Cap oito

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Afio minhas facas, encostada no tronco mais baixo de uma árvore, observo Aang e Katara treinando a dominação d'água

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Afio minhas facas, encostada no tronco mais baixo de uma árvore, observo Aang e Katara treinando a dominação d'água.

- sai, sai, sai - Sokka berra dentro do rio lavando a língua repetidas vezes

- qual é, já faz uma semana - dou uma risada fraca

- uma semana é o bastante pra ainda sentir o gosto daquele sapo do caralho - grita com a língua pra fora

- culpa do Aang - aponto com uma faca na direção do Avatar que é acertado por espinhos de água sem pontas, ele afunda no riacho e quando volta pra superfície cospe água como se fosse um chafariz

- único remédio pra cura daquele resfriado - Aang se defende

Katara joga os longos cabelos soltos por cima do ombro, cruza os braços na altura do peito e olha pra Sokka com aquele olhar de quando quer provocar o irmão

- oh, grande sábio beijoqueiro, porque em toda a sua eloquência, não pegou uma daquelas ervas com a Alina pra tirar o gosto da boca?

- erva pra tirar o gosto da boca? - Sokka para de esfregar a língua e se joga na margem, seus olhos azuis me encarando com um sentimento de traição

- menta, é o nome - escondo um sorriso e finjo estar concentrada na faca

- você comeu isso? - pergunta pra Katara - e deu certo?

- só masquei e cuspi. É ótimo e deixa um cheiro bom também

- você deu isso pra ela? - Sokka sai do rio e me olha com seus olhos azuis acusadores - e não me deu também?

- ué, por que eu daria? - pergunto inocentemente

- por que eu tô a uma semana reclamando que o gosto do sapo não sai da minha boca? - grita exasperado. Desvio meus olhos pra Aang que está vermelho de tanto segurar a risada - e você tinha essa tal de menta pra me ajudar e não ajudou?

- ah, desculpa, eu pensei que você tinha adorado chupar uma perereca - digo seria, me concentrando no rosto de Sokka sendo tomado por um vermelho intenso

- Alina - Katara me repreende chocada. Ela está muito focada em minha educação esses dias, diz que não se importa com minhas falas grosseiras, mas que às vezes eu pareço um pirata velho de boca suja

- que foi? - confusa encaro a garota que parece ferver pela vergonha

Volto meu olhar pra Sokka e vejo uma pedra vindo em minha direção, percebi tarde demais, tento desviar, mas caio da árvore.

Bato as costas no chão sentindo o ar sumir dos meus pulmões, por uns segundos fico jogada no chão imóvel em completo choque

- puta merda, foi mal - o mais velho corre em minha direção

- Ali - Aang e Katara correm preocupados, como se eu estivesse morrendo

Encaro os três pares de olhos procurados, todos perguntando se eu estava bem e querendo saber se me machuquei

Don't Blame Me - ZukoOnde histórias criam vida. Descubra agora