Cap dezessete

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Me concentro no teto de pedra coberto por gelo e estalactites pontudas, tento ignorar a dor dos meus hematomas depois de ser capturada ontem e também os novos

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Me concentro no teto de pedra coberto por gelo e estalactites pontudas, tento ignorar a dor dos meus hematomas depois de ser capturada ontem e também os novos. Parece que a dor quando se está no frio é mais aguda do que quando se está no calor.

Me colocar em uma sala como essa é quase uma tentação, tem muita água pra dominar, poderia facilmente fugir, mas seria pega rápido demais.

Eu pensei que tinha sido sortuda de ter conseguido sete dias até minha execução, mas agora...eu só quero enforcar aquelas crianças idiotas que colocaram o treinamento de Katara e Aang em risco por conta da bobagem de me ter por perto.

Escuto passos pelo corredor, o barulho de chaves e o reclamar de alguns prisioneiros, os passos para a frente de minha cela, mas continuo deitada no chão encarando o teto

— o horário das surras são entre a noite e madrugada, você está atrasado - falo sem emoção na voz

— bom saber que a prisão não afetou o seu bom humor - escuto a voz de Sokka e viro minha cabeça em sua direção rapidamente

Os cabelos do garoto estavam soltos, o cumprimento já estava passando do queixo, depois eu teria que cortá-lo pra ele. Os olhos azuis com olheiras e o sorriso costumeiro não estava ali. Ele não estava com as roupas de ontem, estava vestindo uma túnica grossa azul escuro, com reforços de pele e couro de animais e o bordado é em prata, as calças são de um tecido caro e grosso, um verdadeiro príncipe se esquecemos as botas que é as mesmas que usa sempre que está frio.

— ah eles tentaram, mas você me conhece. - desvio o olhar pro homem ao lado de Sokka, o mesmo que acertou meu olho ontem quando cheguei aqui, ele nem pisca - Não sabia que vossa alteza acordava cedo - me sento no chão com certa dificuldade, eu não sinto nem minhas mãos, nem meus pés.

Os olhos de Sokka passeiam pelo meu corpo coberto pelas roupas molhadas e rasgadas de ontem, as mãos sem luvas e levemente azuis. Se eu não fosse uma dominadora de água já poderia estar morta.

— vamos logo - murmura cansado

O homem abre a minha cela a contragosto, os olhos me olhando com tanto ódio quanto achei que alguém poderia ter. Ele escancara a porta de metal e cospe em minha direção demonstrando todo o seu nojo por mim, se vira e vai embora marchando com ódio, não antes de mandar um olhar de reprovação pra Sokka. Penso seriamente em dominar esse cuspe nojento e provavelmente cheio de sêmen pra acertar a sua cara, independente disso valer minha vida sim ou não, mas não uso minha dominação em uma nojeira dessas

Me apoio na parede e tenho dificuldade de me levantar, Sokka vem me ajudar, mas grunho pelo hematoma em meu braço, bem em cima de onde ele me segurou.

— cadê os outros dois patetas? Festinha surpresa pra eles? - estabilizo os pés no chão e consigo ficar em pé sozinha.

— você nos deu um puta susto, Alina - Sokka me puxa contra seu peito, ele abraça meu corpo com força e eu vejo estrelas pela dor. Uma de suas mãos afunda minha cabeça em se peito e tento me concentrar na dor que sinto e não no quentinho em meu peito

Don't Blame Me - ZukoOnde histórias criam vida. Descubra agora