Cap 15

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Sarah me pegou no chuveiro na manhã seguinte. Ela entrou na banheira gloriosamente nua, com a elegância confiante que admirei desde o início. Observando suas curvas enquanto se movia, nem disfarcei ao olhar o magnífico pacote que havia entre suas pernas e seus seios perfeitos.

Apesar da água quente, meus mamilos ficaram duros e eu senti arrepios pelo corpo todo. O sorriso que ela abriu quando se juntou a mim mostrava que sabia exatamente o efeito que provocava. Eu me vinguei passando as mãos ensaboadas por todo o seu corpo divino, depois me sentei no banquinho e o chupei com tanto entusiasmo que ela precisou se equilibrar se apoiando com as duas mãos na parede.

As instruções que ela ditou para mim com a voz rouca e grave ecoaram na minha mente enquanto eu me vestia para o trabalho, o que fiz sem perder tempo, antes que ela tivesse a chance de me foder todinha, como havia ameaçado fazer pouco antes de gozar com força na minha garganta. Naquela noite não houve pesadelos. O sexo parecia ser um sedativo eficiente, para a minha satisfação.

— Espero que você não esteja pensando que escapou. — Sarah disse quando veio atrás de mim na cozinha.

Imaculadamente vestida com seu terno preto de risca de giz, ela aceitou a xícara de café que ofereci enquanto me lançava um olhar que era uma promessa de todos os tipos de perversões. Vendo-a em seus trajes impecavelmente civilizados, pensei na mulher insaciável que se enfiou na minha cama na noite anterior. Meu coração acelerou. Eu estava dolorida, meus músculos ainda se contraíam diante da recordação do prazer, e mesmo assim queria mais.

— Continue olhando assim pra mim. — Ela ameaçou, inclinando-se casualmente sobre o balcão e bebendo café. — Veja o que acontece.

— Vou perder meu emprego por sua causa.

— Eu arrumo outro para você.

Soltei uma risadinha. — De quê? Escrava sexual?

— Boa sugestão. Podemos conversar a respeito.

— Muito cruel, você. — Murmurei enquanto enxaguava minha caneca na pia e punha na lava louças. — Está pronta? Pro trabalho?

Ela terminou o café, e eu estendi a mão para pegar a caneca, mas ela passou por mim e a enxaguou ela mesma. Outra demonstração de mortalidade que demonstrava como ela era acessível e não um ser divino, uma fantasia à qual não tive muito tempo para me apegar.

Sarah me encarou. — Quero levar você pra jantar hoje à noite, e depois pra minha casa, pra minha cama.

— Não quero que você enjoe logo de mim, Sarah.

Ela era uma mulher acostumada a ficar sozinha, alguém que não entrava num relacionamento de verdade fazia muito tempo, se é que algum dia tivera um. Quanto tempo demoraria até seus instintos falarem mais alto? Além disso, precisávamos evitar aparecer em público juntos...

— Não arrume desculpas. — Ela fechou a cara. — Não é você quem vai dizer se sou ou não capaz de manter esta relação.

Fiquei chateada por tê-la ofendido. Ela estava se esforçando, e eu precisava incentivar seu comportamento, não criticar. — Não foi isso que eu quis dizer. Eu só não quero sufocar você. Além disso, precisamos...

E de— Ju. — Ela suspirou. Aquela tensão toda estava a deixando exasperada. — Você precisa confiar em mim. Eu confiei em você. Se não tivesse feito isso, não estaríamos aqui agora.

Concordei com a cabeça, engolindo em seco. — Então está combinado, jantar fora e depois vamos pra sua casa. Sinceramente, mal posso esperar.

O discurso de Sarah sobre confiança ficou na minha cabeça a manhã toda, o que se mostrou uma coisa boa quando mais um alerta do Google apareceu na minha caixa de entrada. Havia mais de uma foto dessa vez. Todos os artigos e posts de blogs continham diversas imagens de mim e de Camilla trocando abraços de despedida ao sair do restaurante onde almoçamos no dia anterior. As legendas eram especulações sobre a natureza da nossa relação, e algumas incluíam a informação de que vivíamos juntas. Outras sugeriam que eu estava enrolando a playboy bilionária Andrade enquanto mantinha um relacionamento paralelo com minha namorada modelo.

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