Ataque 8

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  Parei de contar os dias que estou aqui em Roma, fiz o combinado com o Dominik de que eu passaria 5 meses na Itália

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  Parei de contar os dias que estou aqui em Roma, fiz o combinado com o Dominik de que eu passaria 5 meses na Itália. Esperando a poeira abaixar para que depois desse tempo eu possa tomar um rumo na vida.

   Não é tão ruim ter um irmão rico, tenho um carro agora, um celular novo após o Salvatore quebrar o meu na Rússia e um notebook. Consegui até minhas coisas que ficaram jogadas na casa em Vladivostok, agora posso dizer essa vida é um paraíso.

— Quer mais alguma coisa? – a atendente pergunta para mim.

— Só um novo copo de chocolate quente. – pedi desviando a atenção do diário da minha mãe para a moça que esta me atendendo.

— Ok, trago dentro de 3 minutos. – disse saindo.

   Ficarei grata eternamente pela Carmen ter me recomendado essa cafeteria, decoração instagramável e muito confortável. Dominik deixou três guarda-costas para andarem comigo para todos os lados e estranho mas me sinto segura.

   Lendo agora o diário da mamãe entendo toda a situação, quando lê pela primeira vez não entendi o que ela queria dizer. Em momento nenhum do diário dizia algo sobre o Dominik.

  Quando terminei o café e paguei a conta voltei para a mansão para o treinamento diário, o Salvatore me obrigou a aprender a tirar.

— Aqui. – entrego a chave da Mercedes para o rapaz que vai estacionar meu carro na garagem.

— A senhora Carmen mandou dizer que não vai poder ir com você ao jantar hoje a noite. – olho o garoto tentando entender a situação.

— O que aconteceu? O Dominik deu mais um daqueles chiliques dele? – o garoto concorda com a cabeça me fazendo rir.

  Quando os rapazes diziam na Rússia que o Dominik era meio instável emocionalmente eu achei que era brincadeira ou um exagero mas é uma verdade.

— Obrigada Lourenço. – falei me afastando dele e caminhando pelo caminho de pedra que corta o jardim no meio.

  Carmen e Dominik se entendem 80% do tempo que estão juntos, e os outros 20% o Dominik estraga tudo com o temperamento bipolar dele.

   O galpão que é usado para os treinamentos de tiro está menos movimentado hoje, encontrei o Matthew ensinando um garoto a atirar de sniper.

— Olha quem deu as caras por aqui. – o George disse carregando três rifles de airsoft.

— Hoje? Eu venho aqui todos os dias. – ri pegando um fone protetor de ouvido. — Você que sumiu.

— Eu estava passando um tempo com minha família na Inglaterra. – disse olhando o estoque de armas de todos os tamanhos. — Qual você vai escolher?

— Nunca tentei atirar de sniper. – falei observando ele apontar o dedos pelos 6 tipos de sniper que tem aqui.

— Que tal uma submetralhadora? Eu não tenho muita intimidade com sniper para ser sincero. – ele riu e eu também.

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