Ramiro era um homem conhecido por sua racionalidade e lealdade. No entanto, ele escondia um lado obscuro que poucos conheciam. Após perder seus pais em um trágico acidente, Ramiro enfrentou dor e humilhação, mas sobreviveu e se tornou o sargento de...
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Acordei sentindo o corpo dolorido. Acabei dormindo no sofá, pois não conseguia ficar em paz nem na minha própria cama, até isso ela tirou de mim. Deveria ter seguido a minha regra de não trazer as mulheres que fodo pra minha casa. Como queria que ela tivesse sido somente isso, uma foda, tudo seria menos complicado.
Não tinha um canto da minha casa, do meu lar onde ela não tivesse e isso era foda. Como eu fugiria daquilo que me machuca se não posso nem fugir para minha própria casa? Pietra me quebrou, me feriu mais profundamente do que possa imaginar e aquilo estava tirando a pouca paz que me restava, pois eu tinha uma certa culpa nisso. Culpa por ter permitido a proximidade, por não ter aberto mão dela quando meus instintos mandaram. Já se passava das seis da noite, e eu não conseguia ficar em paz na minha própria casa. Não com a imagem de Pietra comendo na minha cozinha, tomando banho no meu banheiro, comendo pizza no meu sofá, me beijando no meu quarto e fodendo comigo naquela maldita jacuzzi.
Cansado de me torturar, me levantei daquele sofá e segui na direção do meu quarto. Vesti uma camisa preta e em seguida me sentei pra colocar a bota. Não havia motivo pra me esconder aqui se nem mesmo no conforto do meu lar eu posso fugir disso, e entre encarar meus irmãos e continuar sendo sufocados pelas lembranças de nossos meses juntos, preferia encaras as feras.
Agarrei a minha jaqueta a vestindo enquanto descia as escadas ansioso pra deixar o local que era meu porto seguro de descanso. Peguei a chave da minha moto com uma mão enquanto a outra posicionava a pistola na minha cintura, com o Logan livre, não podia me dar ao luxo de andar sem ela. Não há problema, já que como sargento de armas tenho que ter ao menos uma arma registrada pra não ser pego pela policia.
Abri o portão e quase perdi o ar com oque vi. Era ela. Pietra Parker estava em pé na frente da minha casa. Ela estava com aquela blusa azul que usou quando foi me visitar no hospital mas dessa vez os cabelos soltos estavam um pouco bagunçados. Antes que pudesse fechar o portão, ela simplesmente entrou sem se importar com o que eu achava.
- Sai da minha casa! - brado me sentindo incomodado por ela estar aqui. Se depender de mim, nunca mais a veria
- Preciso conversar com você...
- Se quer conversar espere até o julgamento - digo firme enquanto me afasto do portão e dela. Principalmente dela
- Por favor. - pede nervosa - Eu sei que oque fiz foi errado, eu só preciso que me escute por um momento par...
- JÁ DISSE NÃO! - esbravejei irritado com sua insistência - Se tiver um mandado, pode ficar, se não tiver vá embora da minha propriedade. - digo decisivo
Ela tenta de aproximar mas dou um passo pra trás.
- Eu só preciso falar com você....- praticamente implora com a voz rouca - Um minuto, é só isso que eu preciso.
