— Ah, você está aí. — Pousei minha xícara de chá quando escuto a voz de meu pai ecoando aquele cômodo. Meus olhos se direcionam em seu corpo alto.
— Onde mais estaria. — Respondi eu, dando de ombros enquanto levantava meu corpo do sofá.
— Nem pense em fazer nenhuma besteira, Vegas. — Meu pai avisou, mas meu corpo queimou, eu não podia me irritar, não agora.
— Besteira? — Eu riu. — A besteira já está feita, tudo graças á Vossa Majestade. — Eu ri novamente, terminando com o líquido dentro da xícara. — Tudo começou a dar merda a partir do momento que estava tão desesperado para que eu me casasse com alguém.
— Vegas. — Ele respirou fundo tentando se controlar.
— É o meu nome. — Eu sorriu. — Sua escolha foi um erro, casei com um príncipe idiota qualquer que sequestrou, machucou, abusou e quase matou o meu.. — Eu suspiro. — O meu guarda-costas!
— E daí? Qual toda essa importância em Pete, mhm Vegas? — Meu pai riu, era como se lá no fundo ele já soubesse de algo.
— Ele foi dos melhores que já tive, melhores não digo só por experiência...mas também por conseguir aguentar os meus surtos repentinos. — Eu encarei a janela e as estrelas no céu escuro.
— Ah, sei. — Meu pai suspirou e então humedeceu seus lábios pensativo. — Pete parece bem melhor, deixarei ele voltar para o cargo ainda essa semana. — Ele terminou, virando as costas, aproximando-se da porta pronto para sair enquanto segurava a maçaneta.
— Você sabe que..esse meu casamento com Tay não vai durar muito né? — eu informei com um tom de raiva na voz.
— Ah Vegas, eu sei. — Ele respondeu me encarando por cima do ombro. — Por isso que também quis que ficasse com ele..
Eu o encarei em confusão, tentando perceber onde aquilo iria chegar, ele riu e então abriu a porta.
— Esse sempre foi meu plano. — E então saiu.
— Mas que porra. — Eu sussurrei pensativo, e joguei a xícara na parede, pressionando meu braço com raiva, descontando todo o meu descontentamento naquela região do meu corpo.
— Vegas! — Porsche entrou no quarto e então pousou sua mão sobre a minha com cuidado, eu encarei seu rosto com raiva, batendo na sua mão para que me largasse. — Você é sempre a mesma coisa. — Porsche suspira, assobiando, chamando a atenção de uma empregada. — Limpe essa bagunça. — Ela assentiu correndo para o outro lado do corredor.
— Oque foi Porsche. — Eu questionei baixo recebendo um olhar preocupado.
— Você age sempre sem pensar, isso é irritante! — ele falou com raiva e eu o encarei com minha sobrancelha erguida.
— Onde está querendo chegar com isso exatamente?! — Falei tentando controlar meu tom de voz.
— Pete! — Ele aumentou o tom de voz com raiva e eu suspirei. — Você sempre segue por impulsividade! Isso é irritante para caralho!
— Porque está me julgando agora porra?! — gritei.
— Pete..meu melhor amigo..você..
— Nem pense em terminar essa frase.
— Você. Ele nunca queria ser um de vocês..e você...
— Você não sabe do que está falando. — Cerrei meus punhos.
— Sei bem! Sei que ele vai te odiar para caralho quando souber sobre isso Vegas, ou se tiver sorte, ele ainda pode te dar umas beijocas. — Ele falou com ironia e eu o agarrei pela gola da camisa.
— PORRA VOCÊ QUERIA QUE ELE MORRESSE?! — Gritei para seu rosto. — ERA ISSO OU ELE NUNCA ACORDARIA DA PORRA DESSE COMA!
— Mais valia a pena esperarmos anos.. — Porsche sussurrou.
— Está brincando comigo? — eu falei incrédulo. — Porque esperaria anos se tinha uma opção de o fazer acordar mais cedo.
— A opção mais egoísta né? — Ele sussurrou e eu larguei a gola da sua camisa dando um tapa em seu rosto, escutando algo cair no chão.
— Vim limpar.. — A empregada falou assustada, meu coração quase saiu pela boca, achava que Pete teria escutado.
— Você consegue ser um idiota Vegas. — Porsche falou pousando a mão sobre sua bochecha agora vermelha. — Idiota. — Ele aproximou-se da porta.
— Ele ainda não tem a transformação completa. — Eu respondi vendo a empregada limpar o chão com cuidado.
— Como? — Porsche ergueu a sobrancelha me encarando com uma expressão confusa.
— Pete no começo estará bastante bem, agirá como nada estivesse acontecendo. — Ele engoliu seco. — Depois seus caninos começarão a doer...daqui uma semana..Pete terá duas opções. — suspirei.
— E quais seriam?
— Beber sangue e aceitar o seu novo ser. Ou, Rejeitar ser vampiro e entrar em pura loucura e então terá que ser executado.
— Você sabe que isso só me irritou mais ainda né? — Porsche rangeu os dentes saindo do cômodo batendo a porta.
— Está bastante complicado né? — A empregada suspirou encarando os cacos de vidro no chão.
— Gostaria de responder que não. — Respondi sentindo uma dor em meu peito. — Eu realmente não queria ter feito isso a Pete..ele "brincava" de que "meu deus vou virar um vampiro" mas eu sabia que aquele tom de brincadeira dele..na verdade era porque ele realmente não queria. — Suspirei e ri de maneira cinica. — Provavelmente essa semana.. será a última em que Pete me verá como um ser "amável".. — Suspirei.
— Pode ser que sim. — Ela respondeu. — Mas nunca deves desistir de quem amas, deves sempre seguir em frente! Mostrar determinação, mostrar que não fizeste isso só para você, Vossa Alteza. — Ela sorriu em minha direção.
— Como assim..
— Toda a gente aqui ama Pete, provavelmente de maneira diferente ao senhor..mas.. — Ela suspirou. — Ele tem sempre um sorriso no rosto mesmo quando está em grandes problemas, mesmo quando está doente ou com alguma coisa ruim..ele sempre sorri para a gente e oferece ajuda..pensar ter Pete trancado na nossa enfermaria por anos com esperança que ele acordasse desse coma..mas sabe o quão desapontante seria se esperássemos tantos anos e dissessem que ele não tinha capacidade nem condições de voltar à realidade. — sorriu de maneira triste. — Eu sei que você não está bravo com Porsche porque sabe que sim, de uma maneira Porsche está certo.
— De facto..tem razão..
— Você sabe que Porsche considera Pete como um irmão, ele estava frustrado, pelo facto de que quase viu Pete morrer na sua frente e depois viu o seu patrão transformar Pete contra a sua vontade..É um instinto de amigo..de irmão! — ela pegou as coisas de limpeza novamente. — Agora uma coisa que você tem que fazer... — Ela aproximou-se da porta.
— Você tem uma semana para contar a Pete sobre isso, ou vocês terão um final triste.
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A mordida real - VegasPete.
General FictionVegas Theerapanyakul, da família real, um príncipe bem conhecido mundialmente, não só por sua beleza fenomenal mas principalmente por seu rosto misterioso, já Pete um novo bodyguard contratado para cuidar de Vegas, a partir do momento que uns 20 des...