Cap onze

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Acordo com o canto dos pássaros, abro meus olhos com dificuldade, a luz da manhã me cegando um pouco

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Acordo com o canto dos pássaros, abro meus olhos com dificuldade, a luz da manhã me cegando um pouco. Nessa parte do mundo o sol quase nunca aparece, é sempre gelado e frio, com a luz azul — pelas nuvens grossas — iluminando tudo em uma paisagem calma e solitária.

Sinto a lápide de Spes marcando meu braço e rosto, me levanto com dificuldade olhando ao redor, duas pessoas estão trocando flores de uma lápide. As fileiras e fileiras de lápides se estendem por quilômetros. Os pássaros brigam entre si voando de uma árvore para outra.

Sinto dor nas costas pela posição que dormi — praticamente abraçada a lápide —, me sento com as costas curvadas tendo certeza de que o "es" de Spes, está marcado em meu rosto, descolo a língua do céu da boca e bocejo

Coloco uma mão na lápide e a perto com carinho e tristeza, coço meu olho direito, não sentindo dor por conta disso.

Meus hematomas melhoraram.

Levanto minha túnica e analiso os hematomas em minha barriga, já estão começando a clarear, antes de um roxo intenso, agora apenas um roxinho claro ficando verde.

Sinto fome, então me levanto, bato em minhas roupas tirando o pó , faço careta pelos hematomas e a andar pelo cemitério, passando pelos portões que separa o cemitério do pátio dos fundos.

Dou de cara com o treino matinal, grupos de cinco se revezam em treinamento corpo a corpo, com espada, com facas, arco e flecha e bastão.
Do outro lado, irmãs dominadoras treinam suas dobras rindo e lutam entre si, nove dominadoras de água, sete de pedra e duas do fogo. Tenho certeza de que as outras irmãs dominadoras estão trabalhando.

Yuan domina a água em minha direção me atacando, giro meus pés como Aang, faço as estacas de gelo passarem por mim em uma curva e ataco a mulher com as estacas. Ela desvia deixando o gelo de espatifar na parede atrás dela — as outras dominadoras batem palmas e se cutucam, comentando como podem fazer o mesmo em uma luta real —, domina mais água do jarro ao de lado e manda as ondas fortes contra mim.

As irmãs param de treinar observando o confronto com interesse. Murmúrios de apostas ecoam atrás de mim. A maioria aposta em Yuan, o que a deixa mais animada e feroz

Abro um sorriso deixando o líquido vir em minha direção, levanto uma mão tocando o líquido que evapora. Os cabelos loiros de Yuan balançam conforme ela pula de animação pela luta. Giro meu braço sobre minha cabeça, faço a água de acumular em minha mão formando um chicote, ataco.

Ela desvia do primeiro, mas não prevê o segundo, atinjo sua perna, a seguro e a puxo pra cima, deixando-a pendurada.

— Droga - reclama transformando o gelo em água e caindo de cabeça pra baixo, ela apoia as mãos no chão e se empurra pra cima parando em pé - não pensei que tinha melhorado tanto

As irmãs a nossa volta batem palmas e voltam aos seus próprios treinamentos, mesmo que me olhem de esgueira ainda

— sempre fui boa, o esperado era continuar sendo - domino a água do pátio a esparramando de volta dentro do jarro

Don't Blame Me - ZukoOnde histórias criam vida. Descubra agora