mandrágora

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17/11/1972


 Herbologia nunca foi sua aula favorita. Mexer com plantas e adubo, além de precisar prestar atenção em tentáculos venenosos, ou gritos mortais, era estressante demais, mesmo que poções e herbologia andassem juntos. Eles dividiam classe com corvinos, que não pareciam tão animados quanto ele com a aula, alguns se enrolando melhor em seu cachecol para proteger contra o vento gelado.

Sprout falava animadamente sobre mudinhas de plantas a qual seriam encarregados de cuidar e replantar, alertando sobre a necessidade do uso dos tampões e que eles devem estar bem-posicionados, pois mesmo que as mandrágoras ainda não tivessem força para matar ainda, seu grito era capaz de manter alguém desacordado por dias, além de provocar dores fortes.

Regulus foi o primeiro a se certificar que o tampão estava bem-posicionado, ajudando Barty a puxar uma mudinha relutante do vaso, xingando alto quando ela o arranhou, a enfiando de qualquer jeito de volta na terra, fazendo questão de jogar terra dentro da sua boca feia e enrugada. Ao fim da aula ele tinha um braço arranhado, vestes sujas e uma coleção nova de palavrões.

Regulus tentava inutilmente limpar a manga de sua roupa, enquanto andava atrás de um grupo de corvinos, vez ou outra capturando algumas palavras que diziam.

— Você pegou? — Ele escutou o garoto de cabelos pretos perguntar em voz baixa.

— Peguei — Ele escutou o ruivo responder.

— Vocês são malucos — o de cabelos crespos retrucou — Se a Sprout descobrir que vocês pegaram as folhas...

— Fala baixo Arwen! — o primeiro interrompeu o amigo, gesticulando abertamente enquanto olhava por sob o ombro ignorando a presença de Regulus não muito longe, achando que ele não estava prestando atenção, tamanho era seu ímpeto em curar os arranhões e cortes leves — São só algumas folhas de mandrágora, ela nem vai sentir falta.

— E se sentir?

— Bom, não vai fazer diferença se já tivermos queimado, não é? — O segundo sussurra.

— Isso! — O primeiro concorda — Até o final do dia elas não vão mais existir, okay?

Para sua infelicidade Regulus foi privado de ouvir o restante da conversa, uma vez que eles viram no sentido que levava a sua comunal e ele precisava ir para aula de feitiços que ficava na direção oposta. Ele fez uma nota mental de procurar usos para folhas de mandrágora futuramente em algum livro.

No horário de almoço Regulus não viu seu irmão ou seu grupo, ele se forçou a não se importar enquanto se servia de uma quantia generosa de purê escutando as reclamações de Barty sobre seu braço dolorido pela aula de herbologia.

— Merlin Barty — Regulus acabou estourando puxando seu braço para perto e apontando a varinha para o mesmo, fazendo Barty arregalar os olhos e soltar um grito abafado, curando os machucados com um floreio simples soltando o braço em seguida — Pronto!

Barty analisou seu braço incrédulo balbuciando agradecimentos para Regulus, que havia voltado a comer tranquilamente em seu mundinho particular.

— Será que é assim que o lorde das trevas faz? — Evan sussurrou se debruçando mais sobre a mesa, se aproximando dos colegas.

— Do que está falando Rosier? — Regulus arqueou uma sobrancelha o olhando de soslaio.

— Eu ouvi que ele marca os seus seguidores no braço — Evan sussurrou como se estivesse segredando o maior segredo do mundo, que para aqueles três garotos era.

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