Cap vinte e um

1.5K 193 183
                                    

— e ele ainda teve a pachorra de querer me bater, porque eu derrubei o vinho caro todo nele quando estava tentando seduzir o filho dele pra saber se ele queria mesmo matar o pai pela herança - digo olhando pra Appa que resmunga

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— e ele ainda teve a pachorra de querer me bater, porque eu derrubei o vinho caro todo nele quando estava tentando seduzir o filho dele pra saber se ele queria mesmo matar o pai pela herança - digo olhando pra Appa que resmunga. Continuo escovando os pelos sedosos do animal

— e então? - Aang pergunta do outro lado de Appa o escovando também

— e então eu quebrei três dentes dele e sem querer o braço deve fez "crack" - sorrio deixando a escova de lado, escalo os pelos do bisão pra conseguir olhar Aang

— o filho queria mesmo roubar a herança?

— o filho dele era um paspalho com mãos bobas, quem queria a herança era a amante dele que dizia que tava grávida

— e ela estava?

— claro que não - sorrio o observando destrançar o pelo do bisão

O tempo passou rápido demais, a rotina sempre monótona para mim. De dia ficava dentro de casa, até um dos três chegarem e decidirem me levar pra passear como um animalzinho de estimação. Comecei a convencer Aang a me deixar junto com Appa de vez em quando e passei a a maior parte dos meus dias com o bisão.

— aconteceu algo parecido uma vez. Um visitante veio com a esposa e achou que ela o trocaria por um monge - ele sorri, mas o sorriso não chega aos olhos - no final ele queria se separar e só queria uma desculpa

— Aang - o chamo e ele me olha - como vai o treino?

Aang está aprendendo, mas se não tem o desafio que tanto gosta ele se enjoa, então Sokka está treinando com o garoto nas noites em que nenhum dos dois estão exaustos pelo dia puxado. Ele parece mais interessado em brincar e impressionar as pessoas que adoram o paparicar. Mas sempre o pego em silêncio e pensativo quando sozinho. Finjo que não vejo, que não me importo, mas é difícil ignorar.

— bem - murmura baixo

— por isso fugiu da aula hoje?

— não estava disposto - ele termina de destrançar e levanta a cabeça para me olhar

— se quiser conversar eu sou toda ouvidos. Sabe que não conto à ninguem - deslizo por Appa indo pegar comida pro gigante

— eu sei - ele murmura baixo.

— se não quiser falar. Sabe que também não conto à ninguem

Jogo frutas pro bisão e agarro o máximo de feno possível indo colocar a sua frente. Ele grunhe agradecido e me lambe. Solto um xingamento que ele ignora.

Vários minutos se passam, continuo dando comida pra Appa, sinto que Aang continua o penteando, sinto a movimentação das pessoas envolta do lugar.

O silêncio se prolonga ficando cada vez mais pesado e eu me preparo para quando ele explodisse

Don't Blame Me - ZukoOnde histórias criam vida. Descubra agora