Partida: parte 1

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02/12/1972


A manhã de sábado trouxe um clima limpo ideal para partidas de quadribol. Regulus sentia um frio na barriga incomodo enquanto caminhava para o estádio se sentando ao lado de Pandora e Evan, com Barty ao seu lado. A sonserina no geral estava apostando contra a grifinória, tanto pela rivalidade, quanto pela necessidade de facilitar seu caminho em direção a taça das casas.

O time de quadribol da grifinória entrou em campo sobre vaias da sonserina e aplausos de sua própria casa, seguida de reações diversas da corvinal. Uma reação bem oposta do que aconteceu com a lufa-lufa.

James Potter bagunçava seus cabelos como sempre fazia antes dos treinos, arrumando as luvas em seus dedos logo em seguida. Madame Hooch apitou para o início do jogo, James avançando e capturando a goles em um piscar de olhos, atravessando o campo em direção aos aros da lufa-lufa. Para sua infelicidade ele foi barrado por um balaço disparo em sua direção ao qual ele precisou desviar, deixando a goles cair, a qual foi capturada pela artilheira da lufa-lufa que marcou o primeiro ponto do jogo. O narrador da partida, uma garota corvina de cabelos curtos, vibrou em alegria enquanto o time grifindo se reorganizava para contra-atacar.

Regulus observou o apanhador da grifinória fazer menção de se mexer quando o placar estava empatado em 120. Seus olhos se moveram pelo campo a procura do pomo de ouro o achando perto da orelha de um dos batedores da lufa-lufa.

Os apanhadores mergulharam em direção ao pomo, sendo espantados por balaços de ambos os times, recuando novamente para fora da área de jogo. Durante esse meio tempo James se aproveitou da confusão para avançar pelo campo e marcar mais um gol para grifinória comemorando com um looping no ar, sorrindo alegremente na direção de Lilian Evans que revirou os olhos, enquanto o garoto ao seu lado sussurrava algo em seu ouvido a fazendo rir. James ignorou-os voltando para o jogo, tentando dar maiores vantagens para o time antes do apanhador conseguir pegar o pomo.

Regulus conseguiu ver o pomo em mais dois momentos, ficando agoniado pela falta de capacidade dos apanhadores de serem atentos, ou com a falta de organização do time. Pandora vez ou outra fazia piadas sobre os jogadores, não se atentando muito no jogo e sendo apreciada por Barty que também não era fã de quadribol e só havia vindo por causa de Evan que o tinha convencido que seria divertido.

As arquibancadas lotadas pareciam sentir a excitação e tensão dentro do campo à medida que os apanhadores começavam a ser mover cada vez mais, rodeando os jogadores. Regulus levou as mãos as orelhas a tampando quando escutou o apito de Hooch soar alto à medida que o apanhador da grifinória se exibia com a pequena bola dourada entre os dedos. A torcida de sua casa vibrando de alegria enquanto os marotos soltavam faíscas coloridas para o alto, sendo repreendidos brevemente por uma Minerva que não parecia realmente ter se importado, e que só repreendia por uma necessidade de cumprir com suas obrigações.

Regulus viu pela visão periférica quando Potter voltou ao chão, bagunçando o cabelo novamente com um sorriso orgulhoso no rosto enquanto abraçava seus companheiros de equipe. Seus lábios se curvaram brevemente em um sorriso enquanto se levantava para ir embora, escutando Rosier reclamar sobre como a lufa-lufa havia sido incompetente até para vencer um jogo, sendo repreendido por uma Pandora brava. Regulus achou sensato quando ele se calou e pediu desculpas para Dora, porque mesmo ela sendo gentil e compreensiva, certamente não era alguém que ele gostaria de estressar.

Pandora se despediu dos meninos à medida que seus caminhos se bifurcavam, confirmando com Regulus se ele iria realmente à biblioteca para estudar mais tarde, a qual foi confirmado entre um abraço roubado por parte da loira.

Deveria ser depois das dez quando ele ouviu sua coruja bicando a janela. Ele estranhou o horário para uma carta estar chegando, principalmente por já ser bem depois do horário do toque de recolher, mas abriu a janela assim mesmo, acariciando Cygnus antes de retirar a carta de sua pata, abrindo-a em seguida sem olhar o remetente. Se espantou, no entanto, quando percebeu que era de James o convidando para celebração na grifinória. Ele quase sentiu vontade de rir, tamanha era sua incredulidade. Sua boa educação o forçou a escrever uma carta resposta o parabenizando pela vitória e recusando o convite.

Ele amarrou a resposta na perna de Cygnus e a enviou voltando a se deitar em sua cama, tentando dormir. Sua mente ansiosa não o deixava dormir, o obrigando a pensar no quão estúpido era convidar um sonserino para uma comunal grifinda.

Regulus se levantou a contragosto, colocando uma roupa mais formal que conseguiu encontrar e que achou apropriado para uma festa. Quinze minutos, ele se prometeu, poderia ser interessante. Se ele se aproximasse dos marotos ele poderia ter uma chance de reconquistar a atenção do seu irmão. Não era o que queria, mas se dividir a atenção de Sirius faria com que o tivesse de volta, ele poderia se contentar a pagar o preço.

Ele começaria com Potter. Mesmo que ele fosse exibido, possuía uma personalidade fácil de se acostumar, principalmente quando possuía a chance de jogar um balaço contra o rosto dele, mesmo que ele desviasse. Pettigrew seria de longe o mais fácil de se conviver, com a quantidade certa de poção da paz ele talvez até pudesse suportar a presença de Remus Lupin.

Seus pés se arrastaram até o lado de fora de sua comunal, seus olhos cansados tentando se acostumar com o escuro repentino. Ele recapitulou o caminho que Potter havia explicado em sua carta, se atentando a qualquer movimento ou barulho repentino. A última coisa que queria era pegar uma detenção por estar fora da cama no horário estipulado.

Ele praguejou mentalmente contra James, quando seus pés afundaram em um degrau que desapareceu assim que pisou em cima dele, e tentou prestar mais atenção nas escadas enquanto continuava subindo, não entendendo a necessidade de um degrau desses em uma escola, como se paredes que somem e escadas que se movem, já não fosse o suficiente, além das matérias "superseguras", nota-se o alto tom de ironia, e dos esportes sem nenhum risco de morte. É claro, ele precisava se lembrar que de fato, nenhuma morte ocorreu em uma partida oficial de quadribol.

Os quadros da parede, à medida que ele avançava para dentro da área da grifinória o encaravam curiosos, vez ou outra saindo do por eles e o seguindo pelas escadarias. Vez ou outra ele conseguia escutar murmúrios abafados e não se preocupou em tentar entendê-los.

Ele parou em frente a um enorme quadro com a pintura de uma mulher gorda, sentada em uma cadeira alta que o olhou divertido antes de perguntar:

— Qual a senha querido?

— Senha? — Ele perguntou confuso, Potter não havia mencionado senha nenhuma — Eu não sei de senha nenhuma...

— Eu não posso deixá-lo entrar sem uma senha meu anjo. — Ela falou carinhosa voltando a se sentar.

Regulus praguejou novamente contra James Potter voltando a descer as escadas em direção a sua comunal, o vento frio que parecia atravessar as paredes do castelo, castigando sua pele alva à medida que andava.

Ele se escondeu nas sombras do corredor, atrás de uma estátua estranha quando escutou barulhos de passos. Definitivamente não levaria uma detenção por culpa do Potter e suas idiotices.

Subitamente os passos pararam a poucos passos de onde ele estava e regulus espiou pela fresta da estátua a procura de seu dono, estranhando quando não achou ninguém.

— Peguei! — Uma voz baixa sussurrou em seu ouvido, fazendo Regulus erguer a varinha automaticamente e apontar para direção de onde a voz veio.

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