Capítulo 18

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           Caminhava por um túnel escuro cujo o fim não chegava nunca, devo ter morrido, será que esse é o caminho escuro que leva até o inferno? 

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           Caminhava por um túnel escuro cujo o fim não chegava nunca, devo ter morrido, será que esse é o caminho escuro que leva até o inferno? 

            De repente, tudo ficou claro e eu já não me encontrava ali, me esforcei para abrir os olhos mas  eles arderam em contato com uma luz branca forte, os fechei outra vez. Esperei um tempo até a queimação passar então os abri novamente, reconheci o lugar. Estou na clínica financiada pelo clube. É o lugar onde vamos para sermos tratados sem risco de exposição. Todos os nossos médicos são pagos para não fazerem perguntas, apenas exercer o trabalho.

             Olhei ao redor com a vista embaçada, meu peito subia e descia e minha respiração estava pesada, consegui ver fios ligados ao meu corpo que se estendiam até um aparelho hospitalar. A agonia tomou conta, me forcei a levantar porém não consegui, meu corpo doí me fazendo soltar um murmuro de dor quando minhas costas deixam o colchão. 

                 - Senhor - empertiguei. Não tinha escutado a porta se abrir - Precisa se deitar, ainda não está em condições de sair da cama - a mulher ergue as mãos e vem até onde estou forçando-me a voltar para a maca

              Me permito deitar pois estou sem forças para contrariar, a queimação em meu tórax fica cada vez maior, havia um curativo branco que já estava todo vermelho, não sabia como estava o meu ferimento, ou se tinham retirado o projétil, mas a dor ainda estava lá.

               Atento, vi quando a porta se abriu e Alexandre passou por ela, o imbecil sorriu ao me ver se aproximando da maca.

                 - Achamos que iria bater as botas irmão - diz em um misto de alívio e zombaria - Como é o inferno?

                  - Felizmente não consegui chegar até ele - entrei na brincadeira. A enfermeira entrou e começou a trocar a minha bandagem, quando saiu o encarei mais sério dessa vez - O pegaram?

                Se encosta na parede e balança a cabeça em negação. Me seguro para não me levantar e socar algo, pois poderia piorar o meu estado, mais a raiva que eu sinto se misturou a uma fodida impotência, tinha esperança que o tivessem capturado depois que fui ferido. Alexandre encara o meu rosto como se dissesse que logo o pegaremos, mas não respondo.

                  A porta é aberta outra vez e Matthew aparece em meu campo de visão

                   - Caralho sargento...- Veio até mim parecendo surpreso - Puta merda você está vivo! 

                  Franzi o cenho me esforçando pra revirar os olhos

                    - Porque todos pensaram que eu iria morrer? - questiono irritado - Não é a primeira vez que sou atingido em missão 

                    - Mas é a primeira vez que leva um tiro no peito! - rebate cruzando os braços - Puta que pariu cara, você ficou uma semana desacordado, todos pensamos que a qualquer momento iria dar um piripaque.

Incompatível (MC ABISMO Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora