Um..dois..três
Um..dois..três
Um..dois..
Três?Meu olhos se abrem numa velocidade absurda ao mesmo tempo que me sento na cama em pânico, minha respiração ofegante e o suor frio escorrendo por meu corpo.
Analisei tudo, onde estava, o cheiro, o clima, e também..
— Vegas.. — Questionei de olhos arregalados para o garoto que antes cortava a casca de uma maçã, a largando no prato.
— Pete! — Vegas pousou o prato na bancada e agarrou meu rosto. — Você..como se sente?!
— Eu?..
— Bem desculpe. — Vegas suspirou largando meu rosto e assim olhando o redor. — Você está na enfermaria do castelo..
— Aqui tem enfermaria?.. — Questionei agarrando minha cabeça.
— Sempre teve..a gente tem de tudo aqui Pete, achava que já sabia. — Ele suspirou e logo encarou o prato com a maçã. — Sabe..já passou um tempo desde oque aconteceu..
— Um tempo?.. — Questionei um quanto frustrado. — Espera, quanto tempo eu dormi. — Vegas se manteve em silêncio cruzando as pernas sentado em sua cadeira. — Vegas?
— Bem, vai parecer assustador mas..você já tá em coma tem uns 3 ou 4 meses? — Meus olhos se arregalaram, meu corpo estremeceu, olhei minhas mãos e então Vegas.
— Você..e seu guarda-costas? Meu papel.. — Gaguejei.
— Pois bem..meu pai tentou arranjar alguém, neguei todos, chegando ao ponto que meu pai colocou o "melhor" que tinham.. — suspirou. — Pois desde a invasão do outro reino, as coisas ficaram piores.
— Porra..eu..perdão..
— Por?
— Fui super irresponsável..me perdoa por isso, se eu não tivesse sido tão ingênuo.
— Ah querido, mas você não foi. — Eu e Vegas encaramos a porta, nos deparando com Tay, seu sorriso alegre.
— Oque..Oque ele faz aqui. — Falei em pânico encarando Vegas.
— Já se esqueceu Pete? Eu e Vegas somos casados agora.. — riu aproximando-se. — Mesmo que Vegas queira me trair, queira terminar comigo..você nunca poderá ser nada desse reino.
— Tay, já chega. — Vegas chamou a sua atenção.
Tay aproximou-se do outro lado da cama de Pete, fazendo com que Vegas se levantasse da cadeira pronto para atacar caso Tay tentasse algo.
— Apesar que o perigo ainda estará para começar. — sorriu pousando o polegar no lábio inferior de Pete, o pressionando, fazendo-o abrir a boca.
— Tay. Pode sair. — Vegas tinha uma feição de culpa em seu rosto e não podia entender o porquê.
— Informarei a todos que Pete acordou. — Tay sorriu se afastando. — E pedirei a todos para trazerem algo para você e prepararem um banho.
— Não.
— Hm? — Ele encarou-me com um sorriso.
— Não preciso que finja ter piedade comigo, Tay. Não depois do que fez comigo. — Sussurrei ofegante e ele deu um sorriso ladino.
— Tanto faz oque diga. Vegas? — Vegas o encarou. — Devo fazer ou não oque eu disse?
— Sim. Peça para que cuidem de Pete. — Vegas suspirou.
— Mas. — Tay deu um sorriso vitorioso e então saiu do cômodo, onde ficou um silêncio constrangedor por uns 2 minutos.
— Pode me dar água? — Pete falou, tentando se acalmar, vendo Vegas indo buscar um copo de água rapidamente, entregando. — Você e Tay...já?
— Já oque? — Ele encarou com seriedade tentando entender onde Pete queria chegar.
— Sabe..
— Sexo?
— Fale baixo! — Pete falou tentando cobrir a boca do menor que riu baixo logo negando com a cabeça.
— Acha? Já estou sem transar faz tempo, idiota. — Ele sussurrou, se sentando na cama ao meu lado.
— A..Ah..
— Porque está com vergonha Pete? Você acha mesmo que eu transaria com alguém sabendo que você estava em coma..como queria que eu tivesse descansado..
— Mas a gente nem namora. — Pete falou recebendo o olhar de Vegas silencioso, ele suspirou e deu uma pequena risada coçando a nuca.
— Sim..de facto. A gente não namora, mas não é legal ficar transando quando o meu guarda-costas especial está em coma..
Minhas bochechas queimaram de vergonha com tal alcunha, eu olhei para o lado tentando evitar encarar o garoto à minha frente que parecia bastante distante.
— Então eu ainda sou seu guarda-costas certo?
— Claro..mas antes você precisa dar uma descansada. Antes de voltar para a sua rotina..
— Entendo....e Tay.. — Vegas me olhou com um ar sério quando o nome do garoto foi mencionado, eu suspirei e tentei me acalmar pensando em tudo oque eu havia passado nas mãos daquele idiota. — Ele não recebeu qualquer tipo de punição.
— Do reino? não. — Vegas olhou para mim com um pequeno sorriso. — De mim sim.
— Como assim?! — Eu o encarei em choque, seu rosto parecia satisfeito lembrando da punição.
— Apenas alguns estaqueamentos..dias sem comer... — Ele deu de ombros acariciando o rosto de Pete. — E deixei uma fileira de copos com sangue cheiroso bem na frente dele, ele tava bem preso então, uma tortura digna! — ele riu olhando para o teto.
— A..Ah sim..com certeza.. — Eu olhei ao redor outra vez antes de perguntar. — Sobre o perigo que ele mencionou..oque ele quer dizer com isso. — O corpo de Vegas pareceu tenso mas logo deu uma risada nervosa antes de me encarar novamente com um pequeno sorriso.
— Sobre isso..é algo que nós não precisamos nos preocupar! Não agora Pete. — Vegas sorriu beijando minha testa, antes de sair do quarto com passos leves e rápidos.
•••
— PITELZINHOOO — Porsche gritou abrindo a porta do banheiro na velocidade da luz, correndo em minha direção, abraçando meu corpo nú.
— PORSCHE?! EU TOU NÚ? — Eu o encarei em choque tentando o empurrar quando começou a beijar todo o meu rosto com cuidado.
— SIM VOCÊ ESTÁ?! QUER TOMAR BANHOS JUNTOS É ISSO?! TUDO BEM AMIGO! — Ele começa a tirar suas peças de roupa lentamente.
— E..Ei! Não é isso seu doido! — tentei empurrar o mesmo que riu alto e então entrou no meu chuveiro, me puxando para dentro.
— Tava com saudades suas de verdade. — Porsche agora falava num tom doce e suave, eu sorri.
— Para mim o coma parece que durou um dia.. — Sussurrei o encarando. — Mas o tempo que tive em cativeiro, foi definitivamente suficiente para sentir sua falta também companheiro. — Eu sorri recebendo o sorriso doce de Porsche que beijou minha testa alegremente.
— Tem sede Pete? — Porsche parecia mais sério agora e eu ri negando com a cabeça.
— Não? Porque eu teria? Eu bebi água lá no quarto— comecei a lavar minha cabeça lentamente.
— Ah..por nada. Não se preocupe, fiquei com medo que não tivesse te servido nada quando acordou! — ele riu antes de ficar sério novamente, lavando o cabelo.
Mas ignorei, provavelmente todos ainda estavam surpresos que eu consegui acordar depois daqueles ferimentos todos, pelo menos acho que é isso que todos estão preocupados.
Passei por algumas pessoas..todos pareciam suspeitos quando eu passava por ele..e foi aí que a ficha caiu..
Algo está fora do normal nesse reino.
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A mordida real - VegasPete.
General FictionVegas Theerapanyakul, da família real, um príncipe bem conhecido mundialmente, não só por sua beleza fenomenal mas principalmente por seu rosto misterioso, já Pete um novo bodyguard contratado para cuidar de Vegas, a partir do momento que uns 20 des...