Capítulo 11

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No futuro Meredith nunca conseguiria lembrar muito bem como conseguiu prestar seus exames enquanto esperava Vodemort irromper a qualquer instante pela porta e matar Harry. Contudo os dias foram se passando lentamente e não havia dúvidas de que Fofo continuava vivo e bem seguro atrás da porta trancada.

Fazia um calor de rachar, principalmente na sala das provas escritas. Os alunos tinham recebido penas novas e especiais para fazê-las, previamente encantadas com um feitiço anticola.

Houve exames práticos também. O Prof. Flitwick os chamou à sala de aula, um a um, para verificar se conseguiam fazer um abacaxi sapatear na mesa. A Profª. Minerva observou-os transformarem um camundongo em uma caixa de rapé e conferiu pontos pela beleza da caixa, e os descontou quando a caixa tinha bigodes. Snape deixou-os nervosos, bafejando em seu pescoço enquanto tentavam se lembrar como fazer a poção do aquecimento.

O último exame foi de História da Magia. Uma hora respondendo a perguntas sobre velhos bruxos gagás que inventaram caldeirões atomexíveis e estariam livres, livres por uma semana maravilhosa até saírem os resultados dos exames. Quando o fantasma do Prof. Binns mandou-os descansar as penas e enrolar os pergaminhos, a alegria correu solta pelos alunos.

-- Foi muito mais fácil do que pensei. -- comentou Hermione, quando eles se reuniram aos numerosos alunos que saíam para os jardins ensolarados.

-- Foi mesmo. -- concordou Meredith. -- Eu te falei que não precisávamos ter aprendido o Código de Conduta dos Lobisomens de 1637 e nem a revolta de Elfric, o Ambicioso.

-- Acabaram-se as revisões. -- suspirou Ron quando se sentaram na sombra de uma árvore. -- Você podia fazer uma cara mais alegre, Harry, temos uma semana inteira para descobrir se nos demos mal, não precisa se preocupar agora.

Harry esfregou a testa.

-- Eu gostaria de saber o que significa isso! -- explodiu aborrecido. -- Minha cicatriz não para de doer, já senti isso antes, mas nunca com tanta frequência.

-- Procure Madame Pomfrey. -- sugeriu Hermione.

-- Eu não estou doente. -- respondeu Harry. -- Acho que é um aviso... significa que o perigo está se aproximando.

Ron e Meredith se entreolharam sem conseguir se preocupar, estava quente demais.

-- Harry, relaxe. -- disse Meredith se deitando com a cabeça apoiada nos braços. -- Hermione tem razão, a Pedra está segura enquanto Dumbledore estiver aqui. Em todo o caso, nunca encontramos nenhuma prova de que Snape tenha descoberto como passar por Fofo. Ele quase teve a perna arrancada uma vez, não vai tentar outra tão cedo. E Neville vai jogar quadribol na equipe da Inglaterra antes que Hagrid traia Dumbledore.

-- Isso são os exames. -- disse Hermione. -- Acordei a noite passada e já tinha lido metade dos meus apontamentos sobre Transfiguração quando me lembrei que já tínhamos feito a prova.

Naquela noite, Meredith acordou com uma sensação ruim. Olhou ao redor e viu todas as colegas de quarto dormindo.

Saiu da cama e desceu as escadas para a sala comunal. Vazia.

Cruzou a sala e se dirigiu para o buraco do retrato. Já deviam ser altas horas, já que a Mulher Gorda estava em seu quadro dormindo ao invés de estar visitando outro quadro. Meredith já se preparou para a bronca que receberia ao acordá-la quando voltasse.

Decidiu ir para a torre de astronomia. Sentia-se mais corajosa para voltar lá, apesar da sensação ruim ainda não tê-la abandonado. Será que Filch já estava dormindo?

Agora já não tinha mais volta. Ela já estava no topo da torre. As estrelas estavam bonitas como sempre. Respirou fundo, sentindo o ar fresco da noite. Apurou os ouvidos para não correr o risco de ser pega por Filch, mas a única coisa que ouviu foi a leve brisa e outros barulhos característicos da natureza. 

Harry Potter: Red Blood, Dark Soul IOnde histórias criam vida. Descubra agora