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Simone
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Fazíamos amor sem nenhuma pressa, queríamos sentir por completo nossos corpos colados, nus e suados, eu precisava sentir cada detalhe de Soraya, até parecia uma despedida, que você aproveita até a última gota. Quando sentia Soraya ali, comigo, nos meus braços, eu sabia que ela estava segura, e que nada de mal iria lhe acontecer, eu estava ali para lhe dar amor e prazer, na medida certa, e tudo ao mesmo tempo, mais uma vez aproveitávamos o nosso momento.

_Isso amor_ minha loira, e agora, mãe do meu filho, gemia baixinho pra que só eu pudesse ouvir.

Enquanto nossas intimidades se chocavam a cada esfregada que eu dava, chupava os seus seios, deixando ela ainda mais entregue à mim. Suas mãos apertando a minha costa, era sinal de que ela estava gozando, e eu vim junto com ela, repetindo várias vezes o quanto eu a amava.

_Eu também te amo meu amor, te amo muito, te amo como nunca amei ninguém, todo esse amor que eu guardava era pra você_ não pude deixar de derramar uma lágrima ao ouvir isso.

_Eu te quero ao meu lado pra sempre, eu estarei aqui para te proteger de todo o mal, meu amor, eu quero te dar o mundo_ falei em seu ouvido.

_Você é o meu mundo Simone_ lhe olhei e novamente ela chorava.

Enxuguei as lágrimas do seu rosto e beijei cada lado, e logo nos virei na cama, levei meus dedos para sua intimidade, onde encaixou tão bem com sua entrada. Enquanto ela sentava neles, nós nos beijávamos, e naquele quarto escuro só se escutava o barulho do nosso amor.

Tão feliz eu estava, e a minha felicidade era algo genuíno, como uma criança que ganha seu brinquedo favorito de forma inesperada, porque foi assim, o presente que eu ganhei, diante de todo o caos, havia uma coisa boa para se contar.

Nós iríamos ser mães, tudo aquilo que sonhei estava começando a acontecer, e agora, eu precisava cuidar dos meus amores, mais que tudo nessa vida, não iria deixar nada e nem ninguém tentar fazer alguma maldade para a minha mulher.

Eu nunca contei à ela de modo tão intenso, mas eu tinha um medo enorme de perdê-la, e seria ainda mais doído perder ela para a sua fraqueza, que embora ela não diga algumas vezes, eu vejo uma tristeza em seu olhar, quando esses problemas aparecem, e afetam a sua ansiedade.

Eu vi a marca dos cortes em seu braço, por mais que ela tentasse ser forte, em algum momento ela descontava a sua dor nos cortes, mas nem isso era capaz de aliviar a dor da sua alma. Quando eu acordava de madrugada, vigiava o seu sono, e quando não a encontrava do meu lado na cama, corria para saber onde ela estava.

Eu digo todos os dias o quanto ela é incrível, em todos os sentidos, e a coisa mais valiosa que eu recebia era o seu lindo sorriso, ah, esse sorriso, que ilumina a minha vida, que me faz desacelerar e me faz ver a vida com mais alegria, daquelas que contagia.

Eu tenho medo de não ter mais isso amanhã, eu não saberia viver em um mundo que não houvesse a Soraya, eu precisava dela como jamais precisei de alguém. "E se amanhã eu não voltar, me procure nas ondas do mar", era uma frase que ela costumava dizer, e pedia para eu nunca esquecer. Ela era assim, como o mar e suas ondas, dias calmos e dias agitados, e como admiradora das coisas simples, eu continuava ali do seu lado.

_Eu não posso te perder meu amor_ soltei as palavras de forma desesperada.

_Eu não posso viver em um lugar que não tenha você_ puxei seu rosto, deixando próximo ao meu.

_Eu cuidarei de você por onde eu estiver_ ela me disse, e em seguida me beijou.

Nossas lágrimas se misturaram, senti o gosto salgado delas em minha boca, e enfiei a minha língua em sua boca, aprofundando nosso beijo, e logo ela chegou ao ápice novamente. Jogada sobre o meu corpo, ela logo adormeceu, parecia um anjo, e na verdade era isso que ela era, um anjo, o meu anjo, que independente de qualquer coisa, eu sei que ela estaria sempre ali.

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_Conta logo Simone, não faz esse suspense que meu coração não aguenta_ Janja estava agoniada, louca para saber da novidade que eu tinha, quer dizer, que eu e Soraya tínhamos para contar pra ela.

_Relaxa mana, pra quê esse desespero?_ ela tinha vindo para a casa da soso, combinamos de mostrar dois sapatinhos para Janja, azul e rosa.

_Soraya, vai demorar muito? Não aguento mais_ Janja gritou, a Soraya tinha ido pegar eles.

_Ai finalmente, o que têm aí?_ Soraya apareceu de novo na sala com a caixa onde eles estavam.

_Pode abrir, cunhada_ Soraya lhe entregou e sentou ao meu lado.

_Hummm, vamos ver o que tem aqui nesta caixa_ ela já sabia que estávamos tentando ter um bebê, sabia também das duas tentativas que foram falhas, mas não soube da terceira tentativa.

Janja se sentou, e tirou a tampinha da pequena caixa, colocou na mesinha de centro e tirou o papel que cobria, e quando fez isso, seus olhos encheram de lágrimas. Ao pegar um dos sapatinhos na mão, ela nos olhou, e Soraya confirmou com a cabeça. O sonho dela de ser titia iria se realizar agora.

_Isso é sério gente? Meu Deus, eu... eu nem sei o que estou sentindo_ ela se levantou e veio nos abraçar.

No seu abraço eu chorei de novo, pude sentir todo o seu amor, era um abraço de irmã mais velha, de mãe, de amiga, ela foi e é tudo isso na minha vida desde a adolescência. Nos separamos e ela abraçou a soso também, depois fez um carinho em sua barriga.

_Meu Deus, vocês conseguiram. Quanta, quanta emoção, ai meu Deus_ ela olhou de novo os sapatos, fui pegar um pouco de água pra ela e logo voltei.

Quando estávamos mais calmas, ela nos convidou para almoçarmos fora, apenas trocamos de roupa e logo saímos. Apartir dali, uma nova fase na minha vida estava começando, e eu não poderia estar mais feliz.
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