Cap 24

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A quarta-feira começou com o pau de Sarah me penetrando por trás, meu novo jeito favorito de acordar.

— Ora, ora. — Eu disse com a voz rouca, esfregando os olhos para espantar o sono enquanto seu braço envolvia minha cintura e me puxava para mais perto de seu peito quente e forte. — Você está animadinha esta manhã.

— E você está linda e gostosa todas as manhãs. — Ela murmurou, mordendo meu ombro. — Adoro acordar ao seu lado.

Comemoramos a noite ininterrupta com uma bela sessão de orgasmos. Bem mais tarde naquele dia, fui almoçar com Gilberto e seu companheiro Arthur em um restaurante mexicano delicioso escondido sob o nível da rua. Ao descer apenas alguns degraus de cimento, encontramos um restaurante surpreendentemente espaçoso e iluminado, com garçons e garçonetes muito bem vestidos.

— Você precisa vir aqui qualquer dia com sua namorada. — Comentou Arthur — e pedir para ela te pagar uma margarita de romã.

— É boa? — Perguntei.

— Ô, se é.

Quando a garçonete veio tirar nosso pedido, começou a paquerar descaradamente Gil, usando e abusando de seus olhos com cílios longos de fazer inveja. Gil entrou na dela. À medida que o tempo passava, a ruiva exuberante, cujo crachá informava que se chamava Ana Clara, foi ficando mais ousada, acariciando os ombros e a nuca dele toda vez que passava pela mesa. Ao mesmo tempo, as respostas de Gil foram ficando mais sugestivas, a ponto de olhar para Arthur e ver seu rosto ficar vermelho e sua expressão mudar. Remexendo-me o tempo todo na cadeira, eu estava contando os minutos para que aquela refeição carregada de tensão terminasse logo.

— Vamos sair juntos hoje à noite. — Ana disse para Gil ao trazer a conta. — Uma noite comigo e você está curado.

Prendi a respiração. Não podia acreditar no que estava ouvindo.

— Às sete horas está bom pra você? — Perguntou Gil em um tom de voz sedutor. — Vou acabar com você, Ana. Você nem imagina quanto tempo faz que...

Engasguei com a água e comecei a tossir.

Arthur levantou correndo e foi até o outro lado da mesa bater nas minhas costas. — Que coisa, Ju. — Ele falou, aos risos. — Estamos só brincando com você. Não precisa se matar por nossa causa.

— Quê? — Perguntei quase sem fôlego, com os olhos cheios de lágrimas.

Sorrindo, ele passou por trás de mim e abraçou a garçonete. — Juliette, essa é minha irmã Ana. Ana, Juliette é aquela que eu falei que está facilitando a vida de Gil.

— Que ótimo. — disse Ana — já que você não facilita a vida dele em nada. Arthur piscou para mim. — É por isso que ele não me larga.

Vendo os irmãos lado a lado, enfim captei a semelhança, que até então havia passado despercebida. Recostei-me na cadeira e estreitei os olhos para Gil. — Isso foi golpe baixo. Pensei que Arthur fosse ter um ataque.

Gil levantou as mãos em sinal de rendição. — Foi ideia dele. Arthur adora um drama, você sabe.

Ele sorriu e rebateu — Ora, Ju, você sabe que Gil é o mentor intelectual do nosso relacionamento....

Ana tirou um cartão de visitas do bolso e entregou para mim. — Meu número está no verso. Dê uma ligadinha pra mim quando puder. Conheço os podres desses dois. Você pode dar o troco em grande estilo.

— Traidora. — Acusou Arthur.

— Ei. — Ana encolheu os ombros. — As mulheres precisam se unir. —————————————————————————

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