Cap 16

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Apertei ainda mais o laço do meu robe. - Vou me trocar e já estou indo.

- Quê? - Sarah pareceu despertar. - Indo aonde?

- Pra casa. - Eu disse, sentindo-me exausta. - Acho que você precisa de tempo pra digerir tudo isso.

Ela cruzou os braços. - Podemos fazer isso juntos.

- Acho que não. - Eu estava quase chorando. A tristeza era maior que a vergonha e a decepção. - Não enquanto você continuar me olhando como se tivesse pena de mim.

- Não tenho sangue de barata, Juliette. Só não sendo humano para não se comover com essa história.

Os sentimentos que vinham se acumulando desde a hora do almoço extravasaram na forma de uma dor aguda no meu peito e uma onda de raiva e sinceridade. - Não quero que você sinta pena de mim.

Ela passou as duas mãos pelos cabelos. - Você quer o que então, porra? - Você! Eu quero você.

- Isso você já tem. Quantas vezes preciso dizer?

!

- As palavras não significam merda nenhuma sem uma atitude pra comprovar o que elas dizem. Desde que nos conhecemos, você sente tesão por mim. Não conseguia nem me olhar sem mostrar claramente que queria acabar na cama comigo. E eu não estou vendo isso agora, Sarah. - Meus olhos faiscavam. - Esse olhar... morreu.

- Você não pode estar falando sério. Ela me encarou como se eu tivesse dito o maior dos absurdos.

- Acho que você não entende o que seu desejo faz comigo. - Cruzei os braços, cobrindo meus seios. Estava me sentindo nua, e não no bom sentido. - Faz com que eu me sinta linda, poderosa e cheia de energia. Eu... não consigo nem pensar em continuar com você se esse desejo não existir mais.

- Ju, eu... - Sua voz foi desaparecendo até silenciar. Sua expressão era carrancuda, distante. Ela estava com as mãos fechadas pendendo dos dois lados do corpo.

Afrouxei o laço do meu robe e fiquei totalmente nua. - Olhe pra mim, Sarah. Pro meu corpo. É o mesmo corpo que você não queria largar ontem à noite. O mesmo corpo que você estava tão desesperada para possuir que me levou para aquele maldito quarto de hotel. Se não o quiser mais... se não conseguir mais se excitar olhando pra ele...

- Isto é excitação suficiente pra você? - Ela desamarrou o cordão da calça e exibiu sua intensa e pulsante ereção.

Avançamos uma para a outra ao mesmo tempo. Nossas bocas se encontraram quando ela me levantou para que eu envolvesse seus quadris com minhas pernas. Ela cambaleou até o sofá e se jogou sobre ele, usando uma das mãos para absorver o peso combinado dos nossos corpos.

Abri bem minhas pernas, soluçando e quase sem fôlego, quando ela se ajoelhou no chão e começou a me lamber. Foi um gesto um tanto bruto e impaciente, sem a finesse habitual, e eu estava adorando.

Gostei ainda mais quando ela se ergueu e meteu em mim sem cerimônia. Eu já estava toda molhada, e aquela sensação me fez expirar com força, então senti seu polegar no meu clitóris, em movimentos circulares que faziam meus quadris se remexerem sem parar.

- Isso. - Gemi, arranhando com força suas costas. Aquela frieza toda havia sumido.

Ela tinha voltado a ser fogo puro. - Me fode, Sarah. Me fode com força.

- Juliette. - Ela cobriu minha boca com a dela e agarrou meu cabelo, me mantendo imóvel enquanto investia contra mim de novo e de novo, entrando cada vez mais

fundo. Ela afastou o encosto de braço com o pé e veio sobre mim com toda a vontade, perseguindo seu orgasmo de maneira obstinada e feroz. - Minha... minha... minha...

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