Prólogo

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Eram exatamente 9h e 30min da manhã quando Meredith acordou naquele dia. Era 1 de setembro de 1991, ou seja, seu primeiro dia de aula. Saiu da cama mais rápido do que nunca e logo foi tomar o café da manhã. Ela iria para a estação com a mãe, que logo depois iria para o Ministério da Magia para uma reunião. As duas deram as mãos e Meredith se despediu do pai e do irmão, os quais não veria até o ano seguinte.

A mãe aparatou em um beco vazio em Londres e as duas foram andando até a estação. Os olhos azuis de Meredith varriam o local em busca de seu melhor amigo de infância, o qual não foi localizado.

"Devem estar atrasados." pensou.

-- Mamãe. -- chamou atraindo a atenção da mais velha. -- Quero esperar o Ron. Prometemos que iriamos passar pela plataforma juntos.

-- Querida, não posso esperar. Dentro de 2 minutos devo estar no Ministério para uma reunião.

-- Eu posso esperar aqui sozinha!

-- É perigoso, Meredith.

-- Por favoooor! Eu vou ficar bem!

A mãe suspirou.

-- Tudo bem. Mas tem duas condições. -- Meredith olhou atentamente para a mãe, em sinal de que estava escutando. -- Primeiro: não fale com os trouxas, alguns são gentis, mas outros podem ser maus e aproveitadores, podem te roubar ou te levar para lugares onde você não quer ir e fazer coisas que você não vai gostar. Segundo: Não saia daqui até Molly chegar com os meninos.

-- Nem para ir para o banheiro?

-- Nem para ir para o banheiro. Se sentir vontade terá que segurar até entrar no trem.

-- Tudo bem. -- a mãe deu um sorriso, mas ele logo se desfez, sendo substituído por uma feição distraída.

-- Mamãe? -- a mulher pareceu sair de um transe, olhou para a filha e sorriu novamente.

-- Fique aqui e seja uma boa menina. Mande lembranças minhas à Molly. -- deu um abraço de despedida na filha e se dirigiu para a saída.

Se passaram três minutos e nada dos Weasley. Meredith olhou na direção em que a mãe olhara antes em busca do que a havia distraído, mas a única coisa que via era uma menino magricela de cabelos muito bagunçados e olhos muito verdes e um óculos remendado. Ele parecia perdido, carregava uma coruja, então definitivamente iria para Hogwarts.

"Deve ser um nascido-trouxa que não sabe aonde fica a plataforma, mas onde estão os pais dele? Devem estar dando voltas pela estação procurando a plataforma, acho que não tem nenhum problema se eu ajudá-lo." pensou, porém, antes que pudesse ir em direção ao menino, uma voz conhecida a chamou.

-- Mery! -- chamou um garoto ruivo e sardento.

-- Ron! -- disse andando em direção ao melhor amigo, esquecendo-se do outro menino. -- Oi Sra. Weasley! Oi meninos!

-- Oi querida! -- cumprimentou a mulher com um sorriso amigável. -- Onde está sua mãe?

-- Teve quer ir à uma reunião do Ministério, mas ela mandou lembranças à senhora. Eu quis ficar aqui fora esperando vocês.

-- Que pena. Faz tempo que eu e Audra não colocamos o papo em dia, mas tudo bem, outro dia eu a convido para um chá lá em casa. Agora vamos, faltam poucos minutos para o trem sair. -- Meredith começou a andar com os Weasley. -- Cheio de trouxas, é claro... -- resmungou. -- Agora, qual é mesmo o número da plataforma?

-- 9¾. -- respondeu Ginny. -- Mamãe, não posso ir...

-- Você ainda não tem idade, Ginny. -- interrompeu. -- Está bem, Percy, você vai primeiro.

Harry Potter: Red Blood, Dark Soul IOnde histórias criam vida. Descubra agora