Ramiro era um homem conhecido por sua racionalidade e lealdade. No entanto, ele escondia um lado obscuro que poucos conheciam. Após perder seus pais em um trágico acidente, Ramiro enfrentou dor e humilhação, mas sobreviveu e se tornou o sargento de...
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Quando a competição terminou, viemos diretamente para a minha casa, como seu amigo ainda estava morando no seu apartamento e o clube ficava sempre cheio achei que seria melhor vir pra cá. Sobre o tal Ethan decidi deixar esse assunto de lado por um tempo, sabia que a garota não deixaria o amigo desamparado e também não queria discutir outra vez.
Assim que chegamos, me ofereci imediatamente para preparar algo para nós, sabia que deveria estar faminta depois de todo o esforço. Após alguns minutos cozinhando, coloquei a mesa e verifiquei o relógio. Já faz quarenta minutos, oque ela está fazendo lá em cima? Deixei de esperar e resolvi subir atrás dela.
Atravessei o corredor indo em direção ao meu quarto, entrei e franzi o cenho ao notar a porta do banheiro aberta e ele vazio. Aonde essa garota está?
- Pietra? - chamo olhando ao redor
- Estou aqui! - escutei sua voz próxima. Olhei para onde vinha e a vi parada na sacada usando apenas uma toalha branca
Fui até ela como um maldito viciado atrás de drogas, minhas mãos estavam coçando para toca-la só por ver a forma como estava naquele momento. Paro no batente da porta observando as suas reações, está apoiada no parapeito olhando para o céu, tão linda parecendo perdida em pensamentos.
- Algum problema, estrelinha? - procuro saber, preocupado com o rumo que as suas memórias podem estar tomando
Ela balança a cabeça ainda sem me encarar
- Apenas gosto daqui - diz admirando as estrelas.
Vou até ela e paro em suas costas apoiando as minhas mãos no corrimão a prendendo contra mim. Escondo meu rosto no seu pescoço cheirando sua pele perfumada.
- Nunca te contei o motivo do meu apego a elas - comenta com um sorriso referindo se as estrelas. Balancei a cabeça me dando conta daquilo - Acho que era porque, eu não queria te encher com meus demônios...
- Estrelinha...- murmuro deixando um beijo no seu ombro, fico encantado ao ver sua pele se arrepiar - Pode me contar qualquer coisa.
Ela balança a cabeça e apoia mais o corpo no corrimão respirando fundo. Odiei ver a forma como parecia abatida
- Sabe...- fecha os olhos por um momento - os meus pais nunca foram muito amáveis, eles sempre estavam ocupados demais discutindo
Ela fica alguns minutos parada, não entendi bem mas não perguntei pois percebi seu desconforto. Decidi apenas deixar ela falar, curioso para saber sobre a sua vida.
- Meu pai começou a beber e ficar agressivo - conta nostálgica - Ele batia em mim e na minha mãe sem nenhum motivo
Travo o maxilar incomodado
- Um dia a minha mãe se cansou de tudo aquilo, ela arrumou um cara com dinheiro e decidiu sair de casa... - vejo seus olhos marejaram - e me deixou lá.
