu em cima dela, pô! — respondeu ele. Quase não consegui ouvir pelo chiado no fundo.

— Ela não é sua namorada, Seng.

Mas vai ser um dia... — Bufou. Eu não consegui conter a risada. — Você me entenderia se não tivesse um coração de pedra.

— Eu só não sou emocionada como você. Na verdade, você já extrapolou isso — comentei ainda rindo. — Fala qual é a delegacia e do que te acusaram. Vou me organizar pra ir aí.

Avesso (FreenBecky)Onde histórias criam vida. Descubra agora