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JENNA


O pesadelo da Emma realmente a afetou muito, levando em consideração que ela não desgrudou de mim o dia todo.

Tomamos café da manhã e almoçamos na casa dela, e agora estamos chegando na minha casa. Vamos preparar algumas coisas, a família da Emma vai vir jantar na minha casa.

- Vai mesmo conversar com a sua mãe ? - Emma perguntou assim que entramos em casa.

- Sim, eu vou cumprir o que disse ontem.

Nos sentamos no sofá e continuamos a conversar.

- Finalmente chegaram, vão me ajudar a preparar as coisas? - Minha mãe apareceu na sala.

- Vamos te ajudar, inclusive chamei também a tropa da Emma para ajudar . - Comentei lembrando que meus amigos estão vindo. - Mas primeiro temos que ter uma conversa.

- Eu vou lá pra cozinha. - Emma iria sair, mas segurei a mão dela.

- Pode ficar, não temos segredos.

- Concordo com a minha filha, você é minha nora do coração, não tem nada para esconder.

- Levando em consideração que eu sou a sua única nora... - Emma brincou com minha mãe.

- Acho que está mais do que claro o que ta rolando. - Comecei. - Eu sei que está saindo com seu amigo Marco só para tentar apagar o sente pela Joy.

- O Marco é gay,  ele é só meu amigo.

- Meu Deus, eu vi esse filme antes... - Emma fez uma cara aterrorizada. -...No meu sonho foi assim, quer dizer, quase assim.

- Isso não importa muito. Se você quiser namorar um cara, mesmo eu não gostando, tenho que aceitar. Mas sinceramente, acho uma sacanagem o que está fazendo com a Joy.

- E você quer que eu assuma um relacionamento com uma adolescente de quase 18 anos, que coincidentemente é sua amiga?

- Joy fez 18 anteontem. - Emma falou rápido.

- Mãe, você sabia desde o início a intenção da Joy, e mesmo assim quis assumir o risco de sair com ela...

- Mas no início eu só a enxergava como uma companhia para sair.

- É mas você assumiu esse risco e acabou se apaixonando. Eu não curto muito ter uma madrasta quase da minha idade e muito mesmo ela ser minha amiga, mas você se apaixonou, não tem como mudar esse fato.

- É sogra, você se apaixonou por uma mucilon. - Emma falou rindo.

Minha mãe olhou pra mim e para Emma e logo em seguida suspirou.

- Não sei o que fazer, preciso pensar.

- Você precisa parar de maltratar o coraçãozinho da Joy, isso sim. - Emma comentou. - Ela está muito mal, acha que foi um brinquedo na sua mão.

- Eu não quis brincar com ninguém. - Minha mãe se defendeu.

- Mas sem querer acabou fazendo isso. A Joy está vindo com o pessoal, aproveita e se desculpa com ela. - Falei calma.

- Então nós duas estamos resolvidas? - Minha mãe perguntou meio incerta. - Você não vai correr pra família Myers toda vez que o Marco vier aqui né?

- Não, vou ficar em casa.

- Assim você acabou com a minha diversão, sogra. - Emma reclamou e automaticamente se sentou no meu colo.

Fiquei meio desconfortável por minha mãe nos ver assim, talvez envergonhada, mas tenho que lidar com isso. Emma é o oposto de mim, e adora ousar.

- Você pode ficar a vontade para dormir aqui, tem passe livre. - Minha mãe comentou piscando para Emma. - Essa rabugenta precisa de você.

Revirei os olhos.

Eu não sou rabugenta, só não curto tanto as mesmas coisas que o resto das pessoas.

- Eu vou vir sempre que der, me acostumei com meu neném.

- EMMA. - Eu praticamente gritei e minha mãe riu. - Eu não sou neném.

- É sim. - Emma me deu um selinho. - É o meu neném.

- Antes de ser seu, primeiro é meu. - Minha mãe foi para a cozinha rindo.


Voltei cornos...

Não sei quando vou voltar.
Mas pelo menos uma hora eu vou voltar.

Conquistando Uma NerdOnde histórias criam vida. Descubra agora