Capítulo 3

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No dia seguinte, Meredith visitou Draco na ala hospitalar no horário do almoço, quando ela sabia que ninguém estaria lá para vê-la.

Ela nem queria ter ido, para falar a verdade, mas recebeu uma carta ultrajada de Draco perguntando como ela ousava não visitá-lo. Temendo receber mais cartas, ela cedeu.

-- Ainda dói?

-- Sim, dói muito! Sinto vontade de morrer! -- choramingou dramaticamente.

-- É mesmo? -- "Me pergunto como você escreveu aquela carta então... Pra isso seu braço não estava ruim!" pensou, revirando os olhos. -- Ande, pare com o drama! Tenho uma caixa de chocolates infinitos que posso dividir com você se isso for melhorar seu humor. Vai conseguir ir à Torre de Astronomia hoje?

-- Não sei se conseguirei andar... Precisarei da sua ajuda! Terá de me carregar!

Meredith, porém, teve a gentileza de lembrá-lo de que ele havia machucado o braço, não as pernas.

Draco, apesar de ter tido forças o suficiente para ver Meredith na Torre de Astronomia, aparentemente não as teve para ver as aulas

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Draco, apesar de ter tido forças o suficiente para ver Meredith na Torre de Astronomia, aparentemente não as teve para ver as aulas. Ele não reapareceu até o fim da manhã de quinta-feira, quando os alunos da Sonserina e da Grifinória já estavam na metade da aula dupla de Poções. Ele entrou cheio de arrogância na masmorra, o braço direito enfaixado e pendurado em uma tipoia, agindo, na opinião de todos os alunos da Grifinória, como se fosse o sobrevivente heroico de uma terrível batalha.

-- Como vai o braço, Draco? -- perguntou Pansy Parkinson, com um sorrisinho insincero. -- Está doendo muito?

-- Está. -- respondeu o garoto, fazendo uma careta corajosa. Meredith revirou os olhos, vendo como ele persistia com aquele teatro.

-- Vá com calma, vá com calma. -- disse o Prof. Snape gratuitamente.

Harry, Ron e Meredith, que dividiam a bancada, fizeram caretas um para o outro. Snape não teria dito "vá com calma" se eles tivessem entrado atrasados, teria lhes dado uma detenção. Mas Draco sempre conseguira escapar com qualquer coisa nas aulas de Poções. Snape era o diretor da Sonserina e em geral favorecia os próprios alunos em prejuízo dos demais.

A classe estava preparando uma poção nova naquele dia, uma Solução Redutora. Draco armou seu caldeirão bem ao lado do de Meredith, de modo que eles, Harry e Ron ficaram preparando os ingredientes na mesma mesa.

-- Professor. -- chamou Draco -- Vou precisar de ajuda para cortar as raízes de margarida, porque o meu braço...

Meredith fingiu que tinha que amarrar os cadarços e Harry fingiu que precisava pegar mais um ingrediente. Ron, infelizmente, não teve a mesma sacada.

-- Weasley, corte as raízes para Malfoy. -- disse Snape sem erguer a cabeça.

Ron ficou vermelho como um tomate.

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