10 - Aí já é demais

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- Vou pegar umas roupas pro Innie - Minho disse, fechando a porta do quarto de hóspedes da sua casa logo em seguida, deixando Felix e Chan sozinhos.

Seu irmão tinha escolhido ficar na sua residência enquanto se recuperava, já que na de seus pais não teria tanta liberdade para ficar com Chan como precisa.

Ao ficarem sozinhos, os dois se olharam. Felix meio deitado meio sentado na cama, com as costas apoiadas na cabeceira e Chan em pé.

- Posso... - o alfa indicou o espaço vazio ao lado do ômega.

- Pode.

O mais velho se sentou ao lado de Felix, voltando a olhá-lo, fazendo o garoto virar o rosto.

- Chega, eu vou ter que perguntar: - Chan começou. - Por que você tá agindo assim?

- Assim como? - falou, ainda com o rosto virado.

O alfa ergueu a mão, tocando seu queixo e fazendo virá-lo para si.

- Assim. - respondeu. - Não tá nem olhando na minha cara. Eu fiz algo?

- N-não... - o mais novo começou a ficar vermelho pela proximidade que estavam. - Eu quem fiz.

- Você? - Bang arqueou uma sobrancelha e o Lee assentiu.

- Eu fui um bobo, essa tarde. Tipo, que ideia de girico segurar no bagageiro de uma bicicleta para ser arrastado! - Chan não conseguiu segurar a risada. - Viu, até rindo de mim você tá!

- Desculpa, desculpa - controlou o riso. - Mas o que isso tem a ver com a sua maneira de agir, manhosinho?

- Porque eu tô com vergonha de ser tão bobo! Infantil! Eu já tenho dezoito anos, devia ser mais maduro. Como... - engoliu em seco ao pensar na próxima frase. - Como um cara tão... adulto, como você, vai continuar gostando de um cara que quebra o pé por causa de besteira? Eu não entendo como o seu lobo gostou de mim! - tampou o rosto com as duas mãos, tímido por estar quase chorando.

- Felix, ei... - Chan tentou tirar suas mãos do roato, mas o ômega não deixou. - Felix, o que eu mais gosto em você é o seu jeitinho. Acho adorável.

O ômega afastou o indicador do dedo do meio, deixando só uma brechinha para que apenas seus olhos ficassem evidentes para o alfa.

- Tá vendo! Você é a coisa mais pitica desse mundo! - sorriu. - Eu não estou esperando que você aja como uma pessoa de vinte e seis anos, porque você não tem vinte e seis anos! Eu nunca exigiria uma maturidade que não tem como você ter.

- Mas... - a voz saiu abafada por causa das mãos que tampavam seu rosto. - Você não me acha uma criança?

- Se achasse, eu não me atrairia por você, Felix. Tem muitas coisas em você que fizeram eu me apaixonar, não foi só por causa do seu lobo.

- Que coisas?

- Você tem um ótimo coração, sempre que pode faz alguma boa ação. Você não se limita, você sabe que é capaz de fazer qualquer coisa e realmente faz! Poxa, ao mesmo tempo que você luta Taekwondo, você dança balé! - isso fez o ômega rir e consequentemente tirar as mãos do rosto. - Você não abaixa a cabeça pra ninguém e também não deixa ninguém lhe rebaixar. Estou até admirado por você estar se colocando pra baixo, você sempre teve uma auto estima invejável. E como eu disse antes, o que eu mais gosto em você é o seu jeito manhosinho, que gosta de abraços e ficar coladinho com quem ama. É uma fofura.

- Então, você já gostava de mim antes do meu lobo te atrair?

- Eu te admirava. Porque você realmente era uma criança, seria errado eu me atrair, por isso essa alternativa nunca nem passou pela minha cabeça. Mas depois que você virou adulto, aí foi outros quinhentos... - o ômega riu sapequinha. - Mas eu vou te esperar, tá? Você não precisa se forçar a fazer coisas comi-

Andar de Cima - Minsung ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora