— Mil e um..mil e dois..mil e três.. — o sorriso fraco do garoto, sua visão turva lentamente trazendo seu cigarro para seus lábios. — Mil e quatro.. — Ele suspira deixando a fumaça escapar.
Era oque ele mais desejava.
Fugir.— Senhor Vegas..eu acho que.. — O mesmo pula, uma ardência em seu braço quando a faca raspou na sua pele.
Vegas lentamente olhou por cima do seu ombro, seus olhos frios e repletos de fúria.
— Errei? Que pena. — Ele suspirou colocando o cigarro entre seus lábios enquanto se levantava da poltrona. Uma mão sobre sua nuca, a outra em seu bolso enquanto olha em volta. — Espero que ajustem esse quarto até o fim do dia. — Ele falou num tom abafado consequente ao cigarro na sua boca.
— Claro, senhor Vegas. — O mesmo garoto de antes falou trêmulo e Vegas o encarou com uma sobrancelha erguida.
— Está com dor querido? — Vegas questiona despejando whisky em seu copo, ele brincou um pouco com o líquido, mexendo seu copo lentamente antes de o olhar.
— Não senhor Vegas. — Ele suspirou.
— Mas está sangrando. — Vegas sussurrou dando um pequeno gole da bebida ao retirar o cigarro de seus lábios.
— Sim, senhor Vegas..
— Não lhe perguntei nada. — Vegas falou aproximando-se do menor, ele engoliu seco e então Vegas aproximou o copo dos lábios do guarda. — Quer um pouco?
— Se..Se o senhor oferecer.. — E com isso Vegas deu-lhe um breve sorriso antes de lentamente virar o copo e deixar o líquido cair sobre o corte fundo no braço do garoto. — Porra! — Ele grita, ofegante enquanto agarra seu braço, Vegas sorri.
Vegas sorri.
Sorri..
E sorri..
Tão delicioso..
Esse lado..sádico de Vegas..que já não lembrava da leve sensação de prazer.Vegas ri, alto. Sua mão em sua barriga enquanto ri.
— Está doendo garoto?! — Vegas grita com entusiasmo e o garoto não responde, Vegas estremece e agarra os fios de cabelo do mesmo enquanto o puxa para perto. — responda garoto! — Vegas humedeceu seus lábios e seus olhos lentamente se direcionam para o ferimento. — Já senti cheiros de sangue melhores.
Vegas com isso larga o garoto e apaga seu cigarro na camisa do mesmo antes de se dirigir para a porta.
— Avise os outros para ajeitarem meu quarto antes de eu voltar, de preferência quando acabar de chorar..isso se não quiser parecer tão fraco em frente de seus colegas de trabalho, depois não diga que não sou gentil. — Vegas pisca, antes de sair de seu quarto.
•••
— Espero que esteja brincando comigo, sinceramente. — Kinn quase pulou em cima do sofá, os nervos do garoto sendo descontados nesse sofá.
— Não está. — Vegas sorriu.
— Que decadência, Vegas. Sinceramente. — Kinn resmungou e Vegas o ignorou colocando um pouco de whiskey em dois copos, dando um para o seu primo.
— 'Ser ou não ser..eis a questão'. — Vegas sussurrou. — Frase famosa por William Shakespear.
— Vegas..você está bem? Está pensando direito?! — Kinn estava ficando ainda mais preocupado com a situação do menor.
— 'Cogito ergo sum'.. — Vegas continuou enquanto deslizava seus dedos pelos livros velhos da prateleira.
— Vegas.
— Ou melhor, 'Se penso, Logo existo'. — Ele sussurra e sorri. — Eu estou ótimo primo, mas estou dando um tempo para mim, para aprender coisas novas.
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A mordida real - VegasPete.
General FictionVegas Theerapanyakul, da família real, um príncipe bem conhecido mundialmente, não só por sua beleza fenomenal mas principalmente por seu rosto misterioso, já Pete um novo bodyguard contratado para cuidar de Vegas, a partir do momento que uns 20 des...