Ramiro era um homem conhecido por sua racionalidade e lealdade. No entanto, ele escondia um lado obscuro que poucos conheciam. Após perder seus pais em um trágico acidente, Ramiro enfrentou dor e humilhação, mas sobreviveu e se tornou o sargento de...
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- Wow isso é whisky e não tequila - reclamo ao vê-la colocar o segundo copo para dentro sem pausa
Pietra não fala nada e nem rebate, somente continua olhando pra garrafa de bebida como se estivesse perdida em pensamentos. Na verdade, desde que cheguei não havia prestado atenção nela, já que a possibilidade de ser pai me deixou momentaneamente desnorteado. Felizmente foi apenas um alarme falso. Não que e não quisesse, mas nunca pensei sobre isso.
Observando-a melhor pude perceber o quanto estava cabisbaixa. Estava bebendo no clube quando senti uma vontade esquisita de ver ela, era quase que uma necessidade, por isso decidi que seria uma boa ideia lhe entregar o presente que comprei hoje cedo.
- Dia difícil? - procuro saber antes de me levantar e guardar a garrafa de whisky no armário. Já a tinha visto bêbada uma vez e com certeza não a queria ver assim agora. Se ela fosse uma daquelas bêbadas que chora quando está mal? Tremo só de pensar odeio ver mulher chorando, e ela principalmente, me da até um enjoo
- Pode-se dizer que sim - responde tentando me dar um sorriso que é falso pra cacete
- Posso fazer algo para ajudar? - indago realmente disposto a tirar o descontentamento de seu rosto bonito
- Não sei...- murmura dando de ombros - Por acaso você pode colocar todos os merdas de Atlanta em um penhasco e empurrar? - sorrio desviando o olhar para o armário aberto por um tempo antes de fechar
- Se eu pudesse fazer isso, garanto que todos os nossos problemas seriam resolvidos essa noite ainda, estrelinha - brinco a fazendo sorrir. E caralho... realmente adorei isso - Então...- me sentei pegando o copo de whisky antes que ela alcançasse - e aquelas coisas quatro coisas que faz para esfriar a cabeça? - menciono a fazendo revirar os olhos
- Argh! Não acredito que lembra disso - se encosta na cadeira fazendo uma careta de puro desgosto e ouso dizer que um pouquinho de vergonha
- Como esqueceria? - indago brincalhão recebendo seu olhar assassino
- Esqueça oque eu falei. - pede cruzando os braços - Tinha tomado uma dose considerável de tequila naquela noite.
Assenti em compreensão
- Então, foi devido a tequila que me pediu aquele beijo? - lembro-a do nosso primeiro beijo quase nostálgico. Caralho ainda me lembro da sensação de tê-la em meus braços pela primeira vez. Foi como ganhar na porra da loteria sem nem me inscrever.
- Já te disse isso uma vez...- murmura dando de ombros - o álcool me da coragem pra fazer algumas coisas.
Não rebato por mais que não entenda. A única vez que bebi pensando em ficar bêbado foi quando quis esquecer uma merda que aconteceu, isso é o álcool para mim, um escape do caos, mas pelo visto, para a minha estrelinha, não passa de uma poção para ousadia.
