Cap 20

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Eu me levantei em um pulo.

- Nada disso. - Ela me avisou com um tom de voz sombrio. - Nada de fugir. Ainda não terminamos.

- Você não sabe do que está falando. Estar sob o domínio de alguém, perder o direito de dizer não! Eu jamais permitiria que isso voltasse a acontecer. Você sabe pelo que eu passei. Preciso estar no controle, tanto quanto você.

- Sente-se, Juliette.

Fiquei de pé só para provar o que estava dizendo.

Ela abriu um sorriso bem largo, e eu derreti por dentro. - Você tem alguma ideia de como sou maluca por você? - Ela murmurou.

- Você realmente é maluca se está achando que vou aceitar obedecer ordens o tempo todo, principalmente na hora do sexo.

!

- Ora, Ju. Você sabe que não tenho interesse em bater, punir, machucar, humilhar nem tratar você como um cachorrinho. Nenhum de nós duas precisa disso. - Ajeitando-se na cadeira, Sarah se curvou para a frente e apoiou os cotovelos na mesa. - Você é a coisa mais importante da minha vida, é o meu tesouro. Quero proteger você e fazer com que se sinta segura. É por isso que estamos conversando sobre isso.

Minha nossa. Como é que ela conseguia ser tão maravilhosa e tão insana ao mesmotempo?

- Eu não preciso ser dominada!

- Você precisa é de alguém em quem confiar... Não. Quieta, Juliette. Espere até eu terminar.

Meu protesto virou silêncio.

- Você me pediu para reavivar seu corpo fazendo coisas que antes eram dolorosas e assustadoras. Não sei nem dizer o que significa essa confiança pra mim, e como eu me sentiria caso fizesse algo e acabasse perdendo isso. Não posso arriscar, Ju. Precisamos fazer do jeito certo.

Cruzei os braços. - Acho que sou muito burra mesmo. Pensei que nossa vida sexual fosse o máximo.

Pondo o cálice sobre a mesa, Sarah continuou falando como se eu não tivesse dito nada. - Você me pediu pra satisfazer uma necessidade sua, e eu concordei. Agora precisamos...

- Se não sou o que você quer, pode dizer de uma vez! - Pus meu cálice e o porta- retratos sobre a mesa antes que fizesse alguma coisa com eles de que depois me arrependesse. - Não precisa ficar dando voltas...

Ela contornou a mesa e chegou até mim antes que eu pudesse dar um ou dois passos atrás, cobrindo minha boca com a dela e me aprisionando em seus braços. Como já havia feito antes, ela me levou até uma parede e me segurou contra ela, agarrando meus punhos e erguendo-os sobre minha cabeça. Não pude fazer nada quando ela dobrou os joelhos e começou a esfregar o pênis ereto no meio das minhas pernas. Uma vez, depois outra. A seda criava atrito com meu clitóris. Seus dentes se fechando sobre meu mamilo coberto me fizeram estremecer, enquanto o cheiro de sua pele recém-lavada me intoxicava. Prendendo a respiração, soltei-me em seus braços.

- Viu como você se submete em um instante quando assumo o controle? - Ela beijou minhas sobrancelhas, e eu as levantei de surpresa. - E é gostoso, não é? É a coisa mais certa a fazer.

- Isso não é justo. - Olhei bem para ela. O que esperava que eu respondesse? Perturbada e confusa como estava, eu só poderia concordar.

- Claro que é. E é verdade.

Meus olhos se alternavam entre seus cabelos loiros e sedosos e as feições bem desenhadas de seu rosto incomparável. O desejo que me abateu era tão agudo que chegava a doer. O trauma que ela escondia me fazia amá-la ainda mais. Havia momentos em que parecia que eu encontraria outra parte de mim dentro dela.

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