Junho de 2013
Alguns dias antes do Glastonbury.Estava calor pra cacete em Los Angeles, tanto que eu estava usando apenas um sutiã de rendas preto e um short jeans estampado pela bandeira dos estados unidos.
-Nunca pensei que namorar com uma Americana era tão literal assim - Não vi quando Alex entrou no quarto.
-Tá muito quente Alex - Abanei as mãos tentando fazer ar.
-Está mesmo... - Dei um tapa em seu ombro. Ele estava me analisando, ele sempre fazia isso.
Fui até as janelas e as abri, o mínino de ar que entrasse séria suficiente. Eu amo o calor? Amar não, eu gosto, mas agora não estava tão bom.
-Eu quero ir pra um lugar frio, congelante - Falei enquanto arrumava os lençóis, Alex se sentou em uma cadeira.
-Nós vamos pra Glaston em alguns dias, lá está frio - Mal parei pra pensar no clima de lá.
-Otimo! Eu não aguento mais - Joguei um travesseiro em Alex.
-E depois o que acha da gente ir pra New York? - Senti seus braços em minha cintura - Apenas eu e você.
-Alex! Tá calor - O afastei - Mas New York é uma ótima ideia.
Ele tinha um sorriso bobo no rosto enquanto ainda me olhava, analisando meu corpo inteiro. Cruzei os braços esperando ele olhar para o meu rosto.
-O que você vai fazer hoje? - Finalmente olhou para meus olhos - Eu já te disse que tem os olhos mais verdes que eu já vi?
-Tenho ensaio daqui a 2 horas - Peguei uma blusa na gaveta dele, com a estampa do The Smiths - Fala sério Alex, você é o cara mais virgem que eu conheço.
Coloquei a blusa e fiz um rabo de cavalo bem alto. Peguei umas roupas que eu tinha deixado lá e coloquei em uma bolsa. Iríamos pra Glaston daqui a 2 dias, e arrumar as malas eram as únicas coisas que não me deixavam tão ansiosa.
-Ok Alex, vou pra minha casa arrumar as malas, depois ensaio, e ai nos vemos amanhã - Peguei minhas coisas e tentei me organizar.
-Amanhã? Quanto tempo vai durar esse ensaio? - O olhei, confusa.
-Não... Só me da um tempinho tá bom? - Beijei seus lábios - Amanhã nos vemos e aí iremos pra Glaston.
Peguei minhas coisas e desci as escadas, o deixando lá no quarto. Peguei a chave do meu carro e fui até a garagem, olhar pra moto dele me trazia boas memórias. Entrei no carro e sai da casa dele. No meio do caminho recebi uma ligação do meu pai.
-Oi pai.
-Oi filha, tudo bem ai?
-Sim pai, tudo ótimo, ensaios pro Glastonbury, e você?
-Aqui está tudo bem, estou ansioso pra ver você tocar.
-Eu também pai, eu também.
-Ok filha eu vou desligar tá? Eu te amo.
-Eu também te amo.
Era estranho, nesses últimos dias meu pai tem me ligado com mais frequência, e sempre diz que me ama muito. Bem eu já estava na garagem da minha casa quando a ligação acabou.
(...)
-Vamos lá - Já estávamos nessa de ensaiar a mesma música a umas semanas.
Todas as músicas iam bem, de todos os álbuns, mas Fake Tears era o problema. Aquela música era tão ruim que nem se encaixava com a lista. Já faziam 4 horas que estávamos ensaiando, as mãos de Tom estavam com calos, as de Jack e Verônica com bolhas e a minha voz falhava.
-Tá bom, podem ir pra casa, nos encontramos no aeroporto amanhã, tá legal? - Todos concordaram.
Fui pegar minha guitarra e algumas coisas minhas, Jack e Verônica pegavam suas coisas e saiam pela porta, Tom veio em minha direção.
-Tudo bem? - Ele perguntou.
-Tá sim, tô um pouco nervosa - Fomos andando até meu carro, coloquei as coisas na parte de trás.
-Vai ficar tudo bem, vamos fazer um show e tanto, tá bom? - Tom beijou minha bochecha, o abracei.
Tom era como um irmão pra mim, um irmão mais velho. Quando nos conhecemos tinhamos 8 anos, éramos vizinhos, e ele odiava que eu ouvia músicas altas na garagem. Ai quando conhecemos Jack tivemos a ideia de montar uma bandinha. Estamos aqui agora, ele irá virar pai, e eu serei titia.
-Obrigada Tomato - Sai do abraço enquanto ele me olhava de cara feia, odiava esse apelido.
-Tá bom Chucky.
Mostrei a língua pra ele.
E fomos todos pra um canto, até nos juntarmos de novo no Glaston.
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Ghost Society | Alex Turner
Фанфик"Eu me apaixonei por ele naquela terrível noite em Paris, seu jeito poético me parecia como uma tristeza, eu me sentia exatamente como ele. Então eu sabia que cada sorriso, aperto de mão, e beijos falsos iriam doer. Eu não perdi somente a minha band...